Minutos de Paz !

segunda-feira, junho 30, 2025

Se Você Fizer Força - André Luiz

 


Se Você Fizer Força

André Luiz

Cap. XXVII – Item 8

 

Diz você que não pode respirar o clima de luta na experiência doméstica;


entretanto, se fizer força no cultivo da renúncia santificante, fará da própria casa um refúgio de amor.

 

Diz você que não mais suporta o amigo desajustado, mas se fizer força, no exercício da tolerância, é possível consiga convertê-lo amanhã em colaborador ideal.

 

Diz você experimentar imenso cansaço, diante do chefe atrabiliário e inconsequente; 


contudo, se fizer força, sustentando a paciência, obterá nele, ainda hoje, um amigo fiel.

 

Diz você que não adianta ensinar o bem; 


no entanto, se fizer força para exemplificar o que ensina, atingirá realizações de valor inimaginável.

 

Diz você que se nota assaltado por enorme desânimo na pregação construtiva; 


entretanto, se fizer força, na sementeira da educação, transfigurará o seu verbo em facho de luz.

 

Diz você estar desistindo da caridade, ante os golpes da ingratidão; 


mas se fizer força para prosseguir, ajudando sem exigência, surpreenderá na caridade a perfeita alegria.

 

Diz você que está doente e nada consegue de nobre e útil; 


no entanto, se fizer força para superar as próprias deficiências, vencerá a enfermidade, avançando em serviço e merecimento.

 

Diz você que conversação já lhe esgotou a reserva nervosa e dispõe-se à retirada para o repouso justo; 


contudo, se fizer força para continuar atendendo aos ouvintes, olvidando a própria fadiga, ninguém pode prever a extensão da colheita de bênçãos que virá da sua plantação de gentileza e bondade.

 

O grande bem de todos é feito nos pequenos sacrifícios de cada um.

 

E se fizermos força para viver, segundo os bons conselhos que articulamos para uso dos outros, em breve tempo transformaremos a Terra em luminoso caminho para a glória real.

 

XAVIER, Francisco Cândido; Waldo Vieira Por Espíritos Diversos. Espírito da verdade, cap 35. Planeta Terra:  Ilustração Reproduzida da Internet.

domingo, junho 29, 2025

A Descoberto - Emmanuel


 



A Descoberto

Emmanuel


Cap. XXIV – Item 13

“... Nada há encoberto que não haja de revelar-se, nem oculto que não haja de saber-se.” – Jesus. (Mateus, 10: 26)


Na atualidade, é deveras significativa a extensão do progresso humano nos variados campos da inteligência.


Pormenores da vida microscópica são vislumbrados por olhos pesquisadores e argutos.


Ninhos do Cosmo Infinito são tateados por delicada instrumentação astronômica.


Aparelhagem múltipla ausculta o corpo físico, desvelando-lhe a intimidade.


Experimentos inúmeros atestam a grandeza de tudo o que existe no seio da própria Terra.


Avançando em todas as direções, o homem alcança eloquente patrimônio intelectual, senhoreando leis e princípios que agrupam os seres e as coisas, mantendo o equilíbrio e a ordem do Universo.


Entretanto, na razão direta do conhecimento que vai conquistando, o espírito divisa horizontes mais vastos e fascinantes, aguçando o esforço do raciocínio.


Quanto mais conhece, mais se lhe amplia aos olhos a imensidão do desconhecido.


Quanto mais lógica no estudo, mais se lhe patenteia a exiguidade do próprio discernimento, em face da excelsitude do Todo-Divino.


Alma alguma pode encobrir, para si mesma, as próprias manifestações no quadro da vida e, de igual modo, perante a Lei, ninguém consegue disfarçar o menor pensamento.


Tudo pode ser descortinado, sopesado, medido...


Assim, não só a realidade ainda ignorada por nós, como também as mentalizações e os atos de nosso próprio caminho, serão revisados e conhecidos, sempre que semelhante medida se fizer necessária, no local exato e na época oportuna.


“Nada há encoberto que não haja de revelar-se, nem oculto que não haja de saber-se”, esclarece o Senhor.


Recordemos, assim, o ensinamento vivo em nosso próprio passo, agindo na esfera particular, como quem vive à frente da multidão, porquanto os nossos mínimos movimentos, na soledade ou na sombra, podem ser também trazidos ao campo da plena luz.


