Minutos de Paz !

domingo, agosto 30, 2009




Em Torno da Felicidade


André Luiz



Em matéria de felicidade convém não esquecer que nos transformamos sempre naquilo que amamos.



Quem se aceita como é, doando de si a vida o melhor que tem, caminha mais facilmente para ser feliz como espera ser.



A nossa felicidade será naturalmente proporcional em relação a felicidade que fizermos para os outros.



A alegria do próximo começa muitas vezes no socorro que você lhe queira dar.



A felicidade pode exibir-se, passear, falar e comunicar-se na vida externa, mas reside com endereço exato na consciência tranquila.



Se você aspira a ser feliz e traz ainda consigo determinados complexos de culpa, comece a desejar a própria libertação, abraçando no trabalho em favor dos semelhantes o processo de reparação desse ou daquele dano que você haja causado em prejuízo de alguém.



Estude a si mesmo, observando que o auto-conhecimento traz hulmildade e sem humildade é impossível ser feliz.



Amor é a força da vida e trabalho vinculado ao amor é usina geradora de felicidade.Se você parar de se lamentar, notará que a felicidade está chamando o seu coração para vida nova.



Quando o céu estiver em cinza, a derramar-se em chuva, medite na colheita farta que chegará do campo e na beleza das flores que surgirão no jardim.



Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Sinal Verde. Ditado pelo Espírito André Luiz. 42 edição. Uberaba-MG: CEC. 1996.


Convite à Prudência


Joanna de Ângelis



"De maneira que andem naprudência dos justos. "(Lucas: 1-17.)



Este, precipitando conclusões mentais chegou, através de raciocínios falsos, a desequilíbrio injustificado.



Aquele, acoimado por inquietação exorbitante, atirou-se em torvelinho pela rota, cansando-se exaustivamente, a meio da jornada.



Esse, por distonia da razão, desesperou-se sem motivo real e exauriu as possibilidades da serenidade interior.



Aqueloutro, pelo hábito contumaz da irreflexão, saltou do despenhadeiro da loucura, perdendo a oportunidade feliz.



Estoutro, condicionado pelas aflições exteriores, deixou-se empolgar pela ira e agiu com desacerto.



Outro ainda, vitimado pelos condicionamentos da vida em desordem, permitiu-se corromper, antes de usar as ensanchas do bem, perdendo-se a si mesmo.



A prudência é atitude de sabedoria.



Prudência no falar; prudência no agir; prudência quando pensar.



Falar com prudência conduz o homem à atitude refletida, pois falando sem pensar, o homem perde o domínio das palavras, que, desatreladas, lavram incêndios, promovem conflitos, desarticulam programas salutares.



A palavra não pronunciada é patrimônio precioso de que o homem se pode utilizar no momento justo: a palavra liberada pode converter-se, quando dita sob impropérios, em látego que volta a punir o irresponsável que a libera.



A ação precipitada, sem a necessária prudência, invariavelmente engendra desacertos e aflições sem nome, conduzindo o aturdido ao despenhadeiro do insucesso, em cuja rampa o remorso chega tardio.



Antes de agir, o homem é depositário de todos os valores que pode investir.



Após a ação colhe os resultados do ato.



Agir, portanto, através da ponderação a fim de que a atitude não se converta em algoz, que escravize o próprio instrumento.



Pensar prudentemente.



Uma palavra que nos chegue aos ouvidos, ferina, conduz-nos a uma posição exaltada, impedindo, em conseqüência, a perfeita ordenação mental, que assim nos induz, através de ângulos falsos da observação perturbada, a resultados danosos.



Pensar-refletindo predispõe a ouvir, acostumando a ver, criando o hábito de ponderar para, então, chegar às legítimas conclusões em torno dos veros problemas da vida.



Precipitado, Napoleão conquistou a Europa e, refletindo, meditou tardiamente nos erros cometidos, em Santa Helena.



Conduzido pela supremacia da força, Alexandre Magno dominou o mundo e febres estranhas tomaram-lhe o corpo jovem, antes das reflexões de que muito necessitava.



Com prudência Jesus pensou, falou e agiu.



Construído, paulatinamente, surge um reino de venturas plenas que a pouco e pouco, não obstante a precipitação destes ou daqueles apaniguados do mundo, vai fixando os seus alicerces no imo dos homens, como bandeira de paz e de esperança para a humanidade inteira na direção dos milênios.



Prudência, pois, como atitude de santificação interior.



Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Convites da Vida. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador, BA: LEAL.




Necessário Despertar


Joanna de Ângelis



Inúmeros candidatos ao conhecimento das informações espíritas - portadoras dos relevantes mecanismos para a reforma íntima - detêm-se, inconsequentes, na expectativa de milagres, que os não há, para a solução de problemas que eles próprios criaram e continuam gerando, ou esperam que a simples adesão formal a uma sociedade, onde se divulga o Espiritismo, é suficiente para plenificá-los.




Fixados ao atavismo do maravilhoso e do sobrenatural, perseveram na crença leviana de que os Espíritos desencarnados tudo sabem, tudo podem , com a missão expressa de resolver as dificuldades humanas, desse modo, candidatando as criaturas à ignorância e ao atraso.



Acostumados às notícias extravagantes do misticismo que envolve a mediunidade e dos tabus em torno das comunicações espirituais, negam-se ao estudo sério, ou intentam-no, logo o abandonando, apoia-dos às bengalas psicológicas do comodismo de que lhes parece difícil a absorção do conhecimento espiritual, seja pela impossibilidade de manter a atenção, ou por deficiência de memória, ou ainda por perturbações de vária ordem, que afligem, adormecem, incomodam.



