30 Ante a Calúnia
Joanna de Ângelis
É
inevitável ser vítima da calúnia, que faz parte do orçamento moral
de muitas pessoas, a fim de ser apresentada no mercado da leviandade
humana.
Muitos
se comprazem em urdi-la e desferi-la, por inveja, ciúme ou,
simplesmente, por doença moral.
Outros
se encarregam de divulgá-la, alegrando-se em fazê-lo, porque
também atormentados.
*
Não
sintonizes com aqueles que vivem nessa faixa.
Igualmente
não te permitas atingir pelas farpas caluniosas que te
arrojam.
Vive
de tal forma, que o caluniador fique desmoralizado por falta
de provas.
Cada
dia é lição que se transforma em vida, ao longo do teu caminho
eterno.
Diariamente
surgem episódios de calúnia, intentando alcançar alguém.
Assim,
perdoa o caluniador.
Ele
não fugirá de si mesmo.
*
Contam
que uma caluniadora buscou o seu confessor e narrou, arrependida,
a sua insensatez.
Pedindo
a absolvição para o triste delito, perguntou ao ouvinte atento
qual era a sua penitência.
Aquele
reflexionou e pediu-lhe que fosse ao lar e trouxesse uma
almofada de plumas, subisse à torre da igreja e dali as espalhasse ao
vento com máximo cuidado, e, após, viesse receber a competente
liberação.
Tão
logo terminou de fazê-lo, a confessa retornou e perguntou:
–
E agora?
–
Volta lá – respondeu o sacerdote – recolhe todas as plumas e
refaze a almofada.
A
calúnia são plumas ao vento que vão sempre adiante para a amargura
do caluniador.
Divaldo
Pereira Franco - Episódios Diários - Pelo Espírito Joanna de Ângelis 58-59.
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