XAVIER, Francisco Cândido; Waldo Vieira Por Espíritos Diversos. Espírito da verdade, cap 34. Jesus Cristo e as Galáxias:  Ilustração Reproduzida da Internet. 

 

sábado, junho 28, 2025

Página do Caminho - Albino Teixeira



Página do Caminho

Albino Teixeira

Cap. X – Itens 5 e 6


Não aguardes o amigo perfeito para as obras do bem.


Esperavas ansiosamente a criatura irmã, na soleira do lar, e o matrimônio trouxe alguém a reclamar-te sacrifício e ternura.


Contavas com teu filho, mas teu filho alcançou a mocidade sem ouvir-te as esperanças.


Sustentavas-te no companheiro de ideal e, de momento para outro, recolheste mistura vinagrosa na ânfora da amizade em que sorvias água pura.


Mantinhas a fé no orientador que te merecia veneração e, um dia, até ele desapareceu de teus olhos, arrebatado por terríveis enganos.


Contudo, embora a dor de perder, continua no trabalho edificante que vieste realizar…


Ninguém reprova o doente porque sofra mal-humorado.


Ninguém censura a árvore que deixou de produzir porque o lenhador lhe haja decepado os braços frondejantes.


Quase sempre, aqueles que tomamos por afetos mais doces, crendo abraçá-los por sustentáculos da luta, simbolizam tarefas que solicitam renúncia e apostolados a exigirem amor.


Não importa o gelo da indiferença, nem o bramido da incompreensão, se buscamos servir.


O coração mais belo que pulsou entre os homens respirava na multidão e seguia só. 


Possuía legiões de Espíritos angélicos e aproveitou o concurso de amigos frágeis que o abandonaram na hora extrema. 


Ajudava a todos e chorou sem ninguém. 


Mas, ao carregar a cruz, no monte áspero, ensinou-nos que as asas da imortalidade podem ser extraídas do fardo de aflição, e que, no território moral do bem, alma alguma caminha solitária, porque vive tranquila na presença de Deus.


XAVIER, Francisco Cândido; Waldo Vieira Por Espíritos Diversos. Espírito da verdade, cap 33. Jesus Cristo:  Ilustração Reproduzida da Internet. 

 

sexta-feira, junho 27, 2025

Na Saúde e Na Doença - André Luiz



Na Saúde, Na Doença

André Luiz 

Cap. XVII – Item 11


Em toda circunstância, trate a própria saúde, prevenindo-se da doença com os recursos encontrados em você mesmo.


Cada dia é novo ensejo para adquirirmos enfermidade ou curar nossos males.


O melhor remédio, antes de qualquer outro, é a vontade sadia, porque a vontade débil enfraquece a imaginação e a imaginação doentia debilita o corpo.


Doença do corpo pode criar doença da alma e doença da alma pode acarretar doença do corpo.


Vida atribulada nem sempre significa vida bem vivida.


Conquanto a existência em torno possa mostrar-se febricitante e turbilhonaria, resguarde-se contra as intempéries emocionais no clima íntimo do próprio ser, ajudando e servindo com alegria aos menos felizes, na certeza de que o enfermeiro diligente conserva a integridade mental, muito embora convivendo, dia a dia, com dezenas de enfermos em grandes desequilíbrios.


Somos parte integrante da farmácia do nosso próximo.


Observe as reações que a sua presença provoca no semelhante e pacifique aqueles com quem convive, não só pela palavra, mas até mesmo pela aparência e pelas atitudes, pois com a simples aproximação funcionamos como tranquilizadores ou excitantes de quem nos cerca, aliviando ou agravando os seus padecimentos físicos e morais...


Muitas doenças nascem da suspeita injustificável.


Seja sincero com você e com os outros na apreciação de sintomas que se reportem a desajustamentos orgânicos, tratando de assuntos dessa natureza, sem alarde e sem exagero.


O maior restaurador de forças é a consciência reta que asserena as emoções.


Se o leito de dor é agasalho imposto ao seu corpo enfermo, lembre-se de que a meditação é santuário invisível para o abrigo do Espírito em dificuldade e que a prece refunde e sublima as energias da alma.


Doença é contingência natural, inevitável às criaturas em processo de evolução; 


por isso, esforce-se por abolir inquietações quanto a problemas de saúde física, atendendo ao equilíbrio orgânico e confiando na vontade superior.