A argumentação simplista não procede, porquanto, em outras áreas do comportamento, seja no trabalho, no relacionamento interpessoal, nas pesquisas e cursos, se não houver um sincero interesse e legítima dedicação, ocorrem os mesmos fenômenos perturbardores, desestimulantes.



Toda experiência nova é desafio, caracterizado por dificuldades, superáveis, que mais despertam os valores morais de quem a deseja vivenciar.



No que diz respeito àquelas de complexidade profunda, quais as de transformação do homem velho em um novo ser, os patamares a conquistar são múltiplos, revestidos de compreensíveis impedimentos.



Não se alteram hábitos doentios, perniciosos, de um momento para outro, com apenas a disposição, sem o correspondente esforço para consegui-lo.



A transformação interior para melhor, que o conhecimento espírita propicia, é precedida de um necessário despertar para a aceitação de novos e preciosos valores morais, que satisfazem e harmonizam a criatura.



Desse modo, ao desejo de crescimento, devem aliar-se o esforço contínuo e o devotamento às idéias renovadoras, trabalhando-se por entender as diretrizes que se lhe apresentam, experimentando e insistindo na sua implantação no mundo íntimo.



A vitória de qualquer tentame chega após a permanência na sua execução.



Substitui, mediante as informações libertadoras do Espiritismo, os velhos hábitos, um a um, adotando novo comportamento mental, e, depois, vivencial, a fim de que a renovação se te faça contínua, incessante.



Fixa-te no propósito de vencer os velhos condicionamentos e adota as propostas de ação positiva, que te auxiliarão no crescimento íntimo.



Liberta-te dos instrumentos frágeis de justificação, evitando as fugas psicológicas à realidade, à responsabilidade.



Insiste na lapidação das arestas grosseiras da personalidade e adapta-te ao novo modo de entender e ser, incorporando à conduta as diretrizes espirituais.



Dar-te-ás conta dos benefícios imediatos que advirão, das soluções aos problemas que surgirão, enfim, de que o empenho se coroa de êxito na razão direta do esforço encetado.



Não foi fácil a Simão Pedro transferir-se do mar da Galiléia, onde pescava com simplicidade, para a experiência difícil no oceano tumultuado da humanidade...



Foi grandemente dolorosa a transferência psíquica, emocional e humana de Saulo de Tarso, da exaltação judaica e da opulência do Sinédrio, bem como de uma família abastada, para a atividade áspera de artesão e apóstolo de Jesus...



Maceradora foi a conduta da equivocada de Magdala, ao adotar as lições do Mestre como regra de iluminação íntima, que conseguiu a duras penas...



A História está repleta de heróis da transformação para melhor, que todos respeitam, porém, são incontáveis os conquistadores anônimos do continente da alma, que estavam perdidos e se encontraram.



O Espiritismo hoje, revivendo Jesus ontem, oferece os valiosos esclarecimentos para a felicidade, a autodescoberta, a iluminação íntima libertadora.



Para consegui-lo é, primeiro, necessário despertar.



Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos Enriquecedores. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador, BA: LEAL. 1994.



Ante os Espíritos Puros

Momento Espírita



Os feitos das grandes almas que transitaram pelo planeta costumam impressionar.



Eles englobam fenômenos magnéticos ainda misteriosos, como os milagres.



Há também atos grandiosos de renúncia e coragem, de abnegação e disciplina.



Muitas vezes o homem, ao refletir sobre eles, anela realizá-los, por sua vez.



Pensa nessas almas iluminadas e deseja partilhar-lhes o banquete de luz.



Entretanto, a imensa maioria dos Espíritos vinculados à Terra constitui-se de consciências endividadas.



A angelitude persiste como uma meta um tanto distante.



Apesar disso, é possível começar, desde logo, a escalada em direção aos planos superiores da existência.



Não lhe é viável, hoje, sustar o curso de uma tempestade com o mero erguer de suas mãos.



Contudo, possui meios de asserenar a dor dos companheiros em sofrimento.



Não lhe é possível, de um momento para o outro, transmitir ao mundo mensagens de supremas e confortadoras revelações.



No entanto, com reduzido esforço, pode acender a luz do alfabeto em muitos cérebros que tateiam na noite da ignorância.



Não possui meios para, como fez o Cristo no Tabor, materializar seres sublimes da Espiritualidade Excelsa.



Todavia, nada o impede de tornar realidade um caldo reconfortante para os doentes abandonados que esmorecem de fome.



Na atualidade, resultaria infrutífero qualquer empreendimento de sua parte para limpar alguém coberto de chagas, pronunciando simples ordem verbal.



Mas pode alimentar a esperança e lavar as feridas de seu irmão.



Talvez ainda não consiga sorrir com serenidade para quem o esbofeteia, como fazia Gandhi.



Mas seguramente pode relevar quando um colega de trabalho fala algo ríspido.



É bom e saudável refletir nos Mensageiros Divinos, respeitar-lhes a missão e admirar-lhes a grandeza.



Também é conveniente pedir-lhes apoio nas dificuldades da jornada terrestre.



Mas não se afigura sensato tentar obter de improviso as responsabilidades que lhes pesam nos ombros.



Assim, não reclame para seus braços ainda frágeis o serviço próprio de um gigante.



Antes de pretender ser sublime, trate de ser honrado e solidário.



Cuide principalmente de cumprir os singelos deveres que lhe competem.



Para isso, não se diga cansado, nem se proclame inútil.



Reflita que um mísero verme, muito distante de seu pensamento, é um servo esquecido que aduba a terra.



Da terra adubada é que surge o pão, que lhe sustenta a vida e possibilita o seu agir no mundo.



Toda ocupação útil, por simples que se apresente, possui valor.



O relevante é bem desempenhar a própria tarefa.



Ela constitui uma etapa necessária na elaboração do anjo de luz que você será um dia.



