As Reencarnações de Joanna de Ângelis
Um Espírito que irradia ternura e sabedoria, despertando-nos para a vivência do amor na sua mais elevada expressão, mesmo que, para vivê-lo, seja-nos imposta grande soma de sacrifícios. Trata-se do Espírito que se faz conhecido pelo nome Joanna de Ângelis , e que, nas estradas dos séculos, vamos encontrá-la na mansa figura de Joanna de Cusa , posteriormente como Clara de Assis ao lado de Francisco de Assis, na grandiosa Sóror Juana Inés De La Cruz e na intimorata Joana Angélica de Jesus .
Conheça agora um pouco dessas personalidades que marcaram a história com o seu exemplo de humildade e heroísmo.
JOANA DE CUSA
Joana de Cusa, segundo informações de Humberto de Campos, no livro “Boa Nova”, era alguém que possuía verdadeira fé.
Narra o autor que: “Entre a multidão que invariavelmente acompanhava Jesus nas pregações do lago, achava-se sempre uma mulher de rara dedicação e nobre caráter, das mais altamente colocadas na sociedade de Cafarnaum. Tratava-se de Joana, consorte de Cusa, intendente de Ântipas, na cidade onde se conjulgavam interesses vitais de comerciantes e de pescadores”.
Narra o autor que: “Entre a multidão que invariavelmente acompanhava Jesus nas pregações do lago, achava-se sempre uma mulher de rara dedicação e nobre caráter, das mais altamente colocadas na sociedade de Cafarnaum. Tratava-se de Joana, consorte de Cusa, intendente de Ântipas, na cidade onde se conjulgavam interesses vitais de comerciantes e de pescadores”.
O seu esposo, alto funcionário de Herodes, não lhe compartilhava os anseios de espiritualidade, não tolerando a doutrina daquele Mestre que Joana seguia com acendrado amor. Vergada ao peso das injunções domésticas, angustiada pela incompreensão e intolerância do esposo, buscou ouvir a palavra de conforto de JESUS que, ao invés de convidá-la a engrossar as fileiras dos que O seguiam pelas ruas e estradas da Galiléia, aconselhou-a a seguí-Lo a distância, servido-O dentro do próprio lar, tornando-se um verdadeiro exemplo de pessoa cristã, no atendimento ao próximo mais próximo: seu esposo, a quem deveria servir com amorosa dedicação, sendo fiel a Deus, amando o companheiro do mundo como se fora seu filho.
Jesus traçou-lhe um roteiro de conduta que lhe facultou viver com resignação o resto de sua vida.
Mais tarde, tornou-se mãe. Com o passar do tempo, as atribuições foram se avolumando. O esposo, após uma vida tumultuada e inditosa, faleceu, deixando Joana sem recursos e com o filho para criar.
Corajosa, buscou trabalhar. Esquecendo “o conforto da nobreza material, dedicou-se aos filhos de outras mães, ocupou-se com os mais subalternos afazeres domésticos, para que seu filhinho tivesse pão”. Trabalhou até a velhice.
Já idosa, com os cabelos embranquecidos, foi levada ao circo dos martírios, juntamente com o filho moço, para testemunhar o amor por Jesus , o Mestre que havia iluminado a sua vida acenando-lhe com esperanças de um amanhã feliz.
Narra Humberto de Campos, no livro citado:
“Ante o vozerio do povo, foram ordenadas as primeiras flagelações.
- Abjura!… – excalama um executor das ordens imperiais, de olhar cruel e sombrio.
A antiga discípula do Senhor contempla o céu, sem uma palavra de negação ou de queixa. Então o açoite vibra sobre o rapaz seminu, que exclama, entre lágrimas:
- “Repudia a Jesus , minha mãe!… Não vês que nós perdemos?!
- Abjura!… por mim, que sou teu filho!…”
Pela primeira vez, dos olhos da mártir corre a fonte abundante das lágrimas. As rogativas do filho são espadas de angustia que lhe retalham o coração.
Após recordar sua existência inteira, responde:
“- Cala-te, meu filho!
