OS QUE NÃO PERDOAM
A fim de que não percam a condição de vítima,
há os que não perdoam.
Com o propósito de despertar a compaixão alheia,
estimam viver com os sentimentos feridos.
Evocam, com freqüência, a ingratidão de que foram alvo e,
ao descrevê-la, comovem-se às lágrimas.
De caso pensado, negam ao ofensor a oportunidade da reparação.
Fogem à reaproximação promovida por amigos comuns.
Dificultam, ao máximo, a possibilidade do entendimento.
Cobrem-se de razão,
não admitindo sequer a hipótese de que possam ter
alguma parcela de culpa.
Ofendidos uma única vez,
não hesitam em ofender sucessivas vezes em revide.
Estabelecem um preço excessivamente alto
a quem os tenha magoado por bagatela.
Não entendem o perdão como dádiva,
mas como mercadoria negociável
Esses irmãos, aos quais nos referimos,
mantêm o rancor como trunfo em seu relacionamento com os outros.
Perdoam ou não perdoam,
segundo interesses e conveniências que sopesam meticulosamente.
Irmão José
::Do Livro: Dias Melhores ::Psicografia: Carlos A. Bacelli:: Mensagem do Grupo Espírita Renascer/MG::
Nenhum comentário:
Postar um comentário
“Deixe aqui um comentário”