Minutos de Paz !

quarta-feira, janeiro 08, 2014

Fuga dolorosa - Momento Espírita





Fuga dolorosa



O suicídio continua em alta. Infelizmente. 


Apresenta-se das formas mais diversas. 


Desde o ser que, voluntariamente, agride sua integridade física ao que deixa de cuidar da saúde, no intuito de apressar o fenômeno da morte. 


Nesse particular, temos uma gama muito grande.


Portadores de determinadas enfermidades, com necessidade de dietas e cuidados, que desleixam. 


Não aceitam se furtar ao prazer disso ou daquilo. 


E a doença progride aceleradamente, advindo a morte prematura.


Seres vinculados ao vício do fumo, do álcool, da droga.


Criaturas que, na busca do prazer, esquecem as horas do sono.


Desgastam a máquina orgânica em noitadas vazias. 


Acordam, no dia seguinte, a horas mortas, com distúrbios digestivos, cefaleia, intoxicações. 


O quadro se repete, se reprisa, levando aquele que assim se entrega a um desgaste orgânico, sem recomposição.


Pessoas que se desvitalizam no abuso sexual. 


Pessoas que não buscam o médico, não se submetem a exames, não aceitam conselhos. 


São todos suicidas indiretos.


O desejo de morrer pode resultar em enfermidades. 


A anorexia, por exemplo. 


O quadro clínico da anorexia contém mais sinais do que a simples recusa de comida. 


O corpo inteiro decreta um estado de animação suspensa. 


Nenhum sono. 


Nenhuma alimentação.


Todas as funções vitais estão atrofiadas, reduzidas.


E as greves de fome? 

Há que se considerar da nobreza da causa, os objetivos que as orientam. 


Pode haver, por trás da decisão, o ardente desejo de buscar a morte. Nesse caso, é suicídio lento.


O sacrifício da vida é meritório quando tem por fim salvar a de outros ou ser útil aos semelhantes. 


Mas um sacrifício não é meritório senão pelo desinteresse, e antes de realizá-lo deve-se refletir se a vida não poderá ser mais útil do que a morte.


A mais trágica de todas as circunstâncias que envolvem a morte, a de consequências mais devastadoras, é o suicídio.


Tormentos desabam sobre o suicida. 


Precipitado, de forma violenta, na Espiritualidade, em plena vitalidade física, revive, sem cessar, por largo tempo, as dores e as emoções dos últimos momentos.


Um dos grandes problemas é o lesionamento do corpo espiritual. 


O suicida exibe na organização espiritual ferimentos correspondentes à lesão do corpo físico.


Podemos aquilatar das dores de quem desferiu um tiro no cérebro, ingeriu elemento corrosivo, atirou-se de grande altura. 


Tais efeitos se registrarão em nova reencarnação.


O tiro no cérebro originará dificuldade na fala, no raciocínio. 


O impacto da queda violenta poderá propiciar complexos quadros neurológicos. 


O veneno corrosivo implicará em ulcerações ou deficiências no aparelho digestivo.


E, na medida em que a família mergulhe no desespero e na inconformação, mais sofrerá o suicida.


O bálsamo que se lhe pode oferecer é a oração. 


Ela lhe constituirá alento novo para os padecimentos no Além. Também o auxiliará a se reerguer.


*   *   *


Se você está a ponto de cometer a loucura do suicídio, pare!


Pense! 


Espere! 


O problema pode parecer muito amargo ao coração. 


A sombra interior é tamanha que você tem a ideia de haver perdido o próprio rumo.


Mas, não se mate! 


Deus não nos abandona. 


Faça silêncio e ore. 


O socorro chegará. 


Por meios que você desconhece, Deus permanece agindo.




Redação do Momento Espírita, com base no item 951, de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. FEB; no cap. 6, item Anorexia, greves de fome: as greves da vida, do livro Suicídio, modo de usar, de Claude Guillon e Ives Le Bonniec, ed. EMW Editores e no cap. Fuga comprometedora, do livro Quem tem medo da morte?, de Richard Simonetti, Gráfica São João. Disponível em www.momento.com.br.

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