- Jesus era puro e não desdenhou o sacrifício. Saibamos sofrer na hora dolorosa, porque, acima de todas as felicidades transitórias do mundo, é preciso ser fiel a Deus!”
Logo em seguida, as labaredas consomem o seu corpo envelhecido, libertando-a para a companhia do seu Mestre, a quem tão bem soube servir e com quem aprendeu a sublimar o amor.
AO LADO DE FRANCISCO DE ASSIS - CLARA DE ASSIS
Séculos depois, Francisco, o “Pobrezinho de Deus”, o “Sol de Assis”, reorganiza o “Exército de Amor do Rei Galileu”, ela também se candidata a viver com ele a simplicidade do Evangelho de Jesus, que a tudo ama e compreende, entoando a canção da fraternidade universal, como Clara de Assis - a "Irmã Lua" .
Corpo de Clara de Assis - Basílica de Santa Clara em Assis/ Itália
Divaldo Pereira Franco (2014) em entrevista concedia à TV CEI no "Programa Conversando com Divaldo", descreveu sua emoção de quando esteve em Assis/Itália.
Falou da beleza e do perfume dos campos recobertos de lavanda e, após visitar o local onde estavam os restos mortais e os trajes de Francisco de Assis, foi à Basílica de Santa Clara e diante do seu corpo exposto, com expressão tão serena , Joanna de Ângelis se fez presente e segundo o mesmo, não teve mais dúvidas, de que se tratava do mesmo Espírito.
Tivemos o desejo de nos aprofundarmos nessa linda passagem vivida por Divaldo, pelo carinho, respeito e admiração pela Veneranda Joanna de Ângelis, cujas mensagens sempre tocaram fundo ao nosso coração e fomos pesquisar.
Clara de Assis desencarnou em 11 de agosto de 1253 e seu corpo foi enterrado na Igreja de São Jorge ao lado do corpo de Francisco.
Falou da beleza e do perfume dos campos recobertos de lavanda e, após visitar o local onde estavam os restos mortais e os trajes de Francisco de Assis, foi à Basílica de Santa Clara e diante do seu corpo exposto, com expressão tão serena , Joanna de Ângelis se fez presente e segundo o mesmo, não teve mais dúvidas, de que se tratava do mesmo Espírito.
Tivemos o desejo de nos aprofundarmos nessa linda passagem vivida por Divaldo, pelo carinho, respeito e admiração pela Veneranda Joanna de Ângelis, cujas mensagens sempre tocaram fundo ao nosso coração e fomos pesquisar.
Clara de Assis desencarnou em 11 de agosto de 1253 e seu corpo foi enterrado na Igreja de São Jorge ao lado do corpo de Francisco.
No dia 3 de outubro de 1260, o corpo é exumado e colocado
na Basílica de Santa Clara, ali permanecendo perto do altar com uma simples
inscrição: “Aqui jaz o corpo da Virgem Santa Clara”.
No dia 23 de agosto de 1850 , o
corpo é novamente exumado , junto a religiosos e de um especialista em escavações .
No dia 23 de setembro, com a presença de
autoridades da igreja católica , de um químico , de um arqueólogo e do
diretor do arquivo municipal de Assis abriram o sarcófago.
O corpo de Clara tinha o fino
semblante intacto, a pele estava sombria e bem colada aos ossos.
Uma coroa de
honra feita no século XIII estava perfeita. Os ramos de tomilho que enfeitavam
o corpo permaneciam conservados.
O corpo todo estava em estado de esqueleto na
disposição normal dos ossos. A cabeça inclinada sobre o ombro esquerdo, o braço
esquerdo sobre o peito e o direito estendido ao longo do corpo.
O corpo foi erguido e colocado num relicário.
Nos dias 26, 27 e 28 de setembro,
a urna foi reaberta para recobrir os ossos de Clara de Assis e dando-lhe aparência
de um corpo. Tinham sido envoltos anteriormente por uma camada de algodão.
A
túnica parda, a cobertura da cabeça branca e o véu preto foram confecionados
por algumas senhoras de Assis. Colocou-se sobre a cabeça uma
coroa de flores.