XAVIER, Francisco Cândido; Waldo Vieira Por Espíritos Diversos. Espírito da verdade, cap 32. Bodas de Caná:  Ilustração Reproduzida da Internet. 

 

quinta-feira, junho 26, 2025

Oração da Migalha - Meimei



Oração da Migalha

Meimei

Cap. XIII – Item 5


Senhor!


Quando alguém estiver em oração, referindo-se à caridade, faze que este alguém me recorde, para que eu consiga igualmente ajudar em teu nome.


Quantas criaturas me fitam, indiferentes, e quantas me abandonam por lixo imprestável!...


Dizem que sou moeda insignificante, sem utilidade para ninguém;


contudo, desejo transformar-me na gota de remédio para a criança doente. 


Atiram-me a distância, quando surjo na forma do pedaço de pão que sobra à mesa; 


no entanto, aspiro a fazer, ainda, a alegria dos que choram de fome. 


Muita gente considera que sou trapo velho para o esfregão, mas anseio agasalhar os que atravessam a noite, de pele ao vento... 


Outros alegam que sou resto de prato para a calha do esgoto, posso converter-me na sopa generosa, para alimento e consolo dos que jazem sozinhos, no catre do infortúnio, refletindo na morte.


Afirmam que sou apenas migalha e, por isso, me desprezam...


Talvez não saibam que, certa vez, quando quiseste falar em amor, narraste a história de uma dracma perdida e, reportando-te ao reino de Deus, tomaste uma semente de mostarda por base de teus ensinos.


Faze, Senhor, que os homens me aproveitem nas obras do bem eterno!...


 E, para que me compreendam a capacidade de trabalhar, dize-lhes que, um dia, estivemos juntos, em Jerusalém, no templo de Salomão, entre a riqueza dos poderosos e as joias faiscantes do santuário, e conta-lhes que me viste e me abençoaste, nos dedos mirrados de pobre viúva, na feição de um vintém.


XAVIER, Francisco Cândido; Waldo Vieira Por Espíritos Diversos. Espírito da verdade, cap 31. Gasofilácio no Templo de Salomão  Ilustração Reproduzida da Internet.


O episódio do óbulo da viúva, onde ela oferece duas pequenas moedas no gasofilácio, ocorreu no Templo de Salomão. 

Jesus, observando a cena, destaca a generosidade da viúva, pois ela ofertou tudo o que tinha, enquanto os ricos ofereciam apenas uma pequena parte de suas posses. 



quarta-feira, junho 25, 2025

As Estatuetas - Hilário Silva



As Estatuetas

Hilário Silva

Cap. X – Item 14


O diálogo, à noite, entre as duas senhoras, continuava na copa:


– Você, minha filha, deve perdoar, esquecer... 


Lá diz o Evangelho que costumamos ver o argueiro no olho do vizinho, sem ver a trave dentro do nosso...


– Mas, mamãe, foi um insulto! 


O moço parou à frente da janela, viu as minhas estatuetas e atirou a pedra!


E Dona Balbina, senhora espírita de generoso coração, prosseguia falando à filha, Dona Rogéria:


– Ele é um pobre rapaz obsediado.


– História! É uma fera solta, isto sim!


– Mas Dona Margarida, a mãe dele, foi sempre amiga...


– Isso não vem ao caso... 


Cada qual é responsável pelos próprios atos. 


A senhora sabe que ele é maior.


– Precisamos perdoar para sermos perdoados...


– Ser bom é uma coisa, e outra coisa é ser tolo! 


Darei queixa à polícia... 


Somente não queria fazê-lo sem ouvi-la; 


contudo, Fábio e eu estamos decididos. 


Meu Fábio já anda cansado do volante...


Pobre marido!... 


Dinheiro cavado em caminhão é duro de ganhar...


– Meu conselho, filha, é desculpar e desculpar...


– Mas o prejuízo é de dois mil cruzeiros, além da injúria!


– Mesmo assim, o perdão é o melhor remédio.


– Ah! Que será do mundo, assim, sem corrigenda, sem justiça?


Nesse instante, alguém bate à porta.


Ambas atendem.


O portador comunica:


– Um desastre! 


O senhor Fábio trombou uma casa e a parede caiu!


