Casa em Reforma
Emmanuel
Calamidades , flagelos, conflitos, lutas, provas!...
Os quadros do mundo moderno, porém, não expressam retorno ao primitivismo ou exaltação da animalidade.
Achamo-nos em plena via de burilamento e progresso.
A Terra assemelha-se hoje a casa em reforma.
Tudo ou quase tudo aparentemente desajustado para a justa rearmonização.
Na altura atual dos conhecimentos humanos não será recomendável uma revisão de valores por parte homem, considerando-se o homem na sua condição de espírito imperecível?
Conceitos enunciados pela civilização cristã, em quase vinte séculos, são agora testados, acordando as criaturas para a responsabilidade de viver nos padrões da imortalidade que nos é própria.
***
Desnível espiritual na família, criando perturbações, compelem aqueles que a integram para a conscientização da regra de ouro.
Abre-se mais amplamente a escola da experiência, a fim de que aprendamos a respeitar os entes queridos, tanto quanto anelamos ser respeitados.
Desentendimentos aqui e além requisitam a presença de construtores da segurança geral.
Matriculemo-nos na concorrência ao título de pacificadores.
Incompreensões se alongam em todos os caminhos, com acusações recíprocas entre grupos e pessoas.
Salienta-se o ensejo de mecanizarmos o perdão, imunizando-nos contra revide ou ressentimento.
A felicidade e a paz nos processos de vivência comum reclamam a abnegação de quantos se declaram a favor do mundo melhor.
Surpreendemos nisso expressivo concurso de valores pessoais, lançado aos cultivadores do bem, na base da legenda evangélica:
"Quem deseja ser o maior que se faça o servidor de todos".
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Ergamo-nos para a vida sustentando a luz da esperança.
Evidentemente não temos a moradia planetária sob sentença de extermínio.
Continuamos todos resguardados pelo equilíbrio das leis universais.
O que existe presentemente na Terra é o chamamento cada vez mais vivo ao testemunho individual de compreensão e aperfeiçoamento, com multiplicadas oportunidades de trabalho em louvor de nossa própria renovação.
A Família está Crescendo
Irmão Saulo
Ao enviar-nos a mensagem “Casa em Reforma”, de Emmanuel, Chico Xavier nos conta o seguinte:
“Foi recebida em nossa reunião pública. Em conjunto, estudávamos a questão 737 de “O Livro dos Espíritos”.
O salão estava repleto de nossos irmãos procedentes de outras cidades.
Antes da prece inicial o assunto dominante era a situação presente da Terra, com tantas crises e desarmonias a conturbá-la.
Aberto o livro de Allan Kardec os comentários estenderam-se e o nosso Amigo da Espiritualidade escreveu a página de fé e otimismo que lhe envio às mãos”.
A questão 737 de “O Livro dos Espíritos”, colocada por Kardec, é esta:
“Com que objetivo Deus castiga a Humanidade com calamidades destruidoras?”
E a resposta dos Espíritos começa assim:
“Para que ela avance mais rápido”.
A seguir os Espíritos explicam o problema da evolução humana.
Somos criaturas espirituais em desenvolvimento.
Nascemos do princípio inteligente que é uma substância fundamental do Universo, e, à maneira da semente que germina na terra, germinamos e crescemos na carne.
Esse processo de desenvolvimento – que é o processo de criação explicado na Bíblia:
Deus fez o homem do limo da terra – submete-nos a dificuldades e dores individuais e coletivas.
O homem, como adverte o cientista espírita inglês Sir Oliver Lodge, não é um ser acabado, mas ainda em formação.
A nossa Humanidade Terrena é uma parcela mínima da Humanidade Cósmica.
A Terra assemelha-se agora a uma casa que era habitada por uma família de cinco pessoas: pai, mãe e três filhos.
Mas acontece que os filhos casaram e tiveram filhos, e que estes também cresceram e se multiplicaram.
Para acomodar a todos é necessário reformar a casa, ampliá-la, melhorá-la.
A população atual da Terra ultrapassa em número a soma de todas as populações anteriores que conhecemos.
A família cresceu e os problemas aumentaram.
Mas tudo isso acontece porque o nosso Planeta está passando do plano inferior em que ainda se acha para um plano mais elevado;
É a lei de evolução que se cumpre e não devemos dar ouvidos aos pregoeiros da destruição e da desgraça.
É natural que nos inquietemos, mas não é justo que esqueçamos o Poder
Supremo que nos dirige.
Confiemos em Deus e nos seus desígnios.
XAVIER, Francisco Cândido; PIRES, Herculano. Chico Xavier pede licença. Espíritos Diversos, Cap 27.
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