O corpo de Clara que está hoje na
basílica foi mais uma vez restaurado.
De 17 de novembro de 1986 até 12
de abril de 1987 um paciente trabalho foi feito para tirar do corpo um estado
de viscosa humidade, devido ao clima e aos longos anos que criaram a
decomposição das partes extremas, em particular as falanges e os dedos dos pés.
Quando examinaram o corpo, ele
mantinha a mesma posição deixada em 1850.
Todo ele foi recomposto e
restaurado por uma equipe de técnicos incluindo egiptólogo, ortopedista,
químico e escultor com tela, gesso, esmalte e silicone.
Recompuseram o corpo e o rosto
segundo os documentos da época, mantendo a a expressão de mulher fascinante,
ardente, terna, sensível, segura e muito equilibrada.
Diante do corpo de Clara, é
preciso redescobrir a espiritualidade da ternura, da pequenez, da pobreza.
Clara, não é um aprendizado intelectual, mas um conhecimento afetivo.
Por que Clara é bela? Porque o Espírito
imprime sempre no corpo a sua forma.
REFERÊNCIAS
Franciscanos.org.br. Disponível
em http://www.franciscanos.org.br/?p=5227.
Acesso:08 MAR 2015.
SÓROR JUANA INÉS DE LA CRUZ
No século XVII ela reaparece no cenário do mundo, para mais uma vida dedicada ao Bem.
Renasce em 1651 na pequenina San Miguel Nepantla, a uns oitenta quilômetros da cidade do México, com o nome de Juanna De Asbaje y Ramirez De Santillana , filha de pai basco e mãe indígena.
Após 3 anos de idade, fascinada pelas letras, ao ver sua irmã aprender a ler e escrever, engana a professora e diz-lhe que sua mãe mandara pedir-lhe que a alfabetizasse. A mestra, acostumada com a precocidade da criança, que já respondia ás perguntas que a irmã ignorava, passa a ensinar-lhe as primeiras letras.
Começou a fazer versos aos 5 anos. Aos 6 anos, Juana dominava perfeitamente o idioma pátrio, além de possuir habilidades para costura e outros afazeres comuns às mulheres da época.
Soube que existia no México uma Universidade e empolgou-se com a idéia de no futuro, poder aprender mais e mais entre os doutores. Em conversa com o pai, confidenciou suas perspectivas para o futuro. Dom Manuel, como um bom espanhol, riu-se e disse gracejando:
-”Só se você se vestir de homem, porque lá só os rapazes ricos podem estudar.” Juana ficou surpresa com a novidade, e logo correu à sua mãe solicitando insistentemente que a vestisse de homem desde já, pois não queria, em hipótese alguma, ficar fora da Universidade.
Na Capital, aos 12 anos, Juana aprendeu latim em 20 aulas, e português, sozinha. Além disso, falava nahuatl, uma língua indígena. O Marquês de Mancera, querendo criar uma corte brilhante, na tradição européia, convidou a menina-prodígio de 13 anos para dama de companhia de sua mulher.
Na Corte encantou a todos com sua beleza, inteligência e graciosidade, tornando-se conhecida e admirada pelas suas poesias, seus ensaios e peças bem-humoradas. Um dia, o Vice-rei resolveu testar os conhecimentos da vivaz menina e reuniu 40 especialistas da Universidade do México para interrogá-la sobre os mais diversos assuntos. A platéia assistiu, pasmada, àquela jovem de 15 anos responder, durante horas, ao bombardeio das perguntas dos professores.
E tanto a platéia como os próprios especialistas aplaudiram-na, ao final, ficando satisfeito o Vice-rei. Mas, a sua sede de saber era mais forte que a ilusão de prosseguir brilhando na Corte.
A fim de se dedicar mais aos seus estudos e penetrar com profundidade no seu mundo interior, numa busca incessante de união com o divino, ansiosa por compreender Deus através de sua criação, resolveu ingressar no Convento das Carmelitas Descalças, aos 16 anos de idade.
Desacostumada com a rigidez ascética, adoeceu e retornou à Corte.