Pense nisso.


Redação do Momento Espírita, com base no cap. LXVIII do livroJustiça Divina, pelo Espírito Emmanuel, psicografia deFrancisco Cândido Xavier,ed. Feb.





O tesouro do trabalho


Momento Espírita



Narra uma lenda que um pescador muito preguiçoso dormiu à beira do rio, de onde deveria retirar o seu sustento, e ali sonhou.


Sonhou que encontrou em um campo um cântaro de ferro e tendo nele introduzido a mão, descobriu uma reluzente moeda de ouro.


Os olhos do pescador brilharam com intensidade. Tornou a introduzir a mão no cântaro por diversas vezes e, em cada uma delas, encontrava uma nova moeda igual à primeira.


Finalmente despertou e, animado pelo que sonhara, buscou alguém que lhe pudesse decifrar o significado daquelas imagens.


Um velho sábio, então, lhe falou: Não há mistério e qualquer um que queira pode decifrar o seu sonho. Vá até o rio, estenda as suas redes várias vezes e você haverá de descobrir, por si mesmo, o significado.


O pescador se encheu de bom ânimo e se dirigiu até o rio. As árvores frondosas das margens deitavam sombras sobre as águas cantarolantes e ligeiras.


O pescador viu vários peixes que nadavam na corrente. Rapidamente, lançou sua rede e apanhou alguns.


Novos peixes surgiram no seio profundo das águas e ele também os recolheu.


Assim trabalhou durante horas. Jamais pescara tanto. Pareceu-lhe, mesmo, que a pesca fora semelhante a de um mês inteiro.


Enquanto ainda estava na sua tarefa, ocorreu de passar pela margem um mercador. Ao ver os cestos abarrotados de peixes, aproximou-se e indagou o preço. Comprou todos por uma razoável quantia.


Foi só então, quando sentiu nas mãos as moedas tilintantes que o pescador compreendeu o verdadeiro significado do sonho e o sentido das palavras do velho sábio.


O cântaro nada mais era do que o rio de onde ele, pelo esforço do seu trabalho, tirava os peixes que, no mercado, se transformariam em moedas preciosas para as suas necessidades.


* * *


O trabalho é presença indiscutível no contexto do progresso. Sem ele, a vida permaneceria em seu caos inicial.


Tudo que existe é resultado do trabalho. A estátua que admiramos expressando beleza, fala do esforço com que o artista incansavelmente a trabalhou.


A terra florida e perfumada, ou o pomar repleto de frutos são a resposta das Leis do trabalho ao trato do solo.


Ao homem é concedida a honra do trabalho, que lhe permite desembaraçar-se do cipoal da ignorância, concedendo-lhe a alegria de exteriorizar a beleza e a harmonia que dormem latentes em sua intimidade.


Em qualquer situação, pois, o trabalho eleva quem o desenvolve e a ele se afeiçoa.


* * *


O trabalho é também terapia preventiva. Assim é quando preenche os espaços da mente e da emoção com o esforço do seu afeiçoado.


É também terapia curadora. Sempre que desperta o ser para a luta contra os seus limites, gerando possibilidades novas e meios de se recuperar.


O trabalho é Lei de Deus. Isso porque faculta ao homem crescimento no processo constante da evolução.



Redação do Momento Espírita, com base no cap. Perfil do trabalho, do livro Perfis da vida, pelo Espírito Guaracy Paraná Vieira, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal, e no cap. O cântaro milagroso, do livro Lendas do céu e da Terra, de Malba Tahan, ed. Melhoramentos.



Mansuetude e prudência


Momento ESpírita



Você tem se assustado com a violência na sociedade? Com essa violência cotidiana, quase que banalizada pelo suceder dos fatos?


Sem sombra de dúvidas, os dias que se sucedem são desafiadores para todos nós. Nunca conquistamos tanto em tecnologia e bem-estar, nunca o desenvolvimento científico e tecnológico foi tão longe, porém, em nossa intimidade ainda vige a violência.


Reclamamos que o mundo está tão violento, porém a violência muitas vezes ganha morada em nosso mundo íntimo.


Já reparou como somos violentos no trânsito? Basta alguém nos dar uma fechada, conduzir mais lentamente, cruzar nossa frente e violentamos o próximo com nosso verbo truculento, intempestivo, ameaçador.


Outras vezes, chegamos em casa com o peso do dia nos ombros, e aqueles que nos são mais caros ganham a violência de nossa indiferença ou da resposta seca e curta, sem envolvimento e interesse emocional nenhum.


Percebemos que a violência ganha morada em nossa intimidade quando alguém nos provoca ou toca em algum assunto que nos incomoda...


O oposto da violência é a mansuetude. A capacidade de ser manso. Não por acaso foi uma das recomendações de Jesus no Sermão da Montanha, nos lembrando que são bem-aventurados os mansos, pois herdarão a Terra.


Se hoje nos cansamos da violência, que seja iniciada em nós a proposta da mansuetude. Que comecemos por nós o exercício da troca da violência pela mansidão.


Para ser manso, é necessário aprender a agir, ao invés de reagir. É necessário mudar a moeda no trato social. Oferecer sempre a moeda da mansuetude, seja qual for a que nos oferecerem.


Quando nos ofertarem a violência, simplesmente não aceitemos, devolvendo paz, tranquilidade, mansuetude.


Parece difícil? É uma questão de exercício. Experimentemos só por hoje. Quando alguém nos oferecer a violência e devolvermos na mesma moeda, a violência será nossa, e permanecerá conosco. Como consequência, sofreremos os reflexos dela.


Ao contrário, quando agirem violentamente contra nós, proponhamos uma ação de mansuetude. Ao grito, devolvamos a voz tranquila, ao desaforo, ofereçamos o elogio, e à ameaça, ofereçamos o entendimento.


