Jesus Amigo, na nossa pequenez Te rogamos pelos nossos companheiros refugiados. Que todos sejam envolvidos nas Tuas vibrações amorosas e fraternais, para que tenham forças para alcançarem seus objetivos: um local seguro onde possam viver com paz e dignidade com suas famílias. Que Deus sensibilize os dirigentes de todas as nações , para que a discriminação ceda espaço à fraternidade universal, pois somos todos cidadãos do mundo e não apenas de uma nação.
Um estímulo especial
Conta-se que uma família do Leste
Europeu foi forçada a sair de sua casa, quando tropas estrangeiras invadiram a
localidade onde viviam.
Para fugir aos horrores da
guerra, perceberam que sua única chance seria atravessar as montanhas que
circundavam a cidade.
Se conseguissem ter êxito na
escalada, alcançariam o país vizinho e estariam a salvo.
A família compunha-se de umas dez
pessoas, de diversas idades. Reuniram-se e planejaram os detalhes: a saída de
casa e por onde tentariam a difícil travessia.
O problema era o avô.
Com muitos anos aos ombros, ele não estava
muito bem.
A viagem seria dura.
Deixem-me, falou ele, serei um
empecilho para o êxito de vocês.
Somente atrapalharei.
Afinal, os soldados não
irão se importar com um homem velho como eu.
Entretanto, os filhos insistiram
para que ele fosse.
Vencido pelas argumentações, o idoso cedeu.
A família
partiu em direção à cadeia de montanhas.
A caminhada era feita em
silêncio.
Todo esforço desnecessário deveria ser poupado.
Como entre eles havia uma menina
de apenas um ano, combinaram que, a fim de que ninguém ficasse exausto, ela
seria carregada por todos os componentes da família, em sistema de revezamento.
Depois de várias horas de subida
difícil, o avô se sentou em uma rocha.
Deixou pender a cabeça e quase em
desespero, suplicou:
Deixem-me para trás.
Não vou
conseguir.
Continuem sozinhos.
De forma alguma o deixaremos.
Você tem de conseguir.
Vai conseguir.
– Falou, com entusiasmo, o filho.
Não, insistiu o avô, deixem-me
aqui.
O filho não se deu por vencido.
Aproximou-se do pai e energicamente lhe disse:
Vamos, pai.
Precisamos do senhor.
É a sua vez de carregar o bebê.
O homem levantou o rosto.
Viu as
fisionomias cansadas de todos.
Olhou para o bebê enrolado em um cobertor, no
colo do seu neto de treze anos.
O garoto era tão magrinho e
parecia estar realizando um esforço sobre-humano para segurar o pesado fardo.
O avô se levantou.
Claro, falou, é a minha vez.
Passem-me o bebê.
Ajeitou a menina no colo.
Olhou
para o seu rostinho inocente e sentiu uma força renovada.
Um enorme desejo de ver sua
família a salvo, numa terra neutra, em que a guerra seria somente uma memória
distante, tomou conta dele.
Vamos, disse, com determinação.
Já estou bem.
Só precisava descansar um pouco.
O grupo prosseguiu, com o avô
carregando a netinha.
Naquela noite, a família conseguiu cruzar a fronteira.
Todos os que iniciaram o longo percurso pelas montanhas conseguiram terminá-lo.
Inclusive o avô.
* * *
Se alguém, a seu lado, está
prestes a desistir das lutas que lhe compete, ofereça-lhe um incentivo.
Recorde da importância que ele
tem para a pequena ou grande comunidade em que se movimenta.
Lembre-o de que, no círculo
familiar, na roda de amigos ou no trabalho voluntário, ele é alguém que faz a
diferença.
Cada criatura é única e tem seu
próprio valor.
Uma tarefa pode ser desempenhada por qualquer pessoa, mas uma
pessoa jamais substituirá a outra.
Não permita que ninguém fique à
margem do caminho, somente porque não recebeu um incentivo, um estímulo, um motivo
para prosseguir, até a vitória final.
Redação do Momento Espírita, com
base no cap. Para meu neto, de Floyd Wickman e Terri Sjodin, do livro Histórias
para aquecer o coração dos pais, de Jack Canfield, Mark Victor Hansen, Jeff
Aubery e Mark & Chrissy Dinnelly, ed. Sextante.
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