Seguindo orientação de seu confessor, foi para a ordem de São Jerônimo da Conceição, que tem menos obrigações religiosas, podendo dedicar-se às letras e à ciência. Tomou o nome de Sóror Juana Ignés De La Cruz .
Na sua confortável cela, cercada por inúmeros livros, globos terrestres, instrumentos musicais e científicos, Juana estudava, escrevia seus poemas, ensaios, dramas, peças religiosas, cantos de Natal e música sacra. Era freqüentemente visitada por intelectuais europeus e do Novo Mundo, intercambiando conhecimentos e experiências.
A linda monja era conhecida e admirada por todos, sendo os seus escritos popularizados não só entre os religiosos, como também entre os estudantes e mestres das Universidades de vários lugares. Era conhecida como a “Monja da Biblioteca”.
Se imortalizou também por defender o direito da mulher de ser inteligente, capaz de lecionar e pregar livremente.
Em 1695 houve uma epidemia de peste na região. Juana socorreu durante o dia e a noite as suas irmãs reliogiosas que, juntamente com a maioria da população, estavam enfermas. Foram morrendo, aos poucos, uma a uma das suas assistidas e quando não restava mais religiosas, ela, abatida e doente, tombou vencida, aos 44 anos de idade.
SÓROR JOANA ANGÉLICA DE JESUS
Passados 66 anos do seu regresso à Pátria Espiritual, retornou, agora na cidade de Salvador na Bahia, em 1761, como Joana Angélica , filha de uma abastada família.
Aos 21 anos de idade ingressou no Convento da Lapa, como franciscana, com o nome de Sóror Joana Angélica de Jesus , fazendo profissão de Irmã das Religiosas Reformadas de Nossa Senhora da Conceição.
Foi irmã, escrivã e vigária, quando, e, 1815, tornou-se Abadessa e, no dia 20 de fevereiro de 1822, defendendo corajosamente o Convento, a casa do Cristo, assim como a honra das jovens que ali moravam, foi assassinada por soldados que lutavam contra a Independência do Brasil.
Nos planos divinos, já havia uma programação para esta sua vida no Brasil, desde antes, quando reencarnara no México como Sóror Juana Inés de La Cruz. Daí, sua facilidade estrema para aprender português.
É que, nas terras brasileiras, estavam reencarnados, e reencarnariam brevemente, Espíritos ligados a ela, almas comprometidas com a Lei Divina, que faziam parte de sua família espiritual e aos quais desejava auxiliar.
Dentre esses afeiçoados a Joanna de Ângelis, destacamos Amélia Rodrigues, educadora, poetisa, romancista, dramaturga, oradora e contista que viveu no fim do século passado ao início deste.
JOANNA NA ESPIRITUALIDADE
Quando, na metade do século passado, “as potências do Céu” se abalaram, e um movimento de renovação se alastrou pela América e pala Europa, fazendo soar aos “quatro cantos” a canção da esperança com a revelação da vida imortal, Joanna de Ângelis integrou a equipe do Espírito de Verdade, para o trabalho de implantação do Cristianismo redivivo, do Consolador prometido por Jesus.
E ela, no livro “Após a Tempestade”, em sua última mensagem, referindo-se aos componentes de sua equipe de trabalho diz:
“Quando se preparavam os dias da Codificação Espírita, que ando se convocavam trabalhadores dispostos à luta, quando se anunciavam as horas preditas, quando se arregimentavam seareiros para Terra, escutamos o convite celeste e nos apressamos a oferecer nossas parcas forças, quanto nós mesmos, a fim de servir, na ínfima condição de sulcadores do solo onde deveriam cair as sementes de luz do Evangelho do Reino.”
Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo” vamos encontrar duas mensagens assinadas por “Um Espírito amigo”. A primeira, no Cap. IX, item 7 com o título “A paciência”, escrita em Havre, 1.862. A segunda no Cap. XVIII itens 13 e 15 intitulada “Dar-se-á àquele que tem”, psicografada no mesmo ano que a anterior, na cidade de Bordéus.