Para tanto, não se faz necessário nos colocarmos como vítima. Ao sermos mansos, não precisamos ser vítimas da violência, ou joguete das ações alheias.
Para evitar isso, Jesus nos recomenda usarmos da mansuetude das pombas, mas da prudência das serpentes.


Armemo-nos de prudência, percebamos onde caminhamos, conheçamos as pessoas com que convivemos. Tudo isso é necessário.


Mas nada na vida justifica a necessidade de ser a violência a ferramenta de nosso trato social. Quando a paz e a mansuetude ganharem nosso mundo íntimo, certamente estará mais próximo o dia em que viveremos em um planeta de paz.



Redação do Momento Espírita.

quinta-feira, agosto 27, 2009



Cristãos Decididos



Bezerra de Menezes



…Estamos sendo convocados pelos Espíritos nobres para ser os lábios pelos quais a palavra de Jesus chegue aos corações empedernidos.



Estamos sendo convocados para ser os braços do Mestre, que afaguem, que se alonguem na direção dos mais aflitos, dos combalidos, dos enfraquecidos na luta.



Estamos colocados na postura do bom samaritano, a fim de podermos ser aquele que socorra o caído na estrada de Jericó da atualidade.



Nunca houve na história da sociedade terrena tantas conquistas de natureza intelectual e tecnológica!



Nunca houve tanta demonstração de humanismo, de solidariedade, tanta luta pelos direitos humanos!



É necessário, agora, que os cristãos decididos arregacem as mangas e ajam em nome de Jesus.



Em qualquer circunstância, que se interroguem: - em meu lugar que faria Jesus?



E, faça-o, conforme o amoroso Companheiro dos que não têm companheiros, faria.



Filhos da alma! Estamos saturados de tecnologia de ponta, graças, à qual, as imagens viajam no mundo quase com a velocidade do pensamento, e a dor galopa desesperada o dorso da humanidade em desalinho.



O Espiritismo veio como Consolador para erradicar as causas das lágrimas.



Sois os herdeiros do Evangelho dos primeiros dias, vivenciando-o à última hora.



Estais convidados a impregnar o mundo com ternura, utilizando-vos da compaixão.



Periodicamente, neste planeta de provas e expiações, as mentes em desalinho vitalizam microorganismos viróticos que dão lugar a pandemias destruidoras.



Recordemo-nos das pestes que assolaram o mundo: a peste negra, a peste bubônica, as gripes espanhola, a asiática e a deste momento de preocupações, porque as mentes dominadas pelo ódio, pelo ressentimento, geram fatores propiciatórios à manifestação de pandemias desta e de outra natureza.



Só o amor, meus filhos, possui o antídoto para anular esses terríveis e devastadores acontecimentos, desses flagelos que fazem parte da necessidade da evolução.



Sede vós aquele que ama. Sede vós, cada um de vós, aquele que instaura o Reino de Deus no coração e dilata-o em direção da família, do lugar de trabalho, de toda a sociedade.



Não postergueis o dever de servir para amanhã, para mais tarde.



Fazei o bem hoje, agora, onde quer que se faça necessário.



As mães afro-descendentes, as mães de todas as raças, em um coro uníssono, sob o apoio da Mãe Santíssima, oram pela transformação da Terra em Mundo de Regeneração.



Sede-lhes filhos dóceis à sua voz quão dócil foi o Crucificado galileu que, ao despedir-se da Terra, elegeu-a mãe do evangelista do amor, por extensão, a Mãe Sublime da Humanidade.Muita paz, meus filhos.



Que o Senhor de bênçãos nos abençoe.



O servidor humílimo e paternal de sempre.



Bezerra



(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, ao final da conferência pública em torno da maternidade, realizada no Grupo Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, na noite de 13 de agosto de 2009)

terça-feira, agosto 25, 2009




Questão de Escolha


André Luiz


Procure um delinquente e encontrará muitos malfeitores.



É necessário, então, que você possua imenso cabedal de amor para renová-los, sem fazer-se criminoso também.



Busque identificar uma falta e achará inúmeras.



Chegando a essa situação, é imprescindível que você esteja bastante esclarecido para não acrescentar seus erros aos erros alheios.



Tente situar um espinho e vários virão ao seu encontro.



Em face de tal contingência, é necessário que você permaneça eminentemente equilibrado para não ferir-se.



Fixe com demasiada atenção uma pedra da estrada e, em breve, o solo estará empedrado aos seus olhos.



Depois disso, você necessitará de muita resistência para não sucumbir às asperezas da jornada.



Aproxime-se do bem, procure-o com decisão e a bondade virá iluminar seu caminho.



Somente aí você surgirá perfeitamente armado para vencer na guerra contra a mal.



Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã. Ditado pelo Espírito André Luiz. 3 edição. Edição de Bolso. Rio de Janeiro, RJ: FEB. 1999.

Seja sempre otimista e faça um balanço do quanto valeu a pena.O otimismo é luz que descortina momentos de muita paz e de equilíbrio... Gabi



Comportamento Pessimista


Joanna de Ângelis



O hábito da lamentação e da queixa torna-se, cada vez mais, razão de pessimismo e perturbação.



Caracterizando um comportamento enfermiço, generaliza-se, contagioso, arrastando multidões ao desânimo ou açulando temperamentos rebeldes para a violência, em tentativas infelizes de desviar o curso dos acontecimentos e as circunstâncias que condenam com acrimônia.



Possuindo uma óptica distorcida sobre a realidade, todo aquele que cultiva a queixa sistemática apura a observação exclusivamente direcionada para o lado negativo dos fatos, comprazendo-se em invectivar, apresentando-se como vítima inocente de tudo quanto lhe sucede, sem anotar as inumeráveis faces positivas e concessões que lhe são oferecidas pela Vida, em uma rude forma de ingratidão com suas conseqüências infelizes.



