Minutos de Paz !

sábado, julho 31, 2010



Nossa dádiva


Momento Espírita



O sol buscava a linha do horizonte, e o manto escuro da noite já se espalhava pelos campos, quando o trabalhador deixou a lavoura e tomou o caminho de volta para casa.


Caminhava a passos largos com a colheita do dia às costas, quando notou que, em sentido contrário, vinha luxuosa carruagem revestida de estrelas.


Contemplando-a fascinado, viu-a parar junto dele e, quase assustado reconheceu a presença do Senhor do Mundo, que saiu dela e estendeu-lhe a mão a pedir-lhe esmolas...


O que? refletiu espantado.


O Senhor da Vida a rogar auxílio a mim, que nunca passei de mísero escravo na aspereza do solo?


Mas, como o Senhor continuava esperando, mergulhou a mão no alforje de trigo que trazia e entregou ao Divino pedinte apenas um grão da preciosa carga.


O Senhor agradeceu e partiu.


Quando, porém, o pobre homem do campo voltou a si do próprio assombro, observou que doce claridade vinha do alforje poeirento...


O grão de trigo, do qual fizera sua dádiva, tornara à sacola transformado em uma pedra de ouro luminescente...


Deslumbrado gritou:


Louco que fui!... Por que não dei tudo o que tenho ao Senhor da Vida?

O apólogo retrata um pouco da atual realidade da Terra.


Quando o materialismo compromete edificações veneráveis da fé, no caminho dos homens, o Cristo pede cooperação para a sementeira do Seu Evangelho, junto ao


Seu rebanho sofrido.


No entanto, nós costumamos agir como o lavrador.


Não estamos dispostos a ofertar a nossa dádiva em benefício do bem comum. E quando fazemos, damos apenas uma pequena migalha.


O Senhor da Vida não necessita das coisas materiais porque todas lhe pertencem, no entanto, solicita a nossa autodoação em prol da edificação de um mundo moralmente melhor.


Assim como o verme executa sua tarefa embaixo do solo; a chuva e o vento fazem seu papel no contexto da natureza.


Assim como o sol, a lua e os demais astros trabalham para que haja harmonia no Universo...


Assim como as abelhas e outros insetos fazem a tarefa da polinização, possibilitando a fecundação da vida..


Assim também o Senhor da Vida espera de nós a dádiva da polinização do Seu amor junto aos Seus filhos.


A pequena dádiva da paciência e da tolerância...


A esmola convertida em salário justo, dignificando o homem...


Uma migalha de afeto doada com sinceridade...


O sorriso capaz de despertar a alegria em alguém....


Um minuto de atenção a um enfermo solitário...


A palavra sincera capaz de esclarecer e consolar...


Uma semente de esperança plantada no coração de alguém que sofre... São nossas pequenas dádivas que se converterão em luz a iluminar nossa própria caminhada.


Pense nisso!

O Senhor da Vida está sempre a solicitar a nossa colaboração para que Seus objetivos nobres se concretizem na face da Terra.


Sabedores de que nossas pequenas dádivas se converterão em tesouros eternos, não as economizemos como o lavrador. Agindo assim não teremos que dizer:


Louco que fui!... Por que não dei tudo o que tenho ao Senhor da Vida?

Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita com base no texto Dedicatória, do livro Cartas e Crônicas, do Espírito Irmão X, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.


Disponível<http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=819&stat=3&palavras=Nossa%20dádiva&tipo=t>