27-A FLOR
Casimiro Cunha
Olhai os lírios do campo vestidos de aroma e luz!...
Este apelo vem do ensino do Evangelho de Jesus.
O Mestre ensinou que a flor, sem qualquer preocupação, é mais rica e mais formosa que a pompa de Salomão.
Diversos homens sem Cristo, de mente pobre e enfermiça, supuseram nesse apelo a exaltação da preguiça.
A lição, porém é outra: A força de sua essência louva em tudo, antes de tudo, o trabalho e a obediência.
Bem poucos homens reparam que na selva, ou no jardim, toda flor revela e guarda harmonia até o fim.
Sua doce formosura é bem que nunca se esvai, enfeitando os aposentos da Casa de Nosso Pai.
Se alguém a separa da haste, quando nada mais lhe resta, completa com a sua dor, os júbilos de uma festa.
No lamaçal, nas estufas, na miséria ou na opulência, a alegria harmoniosa é a vida de sua essência.
A flor pequenina e frágil, que nasce e perfuma à-toa, revela que em toda a parte a vida é formosa e boa.
O que é preciso é guardar, na aspereza mais sombria, a fé no Pai de Bondade ao ritmo da alegria.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 27, p.28.
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