Minutos de Paz !

terça-feira, maio 21, 2024

Caridade - Emmanuel

 


Caridade 

Emmanuel


Caridade é, sobretudo, Amizade.

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Para o faminto — é o prato de sopa fraterna.

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Para o triste — é a palavra consoladora.

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Para o mau — é a paciência com que nos compete auxiliá-lo.

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Para o desesperado — é o auxílio do coração.

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Para o ignorante — é o ensino despretensioso.

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Para o ingrato — é o esquecimento.

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Para o enfermo — é a visita pessoal.

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Para o estudante — é o concurso no aprendizado.

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Para a criança — é a proteção construtiva.

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Para o velho — é o braço irmão.

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Para o inimigo — é o silêncio.

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Para o amigo — é o estímulo.

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Para o transviado — é o entendimento.

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Para o orgulhoso — é a humildade.

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Para o colérico — é a calma.

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Para o preguiçoso — é o trabalho.

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Para o impulsivo — é a serenidade.

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Para o leviano — é a tolerância.

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Para o deserdado da Terra — é a expressão de carinho.

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CARIDADE é o AMOR, em manifestação incessante e crescente. 


É o sol de mil faces, brilhando para todos, e o gênio de mil mãos, amparando, indistintamente, na obra do bem, onde quer que se encontre, entre justos e injustos, bons e maus, felizes e infelizes, porque, onde estiver o Espírito do Senhor aí se derrama a claridade constante dela, a benefício do mundo inteiro.


XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel.Viajor, cap.13.

 

quinta-feira, maio 16, 2024

Doentes da Alma - Emmanuel



Doentes da Alma

Emmanuel


Existem doentes da alma, quanto existem enfermos do corpo.

*

Quando encontrares companheiros envolvidos na sombra do materialismo destruidor, ao invés de invectivá-los, compadece-te.


Cercados pela vida triunfante, do sol aos vermes e do lodo às estrelas, quantos se acham aparentemente desligados da ideia de Deus e trazem o coração em transitório desequilíbrio.


Se te hostilizam, silencia.


Se te provocam, abençoa.


Não lhes atires fel ao vinagre em que se lhes represa a existência.


Pensa nas dificuldades e lágrimas que os fizeram assim.


Considera, sobretudo, que não são indiferentes à fé porque o desejem.


*

Surpreendemos os que foram orientados na rebeldia, desde a primeira infância e não dispõem de facilidades imediatas para renovarem convicções; 


os que viram mentalmente espancados por desenganos e perderam a confiança em si próprios; 


os que se supunham superiores à Sabedoria Divina e quiseram subjugar os seus irmãos, caindo em amargas experiências que os constrangeram ao reconhecimento da própria pequenez que ainda não conseguem admitir; 


os que tiveram a casa visitada pela morte e se revoltaram contra as leis da Vida que lhes favorecem os entes amados com a libertação, antes que se lhes arrochassem as cadeias de sofrimento; 


os que estimariam poder transformar inconsideravelmente os princípios do Universo e se fazem adversários de Deus por não lhes ser possível o controle absoluto da Natureza e da Humanidade; 


e aqueles outros que se enredaram em laços de angústia e pranto, pretendendo a fuga dos recursos expiatórios que criaram para si mesmos, na liberação das próprias culpas.


*

Diante dos irmãos que a descrença domina, jamais acuses.


Sejam eles quem forem, abençoa-os e espera.


Não são passíveis de condenação ou censura. 


São enfermos da alma, portadores de estranha paranoia  de que a misericórdia de Deus os retirará.



Uma Aberração da Inteligência

Irmão Saulo


Ao enviar-nos mensagem recebida em reunião pública em Uberaba, escreveu-nos Chico Xavier: 


“Os temas e comentários da noite giraram em torno da questão nº. 147 de “O Livro dos Espíritos”. 


As opiniões eram as mais diversas com respeito aos nossos irmãos materialistas, mas no término das tarefas o nosso abnegado Emmanuel escreveu, por nosso intermédio, a página, que intitulou “Doentes da Alma”, de que lhe envio cópia".