Se observarmos bem, veremos a mesma Joanna que nos escreve hoje, ditando no passado uma bela página, como o modelo das nossas atitudes, em qualquer situação.
No mundo Espiritual, Joanna estagia numa bonita região, próxima da Crosta terrestre.
Quando vários Espíritos ligados a ela, antigos cristãos equivocados se preparavam para reencarnar, reuniu a todos e planejou construir na Terra, sob o céu da Bahia no Brasil, uma cópia, embora imperfeita, da Comunidade onde estagiava no Plano Espiritual, com o objetivo de, redimindo os antigos cristãos, criar uma experiência educativa que demonstrasse a viabilidade de se viver numa comunidade, realmente cristã, nos dias atuais.
Espíritos gravemente enfermos, não necessariamente vinculados aos seus orientadores encarnados, viriam na condições de órfãos, proporcionando oportunidade de burilamento, ao tempo em que, eles próprios, se iriam liberando das injunções cármicas mais dolorosas e avançando na direção de Jesus.
Engenheiros capacitados foram convidados para traçarem os contornos gerais dos trabalhos e instruírem os pioneiros da futura Obra.
Quando estava tudo esboçado, Joanna procurou entrar em contato com Francisco de Assis, solicitando que examinasse os seus planos e auxiliasse na concretização dos mesmos, no Plano Material.
O “Pobrezinho de Deus” concordou com a Mentora e se prontificou a colaborar com a Obra, desde que “nessa Comunidade jamais fosse olvidado o amor aos infelizes do mundo, ou negada a Caridade aos “filhos do Calvário”, nem se estabelecesse a presunção que é vérmina a destruir as melhores edificações do sentimento moral’.
Quase um século foi passado, quando os obreiros do Senhor iniciaram na Terra, em 1947, a materialização dos planos de Joanna, que inspirava e orientava, secundada por Técnicos Espirituais dedicados que espalhavam ozônio especial pela psicosfera conturbada da região escolhida, onde seria construída a “Mansão do Caminho”, nome dado à alusão à “Casa do Caminho” dos primeiros cristãos.
Nesse ínterim, os colaboradores foram reencarnando, em lugares diversos, em épocas diferente, com instrução variada e experiências diversificadas para, aos poucos, e quando necessário, serem “chamados” para atender aos compromissos assumidos na espiritualidade.
Nem todos, porém, residiriam na Comunidade, mas, de onde se encontrassem, enviariam a sua ajuda, estenderiam a mensagem evangélica, solidários e vigilantes, ligados ao trabalho comum.
A Instituição crescendo sempre comprometida a assistir os sofredores da Terra, os tombados nas provações, os que se encontram a um passo da loucura e do suicídio.
Graças às atividades desenvolvidas, tanto no plano material como no plano espiritual, com a terapia de emergência a recém-desencarnados e atendimentos especiais, a “Mansão do Caminho” adquiriu uma vibração de espiritualidade que suplantas humanas vibrações dos que ali residem e colaboram.
REFERÊNCIAS
FRANCO, Divaldo Pereira; SANTOS, Celeste . “A Veneranda Joanna de Ângelis”.
____________________; SAID, Cezar Braga . " Joanna e Jesus: Uma História de Amor".
DOUTRINAKARDEC. Disponível em http://doutrinakardec.wordpress.com/category/joanna-de-angelis/ . Acesso: 07 MAR 2016.
Franciscanos.org.br. Disponível em http://www.franciscanos.org.br/?p=5227. Acesso:08 MAR 2015.
Novas Revelações Sobre Joanna De Ângelis
Adilton Pugliese
Uma das mulheres vem mantendo, de forma comovedora, sua
fidelidade ao Cristo há mais de 2000 anos, desde o início da Era Cristã, quando
ela, na personalidade de Joana, esposa de Cusa, intendente de Ântipas,
acompanhava as pregações do Mestre às margens do lago de Cafarnaum.
Ela possuía
a verdadeira fé, mas vivia atormentada com as amarguras domésticas, porque o
seu companheiro de lutas não aceitava as claridades do Evangelho, o esposo não
tolerava a doutrina do Mestre.
