Minutos de Paz !

domingo, novembro 24, 2013

A coragem de fazer a diferença - Momento Espírita




A coragem de fazer a diferença


Uma pessoa sozinha pode fazer alguma diferença em pleno caos?


As ações de uma única pessoa poderão modificar um sistema social vigente?


Quantas vezes utilizamos como desculpa a frase: De que adianta? Sou somente um na multidão...


Mas, uma mulher, durante a Segunda Guerra Mundial, pensou diferente, agiu e fez a diferença para nada menos de 2.500 vidas.


Pouco conhecida embora, é chamada de A Schindler feminina.


Irena Sendler arriscou sua vida para salvar outras vidas.


Enfermeira, tinha trânsito livre no gueto de Varsóvia, um quarteirão de 4 quilômetros quadrados, onde foram colocadas 500.000 pessoas.


Espalhando notícias, entre os nazistas, de que tifo e outras doenças contagiosas acometiam os confinados no gueto, ela planejou e colocou em prática arriscada estratégia.


Seu objetivo: salvar o maior número possível de crianças judias, retirando-as do gueto.


A parte mais difícil era convencer as mães a lhe entregarem os filhos.


Lamentos, choro, gritos. 


Mas, em caixas de ferramentas, sacolas, malas, cestos de lixo, sacas de batatas, por dentro do casaco, ela ajudou a retirar crianças do quarteirão.


Por ser idealista, o horror da guerra não lhe arrefeceu a esperança da primavera de paz.


E ela preservou em dois frascos, enterrados sob uma árvore, as identidades de cada uma das crianças: nome verdadeiro e para onde fora encaminhada.


Conseguiu adesão de mais de uma dezena de pessoas, através das quais conseguia documentação falsa para os pequenos.


Em 1943, ela foi presa e levada à prisão de Pawiak. 


A Gestapo desejava que ela confessasse o paradeiro das crianças: 


Quantas seriam? Quem seriam? Onde estavam? Quem a havia auxiliado?


Irena teve quebrados seus pés e suas pernas e sofreu as mais vis torturas. A ninguém delatou e nada informou.


Condenada à morte, foi salva a caminho da execução por um oficial alemão, subornado pela Resistência.


As pernas fraturadas e as torturas sofridas tiveram como consequência a cadeira de rodas, que ela suportou sem reclamações nem queixas.


Manteve, até o final dos seus dias, a serenidade no olhar e o sorriso nos lábios.


Essa mulher corajosa desencarnou no dia 12 de maio de 2008. Foi indicada pelo governo polonês, com o apoio do governo de Israel, ao Prêmio Nobel da Paz.


As vidas que salvou das garras do horror nazista e frutificaram em filhos e netos, não a esquecem.


Muitos a foram visitar, no pós-guerra.


Ela figura entre as 6.000 polonesas que ganharam o título de Justo entre as nações, concedido aos que trabalharam pelas vidas dos seus irmãos, nos negros dias da guerra vergonhosa.


Uma mulher que fez a diferença, com vontade e determinação.


Fez a diferença porque não ficou reclamando da situação em que mergulhara a Polônia, mas colocou mãos à obra e realizou a sua parte, acenando esperanças.


*   *   *


Pensemos nisso, reflitamos e verifiquemos se, nos dias que vivemos, a nossa voz, a nossa atitude, o nosso gesto não pode fazer a grande diferença entre a morte e a vida, entre o desespero e o cântico de esperança.


Pensemos...









Redação do Momento Espírita, com base em dados  biográficos de Irena Sendler, colhidos nos sites  http://www.slideshare.net/; noticias.uol.com e pt.wikipedia.org. Disponível no livro Momento Espírita, v. 8, ed. Fep. Disponível em www.momento.com.br






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