A questão 147 refere-se ao problema do materialismo entre os especialistas em ciências médicas e estudos superiores em geral.


Na pergunta seguinte o assunto é desenvolvido e os Espíritos respondem que não são os estudos que produzem o materialismo, mas a vaidade humana. 


E no final da resposta Kardec acentua: 


Por uma aberração da inteligência há pessoas que só veem nos seres orgânicos a anão da matéria e a ela atribuem os nossos atos. 


Só viram no corpo humano a máquina elétrica.


Essa expressão de Kardec, ainda hoje criticada, é agora  plenamente confirmada pelo diagnóstico de Emmanuel: 


os materialistas são enfermos da alma, portadores de estranha paranoia. 


Aberração da inteligência ou enfermidade da alma são expressões que se equivalem. 


Mas por que esse rigor na apreciação do problema? 


Classificando-os assim, não menosprezamos e ofendemos os materialistas? 


Não se trata de uma coisa nem de outra, mas apenas de exame objetivo da situação. 


O Materialismo é considerado pelo Espiritismo como verdadeira ameaça à criatura humana, porque deforma a visão natural do homem e o precipita na cegueira espiritual.


O Materialismo nega a própria natureza humana que é espiritual e não material. 


Partindo dessa premissa falsa conduz o homem a uma atitude errônea diante da vida e do mundo. 


Bastaria isto para mostrar a sua origem patológica. R uma distorção da realidade. 


Hoje sabemos, pelas pesquisas antropológicas, etnológicas e sociológicas, que nunca houve na Terra um só povo ateu. 


O homem é naturalmente religioso, pois, como afirmou Descartes, traz a ideia de Deus em si mesmo. 


O Espiritismo nos mostra a existência da lei de adoração, lei natural que caracteriza a natureza humana. O materialismo nega essa lei e gera o desespero e a irresponsabilidade.


XAVIER, Francisco Cândido; PIRES, Herculano. Chico Xavier pede  licença.  Espíritos Diversos, Cap 28.

quarta-feira, maio 15, 2024

Pétalas - Casimiro Cunha

 

 


Pétalas

Casimiro Cunha

 

Para anular tentações


Com ânimo sempre ativo,


O trabalho infatigável


E’ o melhor preservativo.

*

Embora a luta te esmague,


Cumpre sempre o teu dever;


O verdadeiro valor


Consiste em saber sofrer.

*

Não menoscabes servir


E nem repouses na estrada.


O tédio é sempre o infortúnio


De gente desocupada.

*

Vence em ti, contigo mesmo,


Na escola do sacrifício.


Muita vez, o herói da praça


É servo do próprio vicio.

*

Procura no amor fraterno


Teu caminho abençoado.


Quem dorme acusando os outros,


Acorda menos prezado.

*

A palavra generosa,


Doce, calma e compassiva,


Cai no deserto das almas


Como gota de água viva.

*

Se desejas estender


A glória do bem real,


Começa, agora e aqui mesmo,


Fugindo de todo mal.

*

Que o pranto das grandes mágoas


Não te faça esmorecer,


Olhos que nunca choraram


Raramente sabem ver.

*

Se estiveres fatigado,


De corpo fraco e enfermiço,


Medita sobre o descanso,


Mas não deixes teu serviço.

*

Não critiques, nem acuses


As faltas de teu irmão.


Mais tarde, atravessarás


Teus dias de provação.


XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Gotas de luz. Rio de Janeiro: FEB, ed.9 , 1.994. Cap.30,p.54-55.

 

 

terça-feira, maio 14, 2024

Nótulas - Casimiro Cunha

 


Nótulas 

Casimiro Cunha

 

Se o trabalho dá prazer,


Se a tarefa é nobre e amiga,


Vivemos em paz conosco,


Sem tristeza e sem fadiga.

*

A cólera, em toda parte,


É fogo escuro e violento


Que se dispõe à loucura


E encontra o arrependimento.

*

Simplifica quanto possas


A própria alimentação.


A cozinha requintada


Conduz à medicação.

*

Não te refiras a trevas


No teu dia claro e lindo.


Não despertes a “má sorte”,


Se a “má sorte” está dormindo.