Vivendo o pessimismo, que se deriva da autocomiseração, compraz-se em atormentar-se, passando a atormentar também as criaturas incautas, que se lhe associam, contagiando-os com os miasmas venenosos, assim aumentando o número de deprimidos, torpeadores dos ideais de enobrecimento humano.



Mediante essa atitude mais se agravam os fatos censuráveis, equivocados, quando o correto seria abandonar a crítica derrotista, contribuindo em favor da retificação dos erros, alterando assim o rumo dos sucessos prejudiciais.



De tal maneira se agrava esse comportamento que, tais indivíduos, ao invés de promoverem estímulos à saúde, os seus comentários cingem-se sempre à valorização das doenças.



Detalham o quadro das enfermidades de que se dizem objeto, real ou imaginariamente, cultivando o pessimismo quanto à provável recuperação, não tendo em conta a contribuição da mente saudável agindo sobre os implementos celulares, os delicados mecanismos nervosos, os sutis equipamentos cerebrais que, dessa maneira, lhes sofrem as descargas vibratórias mefíticas.



A conduta pessimista constitui vício grave do Espírito comprometido com a própria consciência.O fenômeno natural da vida é a saúde.



A enfermidade constitui distúrbio da conduta moral, que a alma insculpe nas delicadas tecelagens orgânicas solicitando reparação.



Quando não considerada com o respeito que merece, essa distonia dos fenômenos vitais dá lugar à instalação da doença.



Somente quando o campo vibratório do ser humano está em desarmonia, em razão dos referidos fatores profundos, a fauna e a flora microbiana se instalam, produzindo a degenerescência.



A vida avança para a plenitude.



Tudo contribui para o crescimento e a sublimação do ser.



Aspirar por alcançar as cumeadas da evolução é impulso do pensamento; consegui-lo, é resultado do esforço pela ação.



Tendo-se em vista as admiráveis dádivas de Deus ao ser humano, descobre-se que os limites e as dificuldades que surgem pelo caminho são também desafios que devem ser vencidos a esforço pessoal e com satisfação.



A queixa complica o quadro da realização, e o pessimismo é tóxico que termina por vitimar aquele que o cultiva.



Fadado à glória estelar, o Espírito ascende etapa a etapa, trabalhando-se, ora através das conquistas intelecto-morais, noutras vezes vivenciando as experiências dos sofrimentos, que fixam as lições da vida indelevelmente, contribuindo para tentames mais nobres e elevados.



Confiança em Deus, otimismo e alegria de viver, devem ser os recursos valiosos que se pode utilizar para libertar-se dos atávicos comportamentos pessimistas, que devem ser abandonados em favor da auto-realização, da autoplenificação.



Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Fonte de Luz. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Minas Editora.



Todos Irmãos


Joanna de Ângelis


Grupos híbridos que se afinam pelas extravagâncias, arrimados nas limitações em que se comprazem, produzindo insânias várias.



Moles heterogêneas em afã desesperado, entrechocando-se na defesa dos interesses que disputam, nem sempre honestamente.



Famílias dilacerando-se em violentas pelejas, vitimadas por animalidade subalterna.



Formalismos da aparência, em crescente indiferença por acontecimentos e pessoas, produzindo frieza do sentimento e da emoção, que são substituídos paulatinamente pelo desamor que a todos vitima.



Manchetes sensacionais mantendo o clima dos descontroles íntimos no açular das noticiais estarrecedoras que já não produzem comoção.



Homens desagregados uns dos outros, separados por grupos étnicos, conluios econômicos, associações criminosas, clãs de rebeldia, movimentos de sublevação da ordem, ajuntamentos desportistas que se detestam reciprocamente, forças da beligerância, irmanados apenas por um fator: poder!



E, disfarçados, multiplicam-se os poderes: jovem, negro, branco, índio, econômico, militar, com chamamentos e dísticos de paz, urdindo lutas dolorosas, em que as legítimas aspirações da ordem e da beleza são renegados pela ânsia de serem estabelecidos os novos valores....



E não há faltado em tais cometimentos, o poder do amor em detrimento da guerra, através de cujas façanhas o sexo espicaçado, nas expressões do instinto puro e simples, produz alucinações graças às conexões infelizes e aos conúbios que articula...



Argumenta-se, porém, que sempre foi assim, elucidando-se que o progresso tem modificado favoravelmente as estruturas múltiplas da vida terrena, facultando abençoados frutos para o homem.



Sem dúvida, as conquistas humanas e sociais, técnicas e assistenciais, são relevantes.



O espírito de justiça vige nas leis dos povos modernos; as Entidades Internacionais vigiam e interferem ante arbitrariedades de governos desalmados, auxílios recíprocos, entre os povos, atendem aos problemas capitais das Nações; fronteiras se abrem, favoravelmente, mercados comuns defendem interesses iguais...



Não obstante, há muita dor, crescente aflição, inumeráveis sofrimentos vitimando homens e povos, por conseqüência da frigidez espiritual existente no mundo.



Jesus parece esquecido!



Uns jovens tomam-No como revolucionário e transformam-No em fantoche para acobertar as suas loucuras.



Outros aceitam-No como solução simplista e dizem-se-lhe afeiçoados, alargando o campo aberto das aberrações como "crentes novos".



Os religiosos tradicionais, simultaneamente, aferram-se às formas e, ante as tentativas de atualização da Doutrina Cristã à fraternidade, à pobreza, à humildade, engajam-se no comboio da novidade desde que lhes não custem os esforços da renovação íntima ou do sacrifício, permanecendo o código a que se filiaram em posição predominante...



