Minutos de Paz !

quarta-feira, maio 17, 2023

17 DE MAIO : HOMENAGEM A MINHA MÃE





Há 25 anos nesta data, minha querida mãe retornou à Pátria Espiritual




Carta a minha mãe

 Momento Espírita

 

Mãe, quando eu comecei a escrever esta carta, usei a pena do carinho, molhada na tinta rubra do coração ferido pela saudade.

 

As notícias, arrumadas como pérolas em um fio precioso, começaram a saltar de lugar, atropelando o ritmo das minhas lembranças.

 

Vi-me criança orientada pela sua paciência. As suas mãos seguras, que me ajudaram a caminhar.

 

E todas as recordações, como um caleidoscópio mental, umedeceram com as lágrimas que verteram dos meus olhos tristes.

 

Assumiu forma, no pensamento voador, a irmã que implicava comigo.

 

Quantas teimas com ela. Pelo mesmo brinquedo, pelo lugar na balança, por quem entraria primeiro na piscina.

 

Parece-me ouvir o riso dela, infantil, estridente. E você, lecionando calma, tolerância.

 

Na hora do lanche, para a lição da honestidade, você dava a faca ora a um, ora a outro, para repartir o pão e o bolo.

 

Quantas vezes seu olhar me alcançou, dizendo-me, sem palavras, da fatia em excesso por mim escolhida.

 

As lições da escola, feitas sob sua supervisão, as idas ao cinema, a pipoca, o refrigerante.

 

Quantas lembranças, mãe querida!

 

Dos dias da adolescência, do desejar alçar voos de liberdade antes de ter asas emplumadas.

 

Dos dias da juventude que idealizavam anseios muito além do que você, lutadora solitária, poderia me oferecer.

 

Lágrimas de frustração que você enxugou. Lágrimas de dor, de mágoa que você limpou, alisando-me as faces.

 

Quantas vezes ouço sua voz repetindo, uma vez mais:

 

Tudo tem seu tempo, sua hora! Aguarde! Treine paciência!

 

E de outras vezes:

 

Cada dia é oportunidade diferente. Tudo que você tem é dádiva de Deus, que não deve desprezar.

 

A migalha que você despreza pode ser riqueza em prato alheio. O dia que você perde na ociosidade é tesouro jogado fora, que não retorna.

 

Lições e lições.

 

A casa formosa, entre os tamarindeiros assomou na minha emoção.

 

Voltei aos caminhos percorridos para invadi-la novamente, como se eu fosse alguém expulso do paraíso, retornando de repente.

 

Mãe, chegou um momento em que a carta me penetrou de tal forma, que eu já não sabia se a escrevera.

 

E porque ela falava no meu coração dorido, voei, vencendo a distância.

 

E vim, eu mesmo, a fim de que você veja e ouça as notícias vibrando em mim.

 

Mãe, aqui estou. Eu sou a carta viva que ia escrever e remeter a você

 

Entre as quadras da vida e as atividades que o mundo o envolve, reserve um tempo para essa especial criatura chamada mãe.

 

Não a esqueça. Escreva, telefone, mande uma flor, um mimo.

 

Pense quantas vezes, em sua vida, ela o surpreendeu dessa forma.

 

E não deixe de abraçá-la, acarinhá-la, confortar-lhe o coração.

 

Você, com certeza, será sempre para ela, o melhor e mais caro presente.

 

Redação do Momento Espírita, com frases do cap. XVI do livro Pássaros livres, pelo Espírito Rabindranath Tagore, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Disponível no CD Momento Espírita v.18, ed. Fep.Disponível em www.momento.com.br.







COMO ERA MINHA MÃE? 


Repetindo as lindas metáforas da escritora Ana Jácomo,  minha mãe como sua avó, era uma alma perfumada. 


Perfumou muitas vidas com sua luz e suas cores. 


A minha, foi uma delas. 


E o perfume era tão gostoso, tão branco, tão delicado, que ela mudou de frasco, mas ele continua vivo no coração de tudo o que ela amou. 


E tudo o que eu amar vai encontrar, de alguma forma, os vestígios desse perfume de Deus, que, numa temporada, se vestiu de Edith, para me falar de amor.


Concordamos com a autora Ana Jácomo, de que  algumas almas são perfumadas, porque hoje sabemos que os sentimentos também têm cheiro e tocam todas as coisas com os seus dedos de energia. 


E o perfume era tão gostoso, tão branco, tão delicado, que ela mudou de frasco, mas ele continua vivo no coração de tudo o que ela amou. 


E tudo o que eu amar vai encontrar, de alguma forma, os vestígios desse perfume de Deus, que, numa temporada, se vestiu de mãe,  para nos falar de amor.



Nesta data em que está comemorando mais um ano de retorno à Pátria Espiritual, pedimos a Deus que as nossas vibrações de carinho, de amor, de gratidão cheguem até ela não só nesta data mas em todas os demais dias.


Mãe, receba o nosso buquê de amor, carinho,gratidão e tudo mais que nos legou com tanto amor e dedicação ...

Tenha um dia muito feliz, junto aos nossos amores que também já retornaram à Pátria Espiritual e unidos pelos Laços de Amor, festejam essa data ccom imensa alegria, por estarem tão próximos aos traabalhadores de Jesus e da Mãe Santíssima, que a senhora tanto nos ensinou a amar e respeitar!

Com muito Amor! 





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