*

Nunca serás vencedor


Entre balas e punhais.


Quem domina a própria ira


É o maior dos generais.

*

Não te rebeles na vida.


Cumpre, calmo, o teu dever.


Nas simples horas de um dia,


Tudo pode acontecer.

*

Nos trilhos do bem, não chores


Se segues caluniado...


Na Terra, há muito desprezo


Que traz honra ao desprezado.

 *

XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Gotas de luz. Rio de Janeiro: FEB, ed.9 , 1.994. Cap.27,p.49-50.

 

segunda-feira, maio 13, 2024

Chico Xavier e a Iluminada Isabel Aragão - Carlos Roberto Fernandes






Chico Xavier e a Iluminada Isabel Aragão


 Carlos Roberto Fernandes



...O vento sopra onde quer e lhe ouves a voz mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim é todo aquele que nasceu do Espírito... Jesus, João 3:8


Isabel de Aragão (1271-1336), a Rainha Santa Isabel ou A Rainha Santa, casou-se em 1288 com o rei Dinis I de Portugal (1261-1325). O casal teve dois filhos: Constança (1290-1313) e Afonso IV (1291-1357).


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Após a morte do esposo, Isabel de Aragão recolheu-se no Convento de Santa Clara (a Velha), em Coimbra; embora tenha vestido o hábito das irmãs Clarissas não fez os votos.

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Isabel faleceu de peste no castelo Estremoz e o corpo foi encontrado incorrupto e está em túmulo de prata e cristal.

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Beatificada pelo papa Leão X em 1516 e canonizada pelo papa Urbano VIII em 1625, Isabel de Aragão é padroeira da cidade de Coimbra e sua festa acontece em 4 de julho.

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Em Pedro Leopoldo - Minas Gerais é aquele espírito que na noite de 10 de julho de 1927 se materializa ou aparece à visão espiritualizada do jovem Francisco Cândido Xavier: o jovem tinha, então, 17 anos de idade.

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A visita daquele espírito de alta hierarquia espiritual era exclusiva para o jovem Chico Xavier: essa alta hierarquia não é inferida pelo título de santa para os católicos mas pelas circunstâncias em que se apresenta ao jovem, segundo o seu próprio relato.

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Chico Xavier estava de joelhos e em prece no seu quarto, segundo seus hábitos católicos, fazendo as orações da noite.

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Em determinado momento, as paredes do quarto refletiram uma luz prateada-lilás: diante de tal claridade percebida (possivelmente em sua visão espiritual), o jovem abriu os olhos para tentar compreender o que estava acontecendo.

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Perto de Chico Xavier apresenta-se uma senhora irradiando uma luz que inundava todo o quarto.

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Na tentativa de demonstrar respeito e consideração, o jovem tentou levantar-se; não conseguiu ficar de pé.

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Sem esforço consciente, ajoelhou-se diante daquela admirável e iluminada senhora.

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O adolescente percebeu uma cena de alta espiritualidade: a senhora iluminada fixava o seu olhar numa imagem de Maria Santíssima - invocada como Nossa Senhora do Pilar. 

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Essa imagem era a imagem de devoção de Chico Xavier à Maria de Nazaré, Mãe de Jesus.


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Após esse olhar de Santa Isabel de Aragão, ela começou a conversar com Chico, em castelhano. 

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E o rapaz compreendeu a mensagem falada em castelhano, embora ignorasse, na existência terrena de agora, tal idioma.

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De forma pausada, a iluminada Isabel de Aragão falou a Chico: Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, venho solicitar o seu auxílio em favor dos pobres, nossos irmãos.

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Difícil imaginar a elevação daqueles espíritos em conversação e o clima de sublimidade espiritual daquele momento: uma alma iluminada solicitando um favor a outra alma iluminada. 

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E isto em nome de Jesus - o criador da Terra sob as ordens de Deus.

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Apesar das lágrimas do jovem diante de tão iluminado espírito, Chico, em seus dezessete anos de idade, perguntou:



- Senhora, quem sois vós?


- No momento, você não se lembra de mim, mas eu sou Isabel - Isabel de Aragão.



