O milagre do amor
Eros
Quando a saudade avizinhar-se, tentando macerar-lhe o
coração, refugie-se no amor e deixe que as recordações felizes luarizem a noite
em que você se encontra.
Quando a aflição aturdir-lhe o Intimo, chame o amor, para
que a calma e a confiança predominem nas suas decisões.
Quando a suspeita buscar aninhar-se-lhe no coração, dirija o
pensamento ao amor e a paz dominará as paisagens dos seus sentimentos.
Quando a cólera acercar-se da sua emotividade, recorde-se do
amor e suave balada de entendimento se lhe fará ouvida na acústica da alma.
Quando o abandono ameaçar estraçalhar-lhe os sonhos,
ferindo-lhe a alma, busque o amor, que lhe dará fortaleza para prosseguir,
embora a sós.
Em qualquer situação, dirija-se ao amor.
Só o amor possui o correto entendimento de todas as coisas e
fala, em silêncio, a linguagem de todos os idiomas.
O brilho de um olhar; um sorriso de esperança; um gesto
quase imperceptível; um movimento rítmico; um aceno; a presença do ausente; um
toque; a música de uma palavra só o amor logra transformar em bênção.
Feito de pequenos nadas, o amor é a força eterna que embala
o príncipe no leito dourado e o órfão na palha úmida.
O amor é o único mecanismo que conduz o fraco às tarefas
gigantescas; que impulsiona o progresso real; que dá dignidade à vida; que
impele ao trabalho de reverdecer o pantanal e o deserto; que concede alento,
quando a morte parece dominar, soberana...
O amor é vida, sem o qual esta perderia o sentido e a
significação.
Quando se ama, a noite coroa-se de astros e o dia se veste
de sorrisos.
O amor colore a palidez do sofrimento e o erradica.
Sem este milagre, que é o amor, não valeria a pena viver.
Em tudo está a presença do amor que provém de Deus e é Deus.
Descubra o amor, e ame.
Ame, e felicite-se, colocando, na estrada do amor, sinais de
luz, a fim de que nunca mais haja sombra por onde ele tenha transitado a
derramar claridade.
Por tais razões, Jesus-Cristo
reuniu toda a Lei e todos os profetas, num só mandamento, cuja estrutura
comportamental e finalidade última é o “amor a Deus sobre todas as coisas e ao
próximo como a si mesmo”.
Não tema, portanto, amar.
FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Eros. Do livro Em
algum lugar do futuro, 2.ed, 1987, p. 05.
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