
Crianças Doentes
Meimei
Cap. VIII – Item 3
Acalentas nos braços o filhinho robusto que o lar te trouxe e, com razão, te orgulhas dessa pérola viva.
Os dedos lembram flores desabrochando, os
olhos trazem fulgurações dos astros, os cabelos recordam estrigas de luz e a
boca assemelha-se a concha nacarada em que os teus beijos de ternura desfalecem
de amor.
Guarda-o, de encontro ao peito, por tesouro celeste, mas estende
compassivas mãos aos pequeninos enfermos que chegam à Terra, como lírios
contundidos pelo granizo do sofrimento.
Para muitos deles, o dia claro ainda vem muito longe...
São aves cegas que não conhecem o próprio ninho, pássaros mutilados, esmolando socorro em recantos sombrios da floresta do mundo...
Às vezes,
parecem anjos pregados na cruz de um corpo paralítico ou mostram no olhar a profunda
tristeza da mente anuviada de densas trevas.
Há quem diga que devem ser exterminados para que os homens não se inquietem;
contudo, Deus, que é a Bondade Perfeita, no-los confia hoje, para
que a vida, amanhã, se levante mais bela.
Diante, pois, do teu filhinho quinhoado de reconforto, pensa neles!...
São nossos outros filhos do coração, que volvem das existências passadas,
mendigando entendimento e carinho, a fim de que se desfaçam dos débitos
contraídos consigo mesmos...
Entretanto, não lhes aguardes rogativas de compaixão, de vez que, por
agora, sabem tão-somente padecer e chorar.
Enternece-te e auxilia-os, quanto possas!...
E, cada vez que lhes ofertes a hora de assistência ou a migalha de
serviço, o leito agasalhante ou a lata de leite, a peça de roupa ou a carícia
do talco, perceberás que o júbilo do Bem Eterno te envolve a alma no perfume da
gratidão e na melodia da bênção.
XAVIER, Francisco Cândido; Waldo Vieira Por Espíritos Diversos. Espírito da verdade, cap 17. Jesus Cristo: Ilustração
Reproduzida da Internet.
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