Indulgência
André Luiz
Cap. X – Item 16
A luz da alegria deve ser o facho continuamente aceso na atmosfera das nossas experiências.
Circunstâncias
diversas e principalmente as de indisciplina podem alterar o clima de paz, em
redor de nós, e dentre elas se destaca a palavra impensada como forja de
incompreensão, a instalar entrechoques.
Daí o nosso dever básico de vigiar a
nós mesmos na conversação, ampliando os recursos de entendimento nos ouvidos
alheios.
Sejamos indulgentes.
Se erramos,
roguemos perdão.
Se outros erraram, perdoemos.
O mal que desejarmos para alguém,
hoje, suscitará o mal para nós, amanhã.
A mágoa não tem razão justa e o
perdão anula os problemas, diminuindo complicações e perdas de tempo.
É assim que a espontaneidade no bem
estabelece a caridade real.
Quem não reconhece as próprias
imperfeições demonstra incoerência.
Quem perdoa desconhece o remorso.
Ódio é fogo invisível na consciência.
O erro, por isso, não pede aversão,
mas, entendimento.
O erro nosso requer a bondade alheia;
erro de outrem reclama a clemência nossa.
A Humanidade dispensa quem a censure,
mas necessita de quem a estime.
E ante o erro, debalde se multiplicam
justificações e razões.
Antes de tudo, é preciso refazer, porque o retorno à tarefa é a consequência inevitável de toda fuga ao dever.
Quanto mais conhecemos a nós mesmos, mais amplo em nós o imperativo de perdoar.
Aprendamos com o Evangelho, a fonte
inexaurível da Verdade.
Você, amostra da grande prole de
Deus, carece do amparo de todos e todos solicitam-lhe amparo.
Saiba, pois, refletir o mundo em
torno, recordando que o espelho, inerte e frio, retrata todos os aspectos
dignos e indignos à sua volta, o pintor, consciente, buscando criar atividade
superior, somente exterioriza na pureza da tela os ângulos nobres e
construtivos da vida.
XAVIER,
Francisco Cândido; Waldo Vieira Por Espíritos Diversos. Espírito da verdade, cap
62 . Jesus Cristo: Ilustração Reproduzida da Internet.
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