Filosofia de Compreensão
Joanna de Ângelis
No
transcurso de um dia não faltam motivos para revides, agressões, quedas
morais.
Uma
pessoa desatenta choca-se contigo e não se desculpa.
Outra,
irreverente, diz-te um doesto e segue, sorrindo.
Mais
alguém, em desequilíbrio, não oculta a animosidade que lhe
inspiras.
Outrem
mais, de quem sabes que te censura e, mentindo contra ti,
acusa-te, levianamente...
Tens
vontade de reagir.
“Também
sou humano” – costumas pensar.
Somente
que reações semelhantes àquelas não resolvem o problema.
Deves
nivelar-te às pessoas, pelas suas conquistas e títulos de enobrecimento,
numa linha superior, e não pela sua mesquinhez.
Ninguém
passa, na Terra, sem provar a taça da incompreensão.
Cada
qual julga os outros pelos próprios critérios, mediante a sua
forma de ser, como é natural.
O
que se não possui é desconhecido; portanto, difícil de identificado noutrem.
*
Não
é necessário que se te despersonalizes evitando apresentar- te
conforme és.
Faz-se
mister que te superes vencendo a parte negativa do teu caráter,
aquela que censuras nos outros.
Lapidando
as tuas arestas, tornar-te-ás melhor e mais feliz.
Aqueles
que são exigentes, que gostam de aclarar tudo, resolver as
situações que lhes surgem, padecem de distúrbios emocionais, sofrem
ulcerações gástricas e duodenais, vivem indispostos.
Será
que esses perturbadores e insolentes do caminho merecem que
te desarmonizes?
Segue
em paz, durante todo o teu dia, e arrima-te na filosofia da
compreensão e da solidariedade, ajudando-os, sem reagires contra
eles.
Isto
será melhor para ti e para todos.
Divaldo
Pereira Franco - Episódios Diários - Pelo Espírito Joanna de Ângelis 50-51.
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