22 A Mágoa
Joanna de Ângelis
À
semelhança de ácido que corrói a superfície na qual se encontra, a
mágoa desgasta, a pouco e pouco, as peças delicadas das engrenagens
orgânicas do homem, destrambelhando-lhe os equipamentos muito
delicados da organização psíquica.
A
mágoa é conselheira impiedosa e artesã de males cujos efeitos são
imprevisíveis.
Penetra
no âmago do ser e envenena-o, impedindo-lhe o recebimento dos
socorros do otimismo, da esperança e da boa vontade em
relação aos fatores que o maceram.
Instalando-se,
arma a sua vítima de impiedade e rancor, levando- a
a atitudes desesperadas, desde que lhe satisfaça a programação vil.
Exala
amargura e desconforto, expulsando as pessoas que intentam contribuir
para a mudança de estado, graças às altas cargas vibratórias
negativas, que exteriorizam mau humor e azedume.
*
Quem
acumula mágoas, coleciona lixo mental.
Reage
às tentativas de alojamento da mágoa nos teus sentimentos.
Não
estás no mundo por acaso; antes, com finalidades adredemente estabelecidas
que deves atender.
Acompanha
a marcha do Sol, e enriquece-te de luz, não mergulhando na
sombra dos ressentimentos destrutivos.
Sorri
ante o infortúnio, agradecendo a oportunidade de superá- lo
através dos valores éticos e educativos que já possuis, poupando- te
à consumpção de que é portadora a mágoa.
FRANCO,
Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis. Episódios Diários.Cap. 22, p.
42-43.
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