Minutos de Paz !

domingo, junho 25, 2006

D.ISABEL DE ARAGÃO


"Deus me deu trono para fazer a caridade..."


D.ISABEL DE ARAGÃO :: A RAINHA DAS ROSAS


Ana Maria Spranger Luiz


Divaldo, de certa feita, viu-se ao lado de Auta de Souza, que o convidava para
uma excursão promovida pela antiga rainha de Portugal, D. Isabel, conhecida pela
sua bondade e abnegada prática da caridade.

Oportuno recordar que o rei, D. Diniz, não gostava das incursões da rainha, levando
pão e moedas para as populações necessitadas.

Certa vez foi espreitá-la para surpreendê-la em desobediência...
Viu quando ela se dirigia à dispensa do palácio e enchia o avental de alimentos.
Ele se postou então à sua espera.

"- Onde vai Senhora? O que leva aí em seu avental?
- interpelou o rei quando D. Isabel saía apressadamente."
"- São flores, Senhor meu! "
"- Quero vê-las! Flores em Janeiro?"
Quando D. Isabel de Aragão, mãe do futuro rei de Portugal, D.Afonso,

espanhola de nascimento e portuguesa pelo coração, a rainha das rosas,
também chamada de Rainha Santa, mostrou o avental, caíram, num fenômeno
maravilhoso de efeitos físicos, rosas de diferentes cores...
Consta que o rei nunca mais tentou impedir a rainha de praticar a caridade.

Auta de Souza avisa a Divaldo que pisasse nas pegadas da rainha durante a excursão.
Eis que chegaram a uma região em que se ouviam gritos de desespero.
A caravana vai passando e Divaldo, amparado por Auta de Souza, vê que equipes socorristas, atendendo a ordens de D. Isabel, recolhem muitos dos que clamavam por socorro.
Eram os que se mostravam verdadeiramente arrependidos.

Recorda Divaldo, entre outros detalhes da excursão, ter visto também que D. Isabel
lançava na direção dos aflitos uma rosa, da qual saíam, então, flocos de luz que pareciam
aliviar a angústia daqueles sofredores. Era quando os padioleiros, sob as ordens diretas de D. Isabel, acorriam para recolherem os mais arrependidos.

"- Recordei-me até das descrições de Dante Alighieri sobre o Inferno", diz Divaldo.
Tocado pelas cenas, indaga de Auta de Souza para onde iam aqueles Espíritos recolhidos
nas padiolas?

"- Muitos são atendidos nos agrupamentos espíritas existentes na Terra,
para que depois possam ser levados a estâncias outras na Espiritualidade."

"- E quando não havia ainda agrupamentos espíritas, antes do advento do Espiritismo?"
" - Os médiuns eram levados, com a aquiescência deles, e com a permissão de Jesus,

às zonas intermediárias, onde colaboravam no socorro dos sofredores.

Não te esqueças, Divaldo, de que somos, todos nós, amparados pela Misericórdia do Pai Celestial."

E Divaldo concluiu dizendo que ficou, depois, e durante muito tempo, e ainda hoje,
meditando na responsabilidade dos médiuns, na necessidade do estudo permanente,
na dedicação devotada às tarefas; meditando também quedevemos orar, sobretudo
antes do sono reparador, para que enquanto o corpo repousa, todos possamos trabalhar
na seara de Jesus.

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