Pois bem: ambos se conheciam; o jovem, nas vestes de carne, não lhe lembraria da identidade daquele espírito, mas ela o conhecia e o reconhecia. 



E, por tais laços, vinha até Chico Xavier.



O rapaz, forçosamente obnubilado pelo esquecimento do passado através da reencarnação, pensou: não conheço nem conheci nenhuma senhora com esse nome.



Quis falar algo mas a força espiritual do momento o mantinha mudo para expressar aquele desconhecimento.


Chico conseguiu dizer à senhora: sou pobre, nada posso dar a ninguém. 


Como ajudarei pobres mais pobres que eu mesmo?



A iluminada senhora afirmou:



-Você será nosso ajudante na repartição de pães com os pobres.



E o jovem respondeu, pesaroso:



-Senhora, quase rotineiramente não tenho pão para mim mesmo. 


De que modo repartirei com os outros o que não tenho?


- Os tempos chegarão e você terá os recursos necessários; escreverá para a nossa gente peninsular, trabalhará por Jesus sem receber vantagens materiais pelas páginas que escreverá e nós providenciaremos para que a Espiritualidade Superior lhe dê recursos para começar o trabalho.


Vamos confiar na bondade de Deus.




Após essas palavras, a iluminada senhora afastou-se e o quarto voltou a ser escuro como antes.



Desse momento até o amanhecer, o jovem Chico Xavier chorou pela emoção daquele (re)encontro.



O (re)encontro de Chico Xavier e de santa Isabel de Aragão atesta a grandeza espiritual do médium de Pedro Leopoldo e o milagre do esquecimento pela lei da reencarnação.



Uma simples leitura de O LIVRO DOS MÉDIUNS, de Allan Kardec, atesta o fato de que uma pessoa encarnada para ver e ouvir um espírito iluminado precisa estar na mesma sintonia espiritual, tem que haver simpatia, identidade espiritual entre ambos sem o que a comunicação torna-se impossível em sua tangibilidade visual e auditiva. 


Um espírito encarnado débil, hierarquicamente inferior, não tem condições espirituais para perceber tangivelmente um espírito iluminado.



Referências



BACCELLI, Carlos A. O Evangelho de Chico Xavier. 3. ed. Votuporanga: Didier. 2001; ps. 92-96



BÍBLIA SAGRADA. Petrópolis: Vozes. 1987; p.1275


OBS: Na obra " À Luz do Eterno Recomeço" a Dra. Marlene Nobre nos contempla com a informação recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier , com quem trabalhou durante muitos anos, de que Isabel de Aragão , é o Espírito Veneranda , trabalhadora da Colônia Espiritual Nosso Lar .   

domingo, maio 12, 2024

Minha Mãe - Vinícius de Moraes

 



Minha Mãe 


Vinícius de Moraes



Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo

Tenho medo da vida, minha mãe.

Canta a doce cantiga que cantavas

Quando eu corria doido ao teu regaço

Com medo dos fantasmas do telhado.

Nina o meu sono cheio de inquietude

Batendo de levinho no meu braço

Que estou com muito medo, minha mãe.

Repousa a luz amiga dos teus olhos

Nos meus olhos sem luz e sem repouso

Dize à dor que me espera eternamente

Para ir embora. Expulsa a angústia imensa

Do meu ser que não quer e que não pode

Dá-me um beijo na fronte dolorida

Que ela arde de febre, minha mãe.

 

*


Aninha-me em teu colo como outrora

Dize-me bem baixo assim: — Filho, não temas

Dorme em sossego, que tua mãe não dorme.

Dorme. Os que de há muito te esperavam

Cansados já se foram para longe.

Perto de ti está tua mãezinha

Teu irmão, que o estudo adormeceu

Tuas irmãs pisando de levinho

Para não despertar o sono teu.

Dorme, meu filho, dorme no meu peito

Sonha a felicidade. Velo eu.

 

*


Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo

Me apavora a renúncia. Dize que eu fique

Dize que eu parta, ó mãe, para a saudade.

Afugenta este espaço que me prende

Afugenta o infinito que me chama

Que eu estou com muito medo, minha mãe.


