A Ferramenta
Casimiro Cunha
O êxito no trabalho, com que o homem se apresenta, depende da vigilância que se deve à ferramenta.
A enxada laboriosa, que coopera e não se cansa, pede zelo no serviço, para agir com segurança.
A agulha por ministrar benefícios e atenções, não dispensa tratamentos, desvelos e condições.
Nos trabalhos do tecido, em tudo que atinja o assunto, o tear pede harmonia nas peças do seu conjunto.
A própria cozinha humilde, no que diz respeito a ela, reclama copo asseado e limpeza na panela.
No círculo das tarefas, da mais simples à maior, descuidada a ferramenta, tudo vai pelo pior.
Sem isto, qualquer serviço inclina-se à negação e tende com rapidez às sombras da confusão.
Instrumento corrompido marca início de insucesso.
Sem lutas de vigilância, não há bênçãos de progresso.
O problema do utensílio, é tão belo quão profundo...
Lembra sempre que teu corpo atende essa lei no mundo.
Viveres de corpo ao léu, estranho aos cuidados teus, é injúria feita ao trabalho, menosprezo aos dons de Deus.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP: Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 24, p.23.
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