Tempos de Pandemia
Divaldo Pereira Franco
Sabemos, os cristãos, que a humanidade passará por terríveis
aflições, mais ou menos neste período.
O Velho como o Novo Testamento
referem-se a esses testemunhos mais de uma vez, elucidando que defluirão da
conduta das pessoas no seu transcurso carnal.
Ninguém ignora que o Universo é mantido por Leis
cosmofísicas extraordinárias, tenha-se ou não religião.
A ordem mantém a
Natureza dentro do equilíbrio que, em algumas vezes, se apresenta como um caos.
E, mesmo nele, existe uma ordem que nos escapa.
Os seres humanos alcançamos em nossa evolução antropológica
um nível invejável nas conquistas da ciência e da filosofia, sem que nos
fizéssemos acompanhar de grau idêntico de moralidade.
Os valores morais foram
deixados à margem como castradores e ultrapassados.
As paixões sensoriais dominam a humanidade que estorcega
entre as asselvajadas e o vazio existencial, denominado como falta de sentido
para a vida.
*
De tal maneira foram exauridos os gozos, que se saltou para
as aberrações em grande violência contra o próprio viver, a fim de fruir-se
prazer, que passou a ser o objetivo existencial, especialmente para os maduros
e jovens.
As ansiedades pelas novidades moldam-lhes a cada momento,
além das experiências mais chocantes num desrespeito total às resistências e constituições
do organismo. Somente interessa o que choca e o que provoca satisfações quase
sempre sadistas.
Violentadas as leis de harmonia que devem viger dentro de
uma ordem transcendente, elas atendem as ansiedades mentais e emocionais em
conteúdos semelhantes aos seus apelos.
... E o COVID-19 surgiu, ameaçador...
*
Autoridades e povos desprevenidos e acostumados à desordem e
aos seus hábitos não lhe deram valor e deixaram-se contaminar, complicando com
as suas demandas políticas de baixo nível moral, tornando muito difícil os
comportamentos que já são desvairados, pelo excesso de informações
conscientemente equivocadas ou ocultando interesses subalternos da pior
qualidade.
Uns governantes impõem o isolamento enquanto outros
estimulam a convivência perigosa e o horror, como o desprezo por informações
que conduzem outros.
As terapias sofrem a interferência de pessoas totalmente
desinformadas, mas poderosas, e embora já hajamos alcançado um milhão de
curados, estamos sofrendo incertezas devastadoras.
Que fazer?
Todos sabemos como ocorre o contágio desse mal: o
contato direto com o vírus.
Seja qual for a orientação que recebamos, sigamos o
bom senso, a cultura já adquirida.
Assim, mantenhamos distância física do nosso próximo, usando
máscara, lavando-nos com sabão e álcool em gel (especialmente as mãos) e oremos
a Deus, o Supremo Governador do Universo.
Mantenhamos a calma e o respeito ao próximo, no lar ou fora
dele.
Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, 14 de
maio de 2020.
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