Atendida fraternalmente por Jesus, é aconselhada
a “amá-lo ainda mais”, recomendando-lhe permanecer sempre fiel.
No ano de 68,
“quando as perseguições ao Cristianismo iam intensas”, Joana de Cusa é
submetida ao poste do martírio e, quando desafiada pelos verdugos a abjurar a
sua fé, que lhe diziam:
- O teu Cristo soube apenas ensinar-te a morrer?
Ela,
reunindo todas as suas forças, responde:
- Não apenas a morrer, mas também a vos
amar!...
É neste momento decisivo que ela escuta a voz carinhosa e
inesquecível:
- Joanna, têm bom ânimo!...Eu aqui estou...
Mais de 1500 anos depois vamos encontrá-la reencarnada no
México, em San Miguel Nepantla.
Que perfil nos interessa nessa encarnação dessa
fidelíssima servidora do Cristo?
Um escritor, poeta e crítico mexicano, Octavio
Paz, escreveu um livro de 709 páginas para fazer uma espécie de ressurreição da
vida e do mundo de Juana de Asbaje Y Ramírez de Santillana, nascida em 12 de
novembro de 1651.
Foi uma mulher inteligente, que desde menina pedia à mãe para
vesti-la de homem para ela poder ir a Universidade.
Era a necessidade do saber,
do conhecimento, certamente preparando-se para as tarefas do futuro. É nesse
estágio reencarnatório que aprende, sozinha, o idioma português.
Aos 16 anos entra para a Ordem das Carmelitas Descalças, mas
não suporta a vida ascética.
Aos 18 anos, então, tomou o véu de noviça no
Convento de São Jerônimo, e adota o nome de Sóror Inês de la Cruz.
Tinha enorme
biblioteca, era conhecida como a monja da biblioteca. Juana nasceu numa época
de grande restrição à mulher.
Teve vários perseguidores, que não aceitavam a
sua excepcionalidade: a de seu sexo e de sua superioridade intelectual.
Um
deles foi o Arcebispo da Cidade do México, Aguiar y Seijas, cuja misoginia o
levava a propagar que caso uma mulher entrasse em sua casa, mandaria trocar o
piso.
O que marcou a reencarnação de Sóror Juana Inês de la Cruz
foi sua constante preocupação pela situação da mulher, especialmente a
mexicana, a qual era totalmente marginalizada, levando-a promover um movimento,
tornando-se, então, a primeira feminista das Américas. Foi poeta e musicista.
Houve um instante de inquietação em sua vida, quando interrogou: onde está a
felicidade?
Orando, e fazendo profunda reflexão, lembrou, talvez, que deveria
proceder como o moço rico da parábola evangélica.
Precisava dar tudo o que
tinha e dedicar-se aos pobres, à caridade.
E é o que faz a partir daí.
Em abril
de 1695, grave epidemia varreu o México, ceifando inúmeras vidas, entre elas a
de Sóror Juana Inês de la Cruz, aos 44 anos de idade, em 17.04.1695.
Sessenta e seis anos depois renasceria no Brasil, em
11.12.1761, e seria a personalidade Sóror Joana Angélica de Jesus.
Seus
registros terrestres não explicam a sua renúncia ao mundo e a opção pela
clausura de um mosteiro da ordem contemplativa.
Só os registros das vidas
passadas, desde 68 d.C., como Joana de Cusa, passando pela religiosa Juana Inés
de la Cruz, podem explicar essa opção, pois aos 21 anos ingressou no Convento
da Lapa, em Salvador, BA., fazendo profissão de irmã das religiosas reformadas
de Nossa Senhora da Conceição da Lapa e por incontáveis méritos, chegou a
Abadessa em 1815.
Em 20.02.1822 ela desencarna, trespassada por uma baioneta,
enfrentando às portas do Convento, os soldados do Brigadeiro Madeira, nomeado
por Portugal para pôr fim ao movimento de independência.
Seria a Heroína da Independência
do Brasil.