Todavia, o Evangelho, na claridade dos seus ensinos, não permite dubiedade, interpretação errônea, acomodação parasitária.



Disse Jesus:"Eu sou a porta". Somente através d’Ele o homem encontrará a via de segurança.



"Eu sou o caminho". Apenas seguindo as suas pegadas e fazendo qual Ele o realizou, o homem se encontra em paz.



"Eu sou o pão da Vida". Exclusivamente nutrindo-se do alimento sadio da Sua palavra e dos Seus exemplos, o homem se abastece.



"Fazer ao próximo o que se desejar que ele lhe faça". Só na vivência do reto dever para com o seu irmão, o homem se integra na família da fraternidade universal.



"Dar a capa a quem pede a manta. Marchar dois mil passos ao lado de quem pede seguir mil". Unicamente pela práticas da caridade, o homem se realiza, lobrigando a plenitude do amor com que Ele a todos nos ama.



Não há como tergiversar, sofismando ou fugindo às elevadas proposições evangélicas.



Todos irmãos, sim, em jornada ascendente, na qual nos devemos dar as mãos em auxílio recíproco nesta ingente luta pela redenção.



O Espiritismo, por sua vez, confirmando tudo quanto o Senhor enunciou, elucida, mediante as lições clarificadoras da reencarnação, que apesar de diversificados pelos múltiplos graus evolutivos, em nascimentos e renascimentos purificadores, somos todos irmãos no árduo esforço de crescimento interior, perseguindo a perfeição que nos está destinada.


Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Sol de Esperança. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Editora LEAL.




Deus responde sempre


Momento Espírita


Quantas vezes você já dirigiu uma prece a Deus e não recebeu resposta?


Não é raro pedirmos pela recuperação da saúde de um familiar, e mesmo assim ele morre.


Acreditamos que Deus não nos ouviu.


Pedimos auxílio ao Pai celestial para as nossas dores. E muitas vezes as dores aumentam, levando-nos quase ao desespero.


No entanto, os que têm fé afirmam que Deus sempre responde às nossas orações. Será mesmo?


Emy tinha apenas 3 anos de idade. Vivia em um lugar maravilhoso dos Estados Unidos, em frente ao mar.


Sua família era cristã. Ela fora alimentada, desde o berço, por orações e Evangelho.


A família ia ao templo religioso e fazia, no lar, o estudo sistemático do Evangelho.


Emy amava sua família e admirava os olhos azuis de seu pai, de sua mãe e de seus irmãos.


Todos, em sua casa, tinham olhos azuis. Todos... menos Emy!


O sonho de Emy era ter olhos azuis da cor do céu. Como ela desejava isso!


Certo dia, na Escola de Evangelização, ela ouviu a orientadora dizer que Deus sempre responde a todas as orações. Passou o dia pensando nisso.


À noite, na hora de dormir, ajoelhou ao lado da sua cama e orou.


Sua prece foi um misto de gratidão e de solicitação:


Senhor Deus, agradeço porque você criou o mar que é tão grande. Tão bonito e tão feroz. Agradeço pela minha família. Agradeço pela minha vida. Gosto muito de todas as coisas que você faz. Mas, eu gostaria de pedir, por favor, quando eu acordar amanhã, descobrir que os meus olhos ficaram azuis como os de minha mãe.


Ela acreditou que daria certo. Teve fé. A fé pura e verdadeira de uma criança.


Pela manhã, ao acordar, correu para o espelho e olhou. Abriu bem os olhos e qual era a cor deles?


Bem castanhos! Como sempre haviam sido.


Bom, naquele dia, Emy aprendeu que não também era resposta. Do mesmo modo, agradeceu a Deus. Mas não entendia muito bem porque Ele não a atendeu.


Os anos se passaram. Emy cresceu e se tornou missionária, na Índia.


Entre outras atividades, ela se devotou a resgatar crianças que eram vendidas pelas suas próprias famílias, que passavam fome.


Para isso, ela precisava entrar nos mercados infantis, onde aconteciam as vendas.


Naturalmente, para as comprar para Deus, como dizia, precisava não ser reconhecida como estrangeira.


Então ela passava pó de café na pele, cobria os cabelos, vestia-se como as mulheres do local.


Desta forma, entrava nos mercados de crianças, podendo transitar tranquila, pois aparentava ser uma indiana.


Certo dia, uma amiga olhou para ela disfarçada e lhe disse: Puxa, Emy! Você já pensou como faria para se disfarçar se tivesse olhos claros como todos os de sua família?


Que Deus inteligente, não? Ele deu a você olhos escuros, pois sabia que isso seria essencial para a missão que lhe confiou.


O que a amiga não sabia é que Emy chorara muitas noites, em sua infância, por não ter olhos azuis...


* * *


Deus está no controle de tudo. Ele conhece cada lágrima que já rolou dos seus olhos.


Ele sabe que talvez você desejasse olhos de outra cor, ou cabelos mais lisos, ou encaracolados, ou mais espessos.


Não chore se os seus olhos continuam castanhos ou azuis, ou pretos, e você os deseja de outra cor.


Não se entristeça se você ainda não foi atendido como gostaria.


Tenha certeza: Deus tem o controle de tudo.


E o não de Deus, hoje, em sua vida, é o melhor para você.


Redação do Momento Espírita com base em história de autoria ignorada. Disponível no livro Momento Espírita, v.5, ed. Fep.


Disponível<http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=1088&stat=3&palavras=deus%20responde&tipo=t>



Ações cruéis


Momento Espírita


Em se observando a enorme diversidade dos animais, descobre-se como o Pai Criador foi pródigo em tudo providenciar ao homem.


Os animais o vestem com suas peles, o alimentam com seus ovos, seu leite, sua carne. Aquecem-no com suas penas e lã.