 

FONTE

 

VINICIUSDEMORAES. Minha mãeRio de Janeiro , 1933.Disponível em https://www.viniciusdemoraes.com.br/pt-br/poesia/poesias-avulsas/minha-mae. Acesso 12 MAIO, 2024.

Dia das Mães - Homenagem a minha querida e saudosa mãe

 




O que devo à minha mãe

Momento Espírita

 

Contemplando uma criança que dorme, tranquila, no berço, descobrimos o quão frágil é o ser humano e o quanto deve a uma mulher chamada mãe.

 

Quem quer que olhe para o próprio umbigo há de recordar da estreita ligação para com sua mãe que, durante nove meses, o alimentou, agasalhou, abrigou e protegeu em seu ventre.

 

E as primeiras noções de vida todos as recebemos de nossa mãe.

 

Foi ela quem nos apontou o jardim e nos fez descobrir a borboleta colorida, a flor e o espinho, a chuva e o sol, a beleza do arco-íris.

 

Enquanto nós seguíamos as formigas do jardim, no seu ir e vir de carregadeiras incansáveis, foi ela quem nos falou da persistência e do trabalho.

 

Enquanto nos apontava a aranha, tecendo a sua teia, após o vento forte a ter destruído mais de uma vez, foi nossa mãe quem nos falou da paciência e dos milagres que ela produz.

 

E quando, nas primeiras brincadeiras, alguém nos derrubava, era sempre ela quem nos lecionava o perdão.

 

Quando começamos a perceber as diferenças entre crianças e adultos, velhos e moços, foi nossa mãe quem nos segredou aos ouvidos os valores do respeito e da consideração.

 

Na infância ela consertou nossos brinquedos, costurou a roupa nova para a boneca que havia sido esquecida na chuva.

 

Na adolescência, mais de uma vez consertou-nos o coração despedaçado pelos primeiros pequenos reveses no namoro.

 

Nosso primeiro sorriso foi a imitação do seu e foi ela quem nos ensinou a utilizá-lo para quebrar o gelo, ou para iniciar um pedido de desculpas.

 

Enquanto pequenos, ela nos fez sempre sentir protegidos e amados.

 

Quando a curiosidade nos fez estender o dedo em direção ao besouro e ele grudou ali, foi para ela que corremos, em busca do socorro.

 

Quando o cãozinho pulou e nos fez cair, lambendo-nos o rosto, em manifestação de carinho, apavorando-nos, foi ela quem nos tomou nos braços, sossegou e depois nos ensinou que, por vezes, as criaturas não sabem expressar muito bem seu afeto e que as devemos ensinar.

 

Foi ela quem nos desvendou o segredo das cores, dos números e das letras, mesmo antes de adentrarmos os bancos escolares.

  

E tudo de maneira informal, como uma doce brincadeira que nos permitia aprender, sem cansar.

 

Incentivando-nos à pesquisa, quantas vezes ela nos permitiu incursões de aventura em seu armário e suas gavetas, deixando-nos descobrir tesouros maravilhosos, entre bijuterias, colares, anéis, lenços e tantas outras coisas miúdas, que eram todo nosso encantamento.

 

Seus livros foram os primeiros que nos enriqueceram o intelecto.

 

Livros usados, marcados a caneta, lápis ou pedacinhos de papel.

 

Livros cheios de anotações que nos ensinaram como se devia ler, anotando, perguntando, pesquisando.

 

As músicas de sua predileção foram as que nos embalaram a infância, junto com as canções da sua voz que nos acalmavam nas noites de chuva forte, raios e trovões.

 

E, mais do que tudo, porque desde o primeiro instante detectou que somos um Espírito imortal, plantou com imenso carinho a lição do amor em nós.

 

Seu intuito era que o que quer que nos tornássemos a serviço do mundo, soubéssemos que, acima de tudo, onde quer que estejamos, o que quer que façamos, o ser a quem devemos sempre servir é nosso irmão em humanidade.

 

Redação do Momento Espírita. Disponível em www.momento.com.br

 



Mãe querida,, receba o meu buquê de gratidão , carinho e amor, simbolizadas nessas rosas.