No mundo espiritual, 40 anos após a sua desencarnação no
Brasil, ei-la na França, ao lado de Allan Kardec, colaborando com a Codificação
Espírita. Imaginamos o número incalculável de Espíritos que se ofereceram para
colaborar com o advento da Terceira Revelação!
E ela foi um dos escolhidos.
Em
abril de 1864, ao lançar em Paris a terceira obra da Codificação Espírita, O
Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec insere duas mensagens desse
Espírito, que se assina Um Espírito Amigo: um texto sobre A Paciência , no
capítulo IX, item 7 e outro capítulo XVIII, item 15,Instrução dos Espíritos,
intitulado Dar-se-á Àquele que Tem, ambos ditados em 1862 nas cidades francesas
de Havre e Bordéus, respectivamente.
Continuando a sua trajetória iluminativa, em 1948 ela
revela-se ao médium Divaldo Franco, assinando suas primeiras comunicações como
Um Espírito Amigo e, mais tarde, em 1956, solicitada pelo médium a
identificar-se, pede que seja chamada de Joanna de Angelis, passando a
desenvolver a sua grandiosa tarefa, conhecidíssima em todo o Brasil e no
Exterior, agora verdadeira Heroína da Independência do Homem, para liberta-lo
do materialismo.
Há, dentro de suas existências na Terra, um ponto que
gostaria de realçar.
Quando em 1970 Divaldo Franco visitou o Monastério de
Santa Clara, em Assis, na Itália, o Espírito Joanna de Angelis, diante do corpo
em conservação de Clara de Assis, desvela um outro ângulo de suas existências.
Esse momento, em nosso entendimento, revela sua reencarnação como Clara de
Assis, no século XII, na cidade de Assis, na Itália.
Relatam seus biógrafos que
durante a gestação, sua mãe tinha medo, era o primeiro filho.
Um dia correu à
igreja.
Lá ouviu uma voz:
“não tenhas medo, com felicidade serás mãe de uma
menina, e esta filha há de aclarar o mundo com o seu esplendor”.
Finalmente, no
dia 16.07.1194, o castelo dos Condes de Favarone e Hortolona comemora o grande
momento: o nascimento de sua primogênita.
A mãe insistiu em chamar-lhe de
Clara, pois em seus ouvidos soava a promessa: ela há de aclarar o mundo inteiro
com o seu esplendor...
No ano de 1211, com 17 anos, ouviu um jovem de 29 anos
pregar a Quaresma na Catedral de Assis e ficou arrebatada, não apenas com a
eloquência da palavra, mas com o gesto da vida daquele jovem.
O jovem era
Francisco de Assis (26.09.1182 – 04.10.1226), que desde o ano de 1206 havia
criado um grande impacto em sua cidade natal.
Jovem rico, filho do grande
comerciante Pedro Bernadone que, de repente, após retornar da guerra, no sul da
Itália, passara a pregar o desapego às coisas materiais e o amor à mais
absoluta pobreza.
Em 18.03.1212, Clara toma uma decisão:
abandonar a família e
seguir Francisco, o que consegue.
Mais tarde ela se tornaria a primeira mulher
franciscana e, com ela, nasceria a Segunda Ordem Franciscana, a das mulheres.
Em 15.08.1253, ela desencarna aos 59 anos, após uma vida de prodígios e
dedicação aos pobres.
Identificamos dias interessantes e significativas conexões
reencarnatórias entre Clara de Assis e Joanna Angélica de Jesus: Em 1241, a
Itália é invadida por Frederico II, com bandos armados à busca de riqueza e
aventuras e chegaram à cidade de Assis.
Clara enfrenta a soldadesca com a
imagem do Santíssimo Sacramento na mão, na porta do Mosteiro, defendendo as
irmãs de ideal e a cidade;
em 20.02.1822 (581 anos depois) ela enfrentaria, às
portas de outro Mosteiro, o da Lapa, em Salvador, os soldados do brigadeiro
Madeira, comandante das tropas portuguesas.
