Minutos de Paz !

sexta-feira, junho 11, 2010



O propósito da Lei


Momento Espírito



Jesus inovou o pensamento religioso ao apresentar Deus como Pai amoroso.


Antes Dele, vigorava a concepção de um deus ciumento, colérico e vingativo.


Entretanto, costuma causar perplexidade que os filhos de um Deus de amor estejam sempre a braços com o sofrimento.


Viver constitui uma tarefa trabalhosa.


As criaturas estão sempre às voltas com desafios e angústias.


Por mais afortunado que alguém pareça, ele experimenta alguns padecimentos.


A Divindade realmente criou todos os seres para que sejam felizes.


Ocorre que a ordem cósmica não foi estabelecida para comportar a felicidade do egoísta e do preguiçoso.


O Universo é dinâmico e os seres precisam tomar gosto pelo trabalho, a fim de colaborarem com o progresso.


O aprimoramento das condições físicas e morais da vida dá-se por obra dos homens, que devem fazer a sua parte.


Todos são confrontados com desafios para que se fortaleçam, cresçam e melhorem.


Nesse processo de aprendizado, cada um responde pelo uso bom ou mau que faz de seu tempo e de seus recursos.


Considerando que o egoísmo ainda é bastante presente na Humanidade, não causa espanto que haja muito para resgatar.


Daí surgem os espetáculos de graves enfermidades e dores.


Contudo, o propósito da Lei não é punir, mas educar, corrigir.


Ela deseja levar o faltoso à reparação e ao bem, não à dor.


O padecimento dura o tempo necessário a que o desejo de reparar comece a produzir frutos.


Não basta se arrepender e sofrer moral e fisicamente.


Todo mal feito deve ser reparado para que a paz se instale no íntimo da criatura.


O equilíbrio, a paz e a saúde são reflexos da harmonia com a ordem cósmica.


No contexto da mesma existência física, o ideal é que a reparação se faça plena para a mesma pessoa que foi lesada.


Ao assumir os próprios erros, sem disfarces, o equivocado enfrenta seu orgulho e sua vaidade e progride.


Entretanto, nem sempre é possível reparar diretamente.


Às vezes, quando a consciência do equívoco surge, o ofendido não mais está próximo.


Há também erros cometidos em outras existências físicas, cujas vítimas perdoaram e seguiram em frente.


A rigor, os erros são cometidos contra a Ordem Cósmica, representada em certo contexto por quem foi a vítima do ato.


O compromisso é assumido com a vida e em face dela deve ser saldado.


Desse modo, o importante é tomar gosto pelo bem e fazer-se um agente do progresso.


Amparar os desgraçados do mundo, quem quer que sejam.


Perdoar as ofensas, compreender as fragilidades alheias e dar exemplos de trabalho, pureza e bondade.


É exatamente esse o propósito da Lei: que o bem surja no íntimo das criaturas e se exteriorize mediante atos dignos.


Pense nisso.


Redação do Momento Espírita.


Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2634&stat=0>