Mãe e filha correm para o local, que se encontra entulhado de multidão, e veem a casa acidentada. 


É justamente a moradia de Dona Margarida, a mãe do rapaz que atirara a pedra.


O caminhão, num lance estouvado, derribara uma parede lateral e penetrara, fundo, inutilizando todo o mobiliário da sala de refeições.


Apagara-se a luz no quarteirão e as duas, sem que ninguém as reconhecesse, podiam escutar Dona Margarida, que sustentava uma vela acesa, diante do guarda de trânsito:


– Peço-lhe – dizia ao fiscal – não abrir processo algum. 


Não quero reclamações.


– Mas, Dona Margarida – insistia o funcionário –, a senhora vai ter aqui um prejuízo para mais de quarenta contos!


– Não importa. 


Deus dará jeito. 


“Seu” Fábio e Dona Rogéria são meus amigos de muito tempo.


As duas senhoras, porém, não puderam continuar ouvindo, pois a voz irritada de Fábio elevou-se da multidão e era necessário socorrê-lo, porque o infeliz estava ébrio.


XAVIER, Francisco Cândido; Waldo Vieira Por Espíritos Diversos. Espírito da verdade, cap 30. Estatuetas:  Ilustração Reproduzida da Internet. 


terça-feira, junho 24, 2025

Se Tens Fé - Emmanuel





Se Tens Fé

Emmanuel

Cap. XXVII – Item 11


Em Doutrina Espírita, fé representa dever de raciocinar com responsabilidade de viver. 


Desse modo, não te restrinjas à confiança inerte, porque a existência em toda parte nos honra, a cada um, com a obrigação de servir.


Se tens fé, não permitirás que os eventos humanos te desmantelem a fortaleza do coração.


Transitarás no mundo sabendo que o Divino Equilíbrio permanece vigilante e, mesmo que os homens transformem o lar terrestre em campo de lodo e sangue, não ignoras que a Infinita Bondade converterá um e outro em solo adubado para que a vida refloresça e prossiga em triunfo.


Se tens fé não registrarás os golpes da incompreensão alheia, porquanto identificarás a ignorância por miséria extrema do espírito, e educarás generosamente a boca que injuria e a mão que apedreja.


Ainda que os mais amados te releguem à solidão, avançarás para frente, entendendo e ajudando, na certeza de que o trabalho te envolverá o sentimento em nova luz de esperança e consolação.


Se tens fé, não te limitarás a dizê-la simplesmente, qual se a oração sem as boa obras te outorgasse direitos e privilégios inadmissíveis na Justiça de Deus, mas, sim, caminharás realizando a vontade do Criador, que é sempre o bem para todas as criaturas.


Se tens fé, sustentarás, sobretudo, o esforço diário do próprio burilamento, através das pequeninas e difíceis vitórias sobre a natureza inferior, como sendo o mais alto serviço que podes prestar aos outros, de vez que, aperfeiçoando a nós mesmos, estaremos habilitando a consciência para refletir, com segurança, o amor e a sabedoria da Lei.


XAVIER, Francisco Cândido; Waldo Vieira Por Espíritos Diversos. Espírito da verdade, cap 29. Jesus Cristo:  Ilustração Reproduzida da Internet. Arte : Juliet


segunda-feira, junho 23, 2025

Lições do Momento - André Luiz



Lições do Momento

André Luiz

Cap. V – Item 4


Deus é amor invariável e o amor desafivela os grilhões do espírito.


Se há repouso na consciência, a evolução da alma ergue-se, desenvolta, dos alicerces insubstituíveis do sacrifício.


Quem não se bate pelo bem, desce imperceptivelmente para as fileiras do mal.


Junto à correção sempre existe o desacerto, exaltando o mérito do dever na conduta digna.


Identifique, na dificuldade, o favor da Providência Divina para dilatar-lhe a paz, sentindo, no imprevisto da experiência mais grave, o fulcro de incitamento à perseverança na boa intenção e vendo, na tibiez de quantos imergiram na invigilância, o exemplo indelével daquilo que não deve ser feito.


Quanto maior a sombra em torno, mais valiosa a fonte de luz.


Desse modo, a alegria pura viceja entre a dor e o obstáculo; 


a resignação santificante nasce em meio às provas difíceis; 


a renúncia intrépida irrompe no seio da injustiça das emulações acirradas, e a pureza construtiva surge, não raro, em ambiente de viciação mais ampla.


