Os animais também oram...
Relato do Coronel Edynardo Weyne
Da cauda ao focinho, totalmente preto, era aquele cãozinho
que chegava vagarosamente, com dignidade, nas sessões públicas do Centro
Espírita Luiz Gonzaga, da cidadizinha rural de Pedro Leopoldo, Minas Gerais, e
dirigia-se para o canto, onde Chico estava. Ali ficava, como se estivesse em
prece, quieto, olhos fechados.
Terminados os trabalhos, desaparecia silenciosamente como
chegara. Uma tarde, a dona de Negrito deparou-se com o médium e falou:
“Imagine, meu cachorrinho às sextas e segundas some das 20
às 2 horas da madrugada, e só agora vim a saber que vai para o Centro! Como é
que ele, sendo um animal, consegue vencer todos os obstáculos e fugir para
frequentar um ambiente sadio, espiritualmente elevado, enquanto eu, por mais
que queira, não tenho forças para ir a um Centro Espírita?”
Chico (as multidões de sofredores e enfermos os seguem, como
outrora seguiam a Jesus) sorriu, escondendo a emoção, e a consolou:
“Minha filha, não fique triste. Negrito leva para você um
pouco de paz e um dia, que já vem perto, há de trazê-la aqui. Jesus há de
ajudá-la.”
Não se passou muito tempo. Logo, a infeliz meretriz, depois
de abandonar sua triste profissão, juntamente com seu leal amigo Negrito,
começaram a frequentar as aulas de evangelização no “Centro do Chico”...
Relato do Coronel Edynardo Weyne .
Disponível em http://acasadocaminhoemsousa.blogspot.com.br/
. Acesso: 02 JAN. 2013.
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