Minutos de Paz !

sábado, novembro 30, 2019

Oração do Natal - Meimei



Oração do Natal

Meimei


Rei Divino, na palha singela, porque te fizeste criança, diante dos homens,
quando podias ofusca-los com a grandeza do Teu Reino?


Soberano da Eternidade, porque estendeste braços pequerruchos e tenros aos
pastores humildes, mendigando-lhes proteção, quando o próprio firmamento te saudava com uma estrela sublime, emoldurada de melodias celestes?


Certamente o asilo de nossa alma, para converte-la em harpa nas Tuas mãos.


Preferias esmolar segurança e carinho, para que, em te amando, de algum
modo, na manjedoura esquecida, aprendêssemos a amar-nos uns aos outros.


Tornavas-Te pequenino para que a sombra do orgulho se desfizesse, em torno
de nossos passos, e pedias compaixão, porque não nos buscavas por adornos do Teu carro de triunfo, como vassalos de Tua Glória, mas, sim, por amigos
espontâneos de Tua causa e por tutelados de Tua bênção...


E modificante assim, o destino das nações. 


Colocaste o trabalho digno, onde a escravidão gerava a miséria, acendeste a claridade do perdão, onde a noite do ódio assegurava o império do crime, e ensinaste-nos a servir e a morrer, para que a vida se tornasse mais bela...


É por isso que, ajoelhados em espírito, recordando-Te o berço pobre, ofertamos-Te o coração...


Arranca-o, Senhor, da grade do nosso peito, enferrujado de egoísmo, e faze-o
chorar de alegria, no deslumbramento de Tua luz!... 


Conduze-nos, ainda, aos tesouros da humildade, para que o poder sem amor não nos enlouqueça a inteligência, e deixa-nos entoar o cântico dos pastores, quando repetia, em prantos jubilosos, a mensagem dos anjos:


- Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra e boa vontade para com os homens!...




XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Meimei. Antologia Mediúnica do Natal. Espíritos Diversos, Cap. 65, p.77, FEB.

sexta-feira, novembro 29, 2019

Encontro de Natal - Meimei







Encontro de Natal

Meimei



Recolhes as melodias do Natal, guardando o pensamento engrinaldado pela
ternura de harmoniosa canção...


Percebes que o Céu te chama a partilhar os júbilos da exaltação do Senhor nas sombras do mundo.


Entretanto, misturada ao regozijo que te acalenta a esperança, carregas a
névoa sutil de recôndita angústia, como se trouxesse no peito um canteiro de rosas orvalhado de lágrimas!...


É que retratas no espelho da própria emoção o infortúnio de tantos outros
companheiros que foram inutilmente convidados para a consagração da alegria.


Levantaste no lar a árvore da ventura doméstica, de cujos galhos pendem os frutos do carinho perfeito; entretanto, não longe, cambaleiam seguidores de Jesus, suspirando por leve proteção que os resguarde contra o frio da noite; 


banqueteaste, sob guirlandas festivas, mas, a poucos passos da própria casa, mães e crianças desprotegidas aguardando o socorro do Cristo, enlanguescem de fadiga e necessidade; 


repetes hinos comovedores, tocados pela serena beleza que dimana dos astros; no entanto, nas vizinhanças, cooperadores humildes do Mestre choram cansados de penúria e aflição; 


abraças os entes queridos, desfrutando excessos de reconforto; 


contudo, à pequena distância, esmorecem amigos de Jesus, implorando quem lhes dê a bênção de uma prece e o consolo de uma palavra afetuosa, nas grades dos manicômios ou no leito dos hospitais...


Sim, quando refletes na glória da Manjedoura, sentes, em verdade, a presença
do Cristo no coração!


Louva as doações divinas que te felicitam a existência, mas não te esqueças de que o Natal é o Céu que se reparte com a Terra, através do eterno amor que se derramou das estrelas.


Agradece o dom inefável da paz que volta, de novo, enriquecendo-te a vida,
mas divide a própria felicidade, realizando, em nome do Senhor, a alegria de
alguém!...



XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Meimei. Antologia Mediúnica do Natal . Espíritos Diversos, Cap. 57, p. 68.


quinta-feira, novembro 28, 2019

O Grande Doador - André Luiz







O Grande Doador

André Luiz



Ele não era médico e levantou paralíticos e restaurou leprosos, usando o divino poder do amor.


Não era advogado e elegeu-se o supremo defensor de todos os injustiçados do mundo.


Não possuía fazendas e estabeleceu novo reino na Terra.


Não improvisava festas e consolou os tristes e reergueu o bom ânimo das almas desesperadas.


Não era professor consagrado e fez-se o Mestre da Evolução e do Aprimoramento da Humanidade.


Não era Doutor da Lei e criou a universidade sublime do bem para todos os
espíritos de boa vontade.


Padecendo amarguras – reconfortou a muitos.


Tolerando aflições – semeou a fé e a coragem.


Ferido – curou as chagas morais do povo.


Supliciado – expediu a mensagem do perdão e do amor, em todas as direções.


Esquecido pelos mais amados – ensinou a fraternidade e o reconhecimento.


Vencido na cruz – revelou a vitória da vida eterna em plena e gloriosa ressurreição, renovando os destinos das nações e santificando o caminho dos
povos.


Ele não era, portanto, rico e engrandeceu os celeiros dos séculos.


Quem oferecer, assim, o coração, em homenagem ao Divino Amor na Terra, poderá, desse modo, no exemplo de Jesus, embora anônimo, aflito, apagado ou crucificado, atender à santificada colaboração com Deus, a benefício da
Humanidade.


XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Meimei. Antologia Mediúnica do Natal. Espíritos Diversos, Cap. 59, p. 70.


Oferta de Natal - Emmanuel




Oferta de Natal




Emmanuel


Senhor!


Enquanto as melodias do Natal nos enternecem, recordamos também, ante o céu iluminado, a estrela divina que te assinalou o berço na palha singela!...


De novo, alcançam-nos os ouvidos as vozes angélicas:


- Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra, boa vontade para com os homens!...
E lembramo-nos do tópico inesquecível da narrativa de Lucas (Evangelho de Lucas 2:8-11):


“Havia na região da manjedoura pastores que viviam nos campos e velavam pelos rebanhos durante a noite; 


e um anjo do Senhor desceu onde eles se achavam e a glória do Senhor brilhou ao redor deles, pelo que se fizeram tomados de assombro... 


O anjo, porém, lhes disse: não temais! 


Eis que vos trago boas novas de grande alegria, que serão para todo o povo... 


É que hoje vos nasceu, na cidade de David, o Salvador, que é o Cristo, o Senhor”.


Desde o momento em que os pastores maravilhados se movimentaram para ver-te, na hora da alva, começaste, por misericórdia tua, a receber os testemunhos de afeição dos filhos da Terra.


Todavia, muito antes que te homenageassem com o ouro, o incenso e a mirra, expressando a admiração e a reverência do mundo, o teu cetro invisível se dignou acolher, em primeiro lugar, as pequeninas dádivas dos últimos!


Só tu sabes, Senhor, os nome daqueles que algo te ofertaram, em nome do amor puro, nos instantes da estrebaria:


A primeira frase de bênção...


A luz da candeia que principiou a brilhar quando se apagaram as irradiações do firmamento...


Os panos que te livraram do frio...


A manta humilde que te garantiu o leito improvisado...


Os primeiros braços que te enlaçaram ao colo para que José e Maria repousassem...


A primeira tigela de leite...


O socorro aos pais cansados...


Os utensílios de empréstimo para que te não faltasse assistência...


A bondade que manteve a ordem, ao redor a manjedoura, preservando-a de possíveis assaltos...


O feno para o animal que devia transportar-te...


Hoje, Senhor, que quase vinte séculos transcorreram, sobre o teu nascimento, nós, os pequeninos obreiros desencarnados, com a honra de cooperar em teu Evangelho Redivivo, pedimos vênia para algo te ofertar... 


