Ainda Hoje
Meimei
Irritavas-te, ainda hoje, no
justo momento da caridade.
E pensavas contigo mesmo:
"valerá suportar a bílis do companheiro encolerizado, desculpar o insulto
da ignorância, sofrer sem revolta aos golpes da violência e ajudar aos que me
incomodam na via pública?"
Refletias a extensão do mal
e confiavas- te ao desespero.
Entretanto, não se pode
julgar o campo pelo talo de erva, nem avaliar espiritualmente a multidão pelo
movimento da praça.
O amigo que te oferece o
semblante áspero guarda provavelmente um espinho de aflição a espicaçar- lhe o peito, a pessoa que te injuria talvez
padeça lastimável cegueira, a mão que te fere expõe o próprio desequilíbrio e
esses rostos ulcerados que te pedem consolo trazem também consigo um coração
suspirando por Deus.
Deixa que a bondade se
externe por ti, estendendo a fonte da esperança e a melodia da bênção.
Silencia a palavra candente
e apaga todo impulso de crueldade.
Ergue ainda hoje os que
caíram.
Amanhã, é provável
necessites escudar- te naqueles que
levantas.
Reflitamos no Eterno Amigo
que passou na Terra, compreendendo e servindo, sem descrer do amor, embora
sozinho nos supremos testemunhos da própria fé.
Ampara, alivia, ilumina e
socorre sempre.
Todo auxílio na obra do bem é uma prece silenciosa.
E, toda vez que auxilias, o anjo da caridade está
perto, orando também por ti.
XAVIER , Francisco Cândido Xavier ditado por
Espíritos Diversos. Passos da vida, Cap. 1.Imagem Reproduzida da Internet.