Eis por que, em seu círculo pessoal, se entrecruzam mensagens importantes e diversas a lhe doarem o estímulo e a consolação, o entendimento e a claridade de que você carece para ajustar-se espiritualmente, através das lides variadas de cada instante.


O chefe irritadiço é instrumento providencial da corrigenda.


O companheiro problemático deixa-nos livre caminho à sementeira da fraternidade sem mescla.


O engano é precioso contraste a ressaltar as linhas configurativas da atitude melhor.


A tortuosidade do caminho demonstra a excelência da estrada reta.


Faça, pois, do momento que transcorre, a lição recolhida para o momento a transcorrer, verificando quantas vezes, em vinte e quatro horas, você é requisitado a auxiliar os semelhantes, e não regateie cooperação.


Na oficina de trabalho, buscam-lhe a gentileza no amparo de muitos corações que se sentem ao desabrigo.


Na via pública, esbarram-lhe o passo companheiros que vão e vêm buscando encontrar o sorriso que você pode ofertar-lhes como incentivo à esperança. 


No recesso do lar, o alvorecer encontra-lhe a presença, em novas possibilidades de exaltar a confiança nos Desígnios da Altura.


Na conversação comum, requisições ostensivas auscultam-lhe a disposição de estender conhecimento e virtude, na enfermagem das chagas morais, entrevistas na modulação das vozes e nos traços dos semblantes, afora variegados ensejos de assistir o próximo, a lhe desafiarem a eficiência e a vigilância, tais como a necessidade interior estampada no silêncio do visitante, o azedume do colega menos feliz, o doente a buscar-lhe os préstimos, o sofredor a rogar-lhe compreensão, a abordagem da criancinha desvalida, a surpresa menos agradável, a correspondência a exigir-lhe a atenção ou o noticiário intranquilo que a imprensa propala.


Pureza inoperante é utopia igual a qualquer outra e, em razão disso, ignorar a poça infecta é manter-lhe a inconveniência.


Não menospreze, assim, a lição do momento, na certeza de que renovamos ideias, experiências e destinos, cada dia, segundo as particularidades das manifestações de nosso livre-arbítrio.


XAVIER, Francisco Cândido; Waldo Vieira Por Espíritos Diversos. Espírito da verdade, cap 28. Jesus Cristo:  Ilustração Reproduzida da Internet. Arte : Terry StilesMckee

 

domingo, junho 22, 2025

No Retoque da Palavra - André Luiz




No Retoque da Palavra

André Luiz

Cap. XI – Item 7


Seja onde for, não afirme: 


– “Detesto esse lugar!”


Cada criatura vive na terra dos seus credores.


Ouvindo a frase infeliz, não grite: 


– “É um desaforo!”


Invigilância alheia pede a nossa vigilância maior.


Atravessando a madureza, não se lamente: 


– “Já estou cansado”.


Sintoma de exaustão, vontade enferma.


Sentindo a mocidade, não assevere: 


– ”Preciso gozar a vida!”


Romagem terrestre não é excursão turística.


À frente do amigo endividado, não ameace: 


– “Hoje ou nunca!”


Agora alguém se compromete, amanhã seremos nós.


Ao companheiro menos categorizado, não ordene:


 – ”Faça isso!”


Indelicadeza no trabalho, ditadura ridícula.


Perante o doente, não exclame:


 – ”Pobre coitado!”


Compaixão desatenta, crueldade indireta.


Ao vizinho faltoso, nunca diga: 


“Dispenso-lhe a amizade.”


Todos somos interdependentes.


Sob o clima da provação, não se queixe: 


– ”Não suporto mais!”


O fardo do espírito gravita na órbita das suas forças.


No cumprimento do dever, não clame: 


– ”Estou sozinho.”


Ninguém vive desamparado.


Colhido pelo desapontamento, não reclame: 


– ”Que azar!”


A Lei Divina não chancela imprevistos.


À face do ideal, não se lastime:


 – “Ninguém me ajuda.”


No Espiritismo temos responsabilidade pessoal com o Cristo.

 

XAVIER, Francisco Cândido; Waldo Vieira Por Espíritos Diversos. Espírito da verdade, cap 26. Jesus Cristo:  Ilustração Reproduzida da Internet. Arte : Day RV.