As tradições relatam comovedor momento, narrado por Divaldo
Franco em suas palestras, envolvendo essas duas elevadas almas, a de Clara e a
de Francisco:
numa tarde de inverno, ambos voltavam de Espoleto para Assis.
A
neve cobria o caminho, vestia as oliveiras...
É quando Francisco declara:
- Irmã
devemos nos separar aqui.
– E quando tornaremos a nos encontrar, irmão?
Pergunta Clara.
– Quando a primavera chegar com suas flores, responde
Francisco.
E separaram-se.
Francisco faz um sinal da cruz e desaparece como que
diluído na neblina.
Clara ajoelha-se na brancura do caminho, enquanto, em
Assis, os sinos repicavam.
E de repente...
Uma carícia primaveril a envolveu.
Abriu os olhos.
A neve sumira.
Por toda parte rosas.
Rosas à beira dos
caminhos.
Rosas nas oliveiras e ciprestes.
Rosas na amplidão.
Por toda parte
rosas.
Colheu-as às braçadas e correu ao encalço de Francisco, gritando:
-
Irmão, irmão, a primavera voltou.
Não nos separemos mais...
A união entre Joanna de Ângelis e Jesus;
dela com Francisco
de Assis e com o médium Divaldo Franco, em séculos de vínculos fraternais e de
labor em benefício da humanidade, é o exemplo máximo, a excelência da harmonia
íntima, da mensagem da eterna amorosidade.
Certamente que, para lograrmos esse
estado de harmonia que os atingiu, é preciso que semeemos rosas sem espinhos à
beira dos caminhos, dos nossos caminhos redentores e com todos aqueles com quem
nos encontrarmos e então, também nós, um dia, quando conseguirmos construir a
primavera definitiva, na história de nossas vidas, nunca mais nos separemos de
Deus e de suas Leis.
Fonte:
PUGLIESE, Adilton . Artigo publicado na Revista Presença Espírita de números
238- set/out de 2003 e 239 – nov/dez de 2003 .
*
Homenagem à Veneranda Joanna de Ângelis
A Veneranda Joanna de Ângelis, segundo informações trazidas pelos Benfeitores Espirituais, esteve reencarnada junto a Jesus , na condição da cristã Joana de
Cusa, posteriormente junto à Francisco de Assis, como Clara de Assis.
Esteve presente no México como Sóror Juana Inés de La Cruz, considerada uma das mulheres mais inteligentes que se tem conhecimento, conhecida como a “Monja da Biblioteca”.
Passados 66 anos do seu regresso à Pátria Espiritual, retornou, na cidade de Salvador na Bahia, em 1761, como Joana Angélica , filha de uma abastada família,ingressando no Convento da Lapa, como franciscana, com o nome de Sóror Joana Angélica de Jesus , fazendo profissão de Irmã das Religiosas Reformadas de Nossa Senhora da Conceição. Tornou-se Abadessa e, no dia 20 de fevereiro de 1822, defendendo corajosamente o Convento, a Casa do Cristo, assim como a honra das jovens que ali moravam, foi assassinada por soldados que lutavam contra a Independência do Brasil.
Atualmente na Espiritualidade como Joanna de Ângelis, vem reunindo através de suas obras a família espiritual, através da mediunidade de Divaldo Pereira Franco,
um de seus filhos, quando esteve reencarnada como Joana de Cusa.
Já temos conhecimento de que essa Veneranda reencarnará em
2016, certamente auxiliando no processo de regeneração da humanidade.
Que Jesus a fortaleça e ampare sempre, como também ao nosso
tão querido Divaldo Pereira Franco que tem sido de extrema dedicação, amor e
respeito ao próximo, nos ensinando pelos seus exemplos que “ Devemos amar a
Deus sobre todas as coisas e ao próximo, como a nós mesmos”, como nos recomendou o Mestre Jesus.
Certamente a Festa na Espiritualidade se estenderá à Festa Espiritual no nosso tão amado Planeta Terra, pela presença dos Espíritos Nobres, ligados à Falange Espiritual de Joanna de Ângelis.
Seja bem-vinda querida Veneranda Joanna de Ângelis, o Mundo de Regeneração a aguarda ...
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