Com alegria, lhe deliciam os ouvidos tecendo sinfonias nos ramos das árvores ou aprisionados em gaiolas douradas.


Retribuem as carícias com fidelidade extremada, até o sacrifício da própria vida.
Em uma palavra, servem a Humanidade. E o que tem feito o homem pelos animais?


Basta se viaje e nas rodovias se encontram à venda várias aves, especialmente periquitos e papagaios, recém retirados do seu habitat.


Repousam ali, sobre varas improvisadas, de asas cortadas para não alçarem vôo.


Se a necessidade ou a ignorância de quem as retira da mata pode ser entendida, como se desculpar o homem que passa no seu carro, a negócios ou a passeio, que pára e adquire o espécime?


Para quê? Para servir de brinquedo ao filho? Por quanto tempo? Para servir de adorno?


Logo, o bichinho está relegado a um canto, triste. Morre cedo, na maioria das vezes, porque longe da liberdade da sua mata, quando não por doenças que contrai pela alimentação inadequada que recebe.


De outras vezes, descobre-se nos centros urbanos, junto a piscinas improvisadas ou nos jardins, tartarugas e cágados.


Também retirados pequenos do seu local de origem, fazem a alegria da criançada... Por algum tempo.


Até crescerem tanto que deixam de ser engraçadinhos. Alimentados de forma incorreta, têm os seus cascos amolecidos e acabam sendo entregues, quando o são, a zoológicos da cidade.


Para que tirá-los da condição de liberdade?


Tudo isso demonstra a crueldade do ser humano. Crueldade que é fruto do seu egoísmo e do pouco valor que dá à vida.


Já se viu, muitas vezes, burros e mulas com os ossos à mostra, carregando fardos pesadíssimos. E ainda recebendo chicotadas. Fome, trabalho excessivo, maus tratos.


Patos e suínos confinados em espaços mínimos, em especial regime de engorda. Prisioneiros, para acelerar a hora de serem levados ao mercado consumidor ou produzirem a melhor iguaria para sofisticados pratos.


Onde o respeito à vida, à natureza, ao ser inferior?


Conscientizemo-nos de que somente alcançaremos a felicidade, quando não venhamos a distribuir o mal, seja para a Terra que nos agasalha, seja para os seres que a habitam.


Porque em síntese, toda agressão à natureza redunda em prejuízo para quem a pratica.


* * *


Carl Sagan, astrônomo americano, disse que se fôssemos visitados por um viajante espacial que examinasse nosso planeta, ele possivelmente concluiria que não há vida inteligente na Terra.


É que o hipotético viajante iria logo descobrir que os organismos dominantes da Terra estão destruindo suas fontes de vida.


A camada de ozônio, as florestas tropicais, o solo fértil, tudo sofrendo constantes ataques.


Redação do Momento Espírita, com base em artigo publicado na Revista Veja de 27.03.1996.


Disponível em <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2108&let=&stat=0>

segunda-feira, agosto 24, 2009



AMPARO MÚTUO

Emmanuel


Apesar da condição de viajar que te caracteriza no mundo, pensa, de quando em quando, em teu coração como sendo esta a estalagem de que outros viajores se valem para refazimento ou informação, socorro ou descanso.


Alija da entrada de tua casa íntima quaisquer calhaus suscetíveis deferir os pés daqueles que te procuram, e acende aí a luz da compaixão com que sejas capaz de compreender e auxiliar a todos, conforme a necessidade de cada um.


Recorda os obstáculos que já venceste e não permitas que o abrigo de tua alma se converta em labirinto de sombras para os que te buscam.


Já sabes que a vida possui carga suficiente de realidade para esclarecer os que passam na carruagem da ilusão; assim, não lhes atires em rosto os enganos de que se enfeitam para o encontro com a verdade, e, em acolhendo aqueles que carregam defeitos à mostra, cobre-os com a bondade de teu olhar, sem referir-te às chagas que transitòriamente lhes desfiguram a vida.


Todos nós, em espírito, nos albergamos uns com os outros. Cede aos companheiros que te pedem apoio o ambiente de paz e a mesa da bênção. Em suma, compadece-te de todos os que passam pelo asilo de tua alma! Qual deles, como acontece a nós próprios, estará sem problemas? qual deles caminhará para frente sem que a dor lhe purifique a visão.


Diante dos bons, compadece-te, porquanto desconheces quantos espinhos se lhe cravam no coração, diariamente, para serem fiéis ao bem, e, diante dos maus, compadece-te, duplamente, de vez que não ignoramos quanto sofrimento os aguarda, caminho afora, para que se desvencilhem do mal.


Seja quem for que te bata às portas da apreciação. abençoa-o com a palavra do entendimento, e se alguém chega para habitar contigo, no mesmo domínio do trabalho e do ideal, em alguma estação breve ou longa de convivência, oferece a esse alguém o melhor que possas.


Nada sintas, penses, fales ou faças sem que a compaixão te assessore. Todos somos hóspedes uns dos outros, e, se hoje aparece quem te rogue atenção e zelo, proteção e simpatia, em vista das surpresas aflitivas da estrada, é possível que amanhã outras surpresas aflitivas da estrada esperem também por ti.


Do livro “Alma e Coração”. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


Mensagem do Centro Espírita Filhos de Deus

domingo, agosto 23, 2009




SOLICITAÇÃO FRATERNA

André Luiz



Ajude com a sua oração a todos os irmãos:



Que jamais encontram tempo ou recursos para serem úteis a alguém;



Que se declaram afrontados pela ingratidão, em toda parte;



Que trajam os olhos de luto para enxergarem o mal, em todas as situações;



Que contemplam mil castelos nas nuvens, mas que não acendem nem uma vela no chão;



Que somente cooperam na torre de marfim do personalismo, sem lhe descerem os degraus para colaborar com os outros;



Que se acreditam emissários especiais e credores dos benefícios de exceção;



Que devoram precioso tempo dos ouvintes, falando exclusivamente de si;



Que desistem de continuar aprendendo na luta humana;



Que exibem o realejo da desculpa para todas as faltas;



Que sustentam a vocação de orquídeas no salão do mundo;



Que se julgam centros compulsórios das atenções gerais;



Que fazem o culto sistemático à enfermidade e ao obstáculo.



