A Bússola
Casimiro Cunha
Na viagem rude e longa em região solitária, a todos os viajores a bússola é necessária.
Quando a jornada é difícil, aquele que a tem, de perto, vai seguindo confortado na bênção do rumo certo.
Sofrem ventos formidandos e a sombra prometa a morte, a bússola honesta e firme não perde a visão do Norte.
Muita vez, em mar revolto, nas zonas desconhecidas, atende, silenciosa, dando fé, salvando vidas.
Tudo angústia da borrasca e trevas de nevoeiro, mas a bússola responde aos olhos do timoneiro.
De outras vezes, no deserto, se palpita a inquietação, traduz generosamente o conforto e a direção.
Em meio a vacilações, significa o resumo de grandes consolações a quem ame o próprio rumo.
Tanto em água revoltada, como em areia, em espinho, a bússola generosa jamais esconde o caminho.
Nas rudes experiências da romagem terrenal, não se pode prescindir do rumo espiritual.
Se caminhas neste mundo, sejas moço, sejas velho, não esqueças, meu amigo, a bússola do Evangelho.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP:Butterflay Ltda,2002, ed.1. Cap 5, p.6.
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