Nada possuindo de nós, trazemos-te as páginas simples que Tu mesmo nos inspiraste, os pensamentos de gratidão e de amor que nos saíram do coração, em forma de letras, em louvor de tua infinita bondade!


Recebe-os, ó Divino Benfeitor! 


Com a benevolência com que acolheste as primeiras palavras e respeito e os primeiros gestos de carinho com que as criaturas rudes e anônimas te afagaram na gloriosa descida à Terra!... 


E que nós – espíritos milenares fatigados do erro, mas renovados na esperança – possamos rever-te a figura sublime, nos recessos do coração, e repetir, como o velho Simeão, após acariciar-te na longa vigília do Templo:


- “Agora, Senhor, despede em paz os teus servos, segundo a tua palavra, porque os nossos olhos viram a salvação!..."



XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel. Antologia Mediúnica do Natal - Espíritos Diversos.





quarta-feira, novembro 27, 2019

Meditando o Natal - Emmanuel








Meditando o Natal

Emmanuel


Na exaltação do Natal do Senhor, acalentemos nossa fé em Jesus, sem nos esquecermos da fé que Jesus deposita em nós.


Não desceria o Senhor da comunhão com os Anjos, sem positiva confiança nos homens.


É por isso que, da Manjedoura de Simplicidade e Alegria à Cruz da Renunciação e da Morte, vemo-lo preocupado na recuperação das criaturas.


Convida pescadores humildes ao seu ministério salvador e transforma-os em advogados da redenção humana.


Vai ao encontro de Madalena, possuída pelos adversários do bem, e converte-a em mensageira de luz.


Chama Zaqueu, mergulhado no conforto da posse material, e faz dele o administrador consciente e justo.


Não conhece qualquer desânimo, ante a negação de Pedro, e nele edifica o apóstolo fiel que lhe defenderia o Evangelho até o martírio e a crucificação.


Não se agasta com as dúvidas de Tomé e eleva-o à condição de missionário valoroso, que lhe sustenta a causa, até o sacrifício.


Não se sente ofendido aos golpes da incompreensão de Saulo, o perseguidor, e visita-o, às portas de Damasco, investindo-o na sua posição de emissário de Sua Graça, coroando de claridades eternas...


A fé e o otimismo do Cristo começaram na descida à estrebaria singela e continuam, até hoje, amparando-nos e redimindo-nos, dia a dia...


Assinalando, assim, os júbilos do Natal, recordemos a confiança do Mestre e afeiçoemo-nos à sua obra de amor e luz, tomando por marco de partida a nossa própria existência.


O Senhor nos conclama à tarefa que o evangelho nos assinala...


Nos primeiros três séculos de Cristianismo, os discípulos que lhe ouviram a Celeste Revelação levantaram-se e serviram-no com sangue e sofrimento, aflição e lágrimas.


Que nós outros estejamos agora dispostos a consagrar-lhe igualmente as nossas vidas, considerando o crédito moral que a atitude d’Ele para conosco significa...


Aprendamos, trabalhemos e sirvamos, até que um dia, qual aconteceu ao velho Simeão, da Boa Nova, possamos exclamar ante a Presença Divina:


- “Agora, Senhor, despede em paz o teu servo, segundo a tua palavra, porque, em verdade, meus olhos já viram a salvação.”




XAVIER, Francisco Cândido. Antologia Mediúnica do Natal - Espíritos Diversos.

terça-feira, novembro 26, 2019

Tempo de Natal - Maria Dolores






Tempo de Natal



Maria Dolores



Senhor Jesus!...


Ante o Natal


Que nos refaz na Terra o mais formoso dia,


Somos gratos a todos os irmãos,


Que te festejam,


Entrelaçando as mãos


Nas obras do progresso.


Vimos também trazer-te a nossa gratidão


Pela fé que acendeste


Em nosso coração.


Mas, se posso, Jesus, desejo expor-Te


O meu pedido de Natal;


Falando de progresso, rogo-te, se possível,


Guiar os homens e as mulheres,


Sejam de qualquer nível,


Para que inventem, onde estejam,


Novos computadores


Que consigam contar


As crianças que vagam nos caminhos,


Sem apoio e sem lar,


E os doentes cansados e sozinhos,


Presos no espaço de ninguém,


Para que se lhes dê todo o amparo do Bem.