São doentes graves que necessitam do amparo silencioso.



XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito André Luiz . Extraido do livro Agenda Cristã -FEB.




Gripe suina sob a ótica Espiritual

Pela Dra. Marlene Nobre



“Infecções surgem como fenômenos secundários, porque já existem as zonas de predisposição à doença por falta de interação equilibrada entre o corpo espiritual e o físico” (Dra. Marlene Nobre)



Segundo a ótica espírita, quando analisamos as infecções e as predisposições mórbidas, sejam elas quais forem, é preciso buscar na alma as raízes das doenças.



A Dra. Marlene Nobre, presidente das Associações Médico-Espíritas do Brasil e Internacional, explica porque a falta de interação equilibrada entre o corpo espiritual e o físico pode causar certas doenças.



FE – Do ponto de vista espiritual, como interpretar os casos de morte por gripe suína?


Dra. Marlene – As pessoas que desencarnam com a gripe suína estão passando por provas necessárias ao aperfeiçoamento de seus espíritos, da mesma forma que aqueles que são vitimados pela gripe comum.



Devido a ações cometidas em vidas passadas, as pessoas renascem com a predisposição para determinadas doenças infecciosas, como, por exemplo, a causada por esse novo tipo de vírus. Por meio da doença, expiam as faltas cometidas, obedecendo à lei de causa e efeito.



FE – Por que algumas pessoas são mais predispostas a determinadas infecções que outras?



Dra. Marlene – Segundo a ótica espírita, quando analisamos as infecções e as predisposições mórbidas, sejam elas quais forem, é preciso buscar na alma as raízes das doenças.



A mente humana, comandada pela alma, pode gerar tanto as forças equilibrantes e restauradoras para os trilhões de células do organismo físico quanto os raios magnéticos de alto poder destrutivo que as aniquilarão.



E o desequilíbrio da mente resulta do complexo de culpa, que reponta naturalmente na consciência da pessoa toda vez que ela transgride a Lei Divina, que é Misericórdia e Amor.



As forças mentais desequilibradas, por sua vez, lesam o perispírito ou corpo espiritual, em certas áreas, decretando a fragilidade do corpo físico em relação a certas infecções ou doenças. Assim, conforme sejam as disfunções do perispírito, determinadas zonas do organismo ficam mais vulneráveis, tornando-se passíveis de invasão microbiana.


Desse modo, há pessoas que ficam propensas às mais diversas infecções, como é o caso da tuberculose, da hanseníase, da amebíase, da endocardite bacteriana, a da gripe suína, entre outras.



Na verdade, essas infecções surgem como fenômenos secundários, porque já existem as zonas de predisposição à doença por falta de interação equilibrada entre o corpo espiritual e o físico.


Assim, para a Medicina Espiritual, os germes patogênicos são uma ocorrência secundária.



O verdadeiro desequilíbrio nasce na mente, porque, ao lesarmos os outros, lesamos primeiramente a nossa própria alma.



Por meio da doença e do sofrimento, conseguimos o reajuste, porque expelimos os resíduos do mal que implantamos na vida ou no corpo dos nossos semelhantes.



FE – Mesmo trazendo essa predisposição, a gente não pode se livrar da infecção?


Dra. Marlene – É claro que pode. Como diz Emmanuel, é na alma que reside a fonte primária de todos os recursos medicamentosos definitivos.



Tudo vai depender da atitude mental da pessoa em relação à doença.



Ela não pode aceitar a própria decadência moral, para não acabar na posição de excelente incubadora de bactérias e sintomas mórbidos.


Para recuperar-se, é preciso que se integre à corrente positiva da vida, cultivando a humildade e a paciência, o espírito de serviço e o devotamento ao bem.



Somente assim assimilará as correntes benéficas do Amor Divino que circulam, incessantes, em favor de todas as criaturas.



Como afirma o pneumologista Paulo Zimermann Teixeira, orientador do programa de Pós-Graduação em Ciências Pneumológicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, “as doenças respiratórias ocorrem em perispíritos alterados que induzem o corpo físico a ficar suscetível aos diferentes agentes biológicos, físicos e químicos que, dependendo da capacidade de autodefesa ou autoagressão, desenvolvem alguma doença respiratória.



Caso haja retificação do pensamento, o caráter evolutivo se modifica.



Caso contrário, novas doenças ocorrerão nos reencarnes sucessivos, pois o perispírito permanece alterado”.



FE – Qual o melhor meio de se combater a fragilidade orgânica?


Dra. Marlene – Não se pode esquecer que somente o bem constante gera o bem constante.



Quer dizer, somente o amparo aos outros cria amparo a nós próprios.



No futuro, além de vacinas e medicamentos, teremos o apoio efetivo à mente humana, para que consiga superar, através do trabalho construtivo, o próprio remorso.



É imprescindível reconhecer que os princípios de Jesus devem ser seguidos, para afastar de vez animalidade e orgulho, vaidade e cobiça, crueldade e avareza.



Somente assim conquistaremos simplicidade e humildade, virtudes essenciais para alcançarmos a imunologia perfeita tanto para o corpo físico quanto para o espiritual.



Matéria extraída da Folha Espírita Agosto de 2009 - Edição número 420 - Ano XXXV