Minutos de Paz !

quinta-feira, outubro 14, 2010



A conduta correta


Momento Espírita

 
 
Em alguns ambientes e setores da sociedade, há uma extrema preocupação com resultados.


Por exemplo, no meio empresarial o foco costuma ser o lucro.


Nas escolas, a obtenção de boas notas.


Em concursos, lograr aprovação.


Não há nada de errado em buscar eficácia no que se faz.


O problema em supervalorizar os resultados é concluir que os fins justificam os meios.


Ou levar esse paradigma para todos os aspectos da existência.


É ótimo quando bons resultados surgem. Mas, em variadas situações, eles não são o aspecto primordial.


Em questões morais, não dá para agir a fim de obter a consequência mais favorável.


Muitas vezes, apesar de um proveito mínimo ou inexistente, é preciso perseverar.


A respeito, convém refletir sobre a passagem Evangélica conhecida como o óbolo da viúva.


Nela, Jesus afirma que duas moedas doadas por uma pobre viúva representavam mais do que os tesouros ofertados por outros mais abastados.


Em uma visão objetiva e mundana, as amplas ofertas dos ricos certamente tinham maior valor.


Mais coisas poderiam ser compradas com elas do que com os centavos saídos das mãos da viúva.


Ocorre que para essa a doação exigiu sacrifício, pois ofereceu o que lhe faria falta.


Extrai-se daí a lição de que a correção da conduta vale por si só.


Pouco importa que os resultados sejam insignificantes, pelos padrões do mundo.


Este ensinamento é muito precioso.


Em questões capitais da vida humana, não dá para agir com base no interesse em atingir determinado fim.


Quem age exclusivamente por interesse, ainda que esse seja bom, é moralmente frágil.


Se a conduta é difícil ou se o resultado demora, esmorece.


Pode ficar tentado a alterar seu comportamento para melhorar a situação.


Já quem se ocupa primordialmente do dever e nele encontra justificativa logra seguir firme.


A dignidade vem do comportamento correto.


Quem consegue manter dignidade em face de situações muito adversas revela grande valor moral.


Sinaliza estar disposto a acumular prejuízos os mais variados, para viver o que julga ser certo.


Imagine-se uma mãe cujo filho seja desequilibrado.


Se ela não entender que seu dever reside em fazer o melhor, pode se sentir uma perdedora e desanimar.


Ela não tem condições de alterar o caráter do filho à força.


Pode educar, exemplificar e confiar na vida.


Mas o filho se modificará em seu ritmo próprio.


Não é o resultado que confere o mérito, mas a dificuldade em manter a reta conduta.


O resultado depende das injunções do mundo e da vontade alheia, sobre as quais não se tem domínio.


Já o controle sobre o próprio comportamento é total.


Pense nisso.



Redação do Momento Espírita.

Disponível < www.momento.com.br>