Dinheiro e Amor
Meimei
Cap. XI – Item 9
Diante do bem, não pronuncies a
palavra “impossível”.
Certamente, sofres a dificuldade dos que herdaram a luta por preço das menores aquisições.
Ainda assim, lembra-te de
que a virtude não reside no cofre.
Onde encontrarias ouro puro a
fazer-se pão na caçarola dos infelizes?
Em que lugar surpreenderias frágil
cobertor tecido de apólices para agasalhar a criança largada ao colo da noite?
Entretanto, se o amor te faz lume no
pensamento, arrebatarás à imundície a derradeira sobra da mesa, convertendo-a
no caldo reconfortante para o enfermo esquecido, e farás do pano pobre o abrigo
providencial em favor de quem passa, relegado à intempérie.
Uma garganta de pérolas não emite
pequenina frase consoladora e um crânio esculpido de pedras raras não deixa
passar leve fio de ideação.
Todavia, se o amor te palpita na
alma, podes falar a palavra renovadora que exclui o poder das trevas e inspirar
o trabalho que expresse o apoio e a esperança de muita gente.
Respeita a moeda capaz de fazer o
caminho das boas obras, mas não esperes pelo dinheiro a fim de ajudar.
Hoje mesmo, em casa, alguém te pede
entendimento e carinho e, além do reduto doméstico, legiões de pessoas
aguardam-te os gestos de fraternidade e compreensão.
Recorda que a fonte da caridade tem
nascedouro em ti mesmo e não descreias da possibilidade de auxiliar.
Para transmitir-nos semelhante
verdade, Jesus, a sós, sem fiança terrestre, usou as margens de um lago
simples, ofertou simpatia aos que lhes buscavam a convivência, confortou os
enfermos da estrada, falou do Reino de Deus a alguns pescadores de vida singela
e transformou o mundo inteiro, revelando-nos, assim, que a caridade tem o
tamanho do coração.
XAVIER, Francisco Cândido; Waldo Vieira Por Espíritos Diversos. Espírito da verdade, cap 9. Jesus Cristo: Ilustração
Reproduzida da Internet.
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