Minutos de Paz !

segunda-feira, junho 08, 2015

Súplica - André Luiz






Súplica

André Luiz


Pai, acende a tua divina luz em torno de todos aqueles que olvidaram a bênção nas sombras da caminhada terrestre.


Ampara aos que esqueceram de repartir o pão que lhes sobra na mesa farta.


Auxilia aos que não se envergonham de ostentar felicidade ao lado da penúria e do infortúnio.


Socorre aos que não se lembram de agradecer aos benfeitores que lhes apoiam a vida.


Compadece-te daqueles que dormiram nos pesadelos da delinquência, transmitindo herança dolorosa aos que iniciam a jornada humana.


Levanta os que olvidaram a abnegação no serviço ao próximo.


Apieda-te do sábio que ocultou a inteligência entre as quatro paredes do paraíso doméstico.


Desperta os que sonham com o domínio do mundo, desconhecendo que a existência no corpo físico é simples minuto entre o berço e o túmulo, à frente da imortalidade.


Ergue os que caíram vencidos pelo excesso de conforto material.


Corrige os que espalham a tristeza e o pessimismo.


Perdoa aos que recusaram a oportunidade de pacificação e marcham disseminando a revolta e a indisciplina.


Intervém a favor de todos os que se acreditam detentores de fantasioso poder e supõe loucamente absorver os juízos, condenando os próprios irmãos.


Acorda as almas distraídas que envenenam o caminho alheio, com a agressão espiritual dos gestos intempestivos.


Estende paternas mãos a todos os que olvidaram a sentença da morte renovadora da vida que a tua lei lhes gravou no corpo precário.


Esclarece aos que se perderam nas sombras do ódio e da vingança, da ambição desregrada e da impiedade fria, que se acreditam poderosos e livres quando não passam de escravos dignos de compaixão diante de teus desígnios.


Eles todos, Pai, qual já sucedeu a tantos de nós, são delinquentes que escapam aos tribunais da Terra, mas estão assinalados por tua justiça soberana e perfeita, por atos lamentáveis de deserção e indiferença, perante o Infinito Bem.


Assim Seja.





XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito André Luiz. Apostilas da Luz, cap. 21, p. 18.

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