Auxilia, Senhor, a humana inteligência


A fabricar foguetes


Dentro de segurança que não erra,


Que possam transportar remédio, alimento e socorro,


Onde a dor apareça atribulando a Terra.


Que o mundo te receba as bênçãos naturais


Doando mais amor aos animais,


Que nunca desampare as árvores amigas,


Não envenene os ares,


Nem tisne as fontes, nem polua os mares,


Que o ódio seja, enfim, esquecido, de todo,


Que a guerra seja posta nos museus,


Que em todos nós impere o imenso amor de Deus.


Que o teu Natal se estenda ao mundo inteiro


E que, pensando em teu amor,


De cada amanhecer


Que todos resolvamos a fazer


Um dia novo de Natal...


E que, encontrando alguém,


Possamos repetir, tocados de alegria,


De paz, amor e luz:


Companheiro, bom dia,


Hoje também é dia de Jesus.


XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Maria Dolores.Mensagem recebida por Francisco Cândido Xavier, no Grupo Espírita da Prece, em reunião pública da noite de 25 de setembro de 1982, em Uberaba - MG.






segunda-feira, novembro 25, 2019

Natal do Coração - Meimei







Natal do Coração 


 Meimei


Abençoadas sejam as mãos que, em memória de Jesus, espalham no Natal a prata e o ouro, diminuindo a miséria e a necessidade, a fome e a nudez!...



Entretanto, se não forem iluminadas pelo amor que ajuda sempre, esses flagelos voltarão amanhã, como a erva daninha que espreita a ausência do lavrador.



Não retenhas, assim, a riqueza do coração que poder dar, tanto quanto o maior potentado da Terra!



Deixa que a manjedoura de tua alma se abra, feliz, ao Soberano Celeste, para que a luz te banhe a vida.



Com Ele, estenderás o coração onde estiveres, seja para trocar um pensamento compassivo com a palavra escura e áspera ou para adubar uma semente de esperança, onde a aflição mantém o deserto!


Com Ele, inflamarão de júbilo os olhos de algum menino triste e desamparado e uma simples criança, arrebatada hoje ao vendaval, pode amanhã ser o consolo da multidão...


Com Ele, podes oferecer a bênção da tolerância aos que trabalham contigo, transformando o altar de teu coração em altar de Deus!...



Que tesouro terrestre pagará o gesto de compreensão no caminho empedrado, o sorriso luminoso da bondade no espinheiro da sombra e a oração do carinho e do entendimento no instante da morte?



Natal no espírito é a comunhão com Ele próprio.



Ainda que te encontres em plena solidão na manjedoura do infortúnio, sai de ti mesmo e reparte com alguém o dom inefável de tua fé.
Lembra-te de que Ele, em brilhando na manjedoura, tinha consigo apenas o amor a desfazer-se em humildade, e, em agonizando na cruz, possuía apenas o coração, a desfazer-se em renúncia...



Mas, usando tão somente o coração e o amor, sem uma pedra onde repousar a cabeça, converteu-se no Salvador do Mundo, e, embora coroado de espinhos, fez-se o Rei das Nações para sempre.





XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Meimei. Do livro Antologia Mediúnica do Natal. Autores Diversos. FEB.


O homem é o que pensa - Carlos Torres Pastorino


  


O homem é o que pensa


Carlos Torres Pastorino 



O homem é o que pensa. 


Se você insistir em pensar no mal, na dor, na doença, você os atrairá para si. 



Pense na saúde, na alegria, na prosperidade, e sua vida tomará novo rumo. 


Afirme sempre que é feliz, que as dores passam, que a saúde se consolida cada vez mais, e a felicidade baterá à sua porta. 


Seja otimista e permaneça o mais possível ligado ao Pai Celestial.



 PASTORINO, Carlos Torres. Minutos de Sabedoria.