Tarefas de
Amor
Antes de examinar a nossa
condição de espíritos devedores, na esfera da consanguinidade, vejamos o lar
enobrecido em sua função de oficina do amor.
Para isso, é importante
figurar o teu próprio sonho de felicidade para além da experiência terrestre.
Se houvesses de partir
agora, ao chamado da desencarnação, decerto rogarias para teu imediato proveito
o céu do retorno aos entes amados.
Quem não terá, enquanto na Terra, residindo para lá das fronteiras da morte, um coração materno, um pai amigo, um irmão ou um companheiro?
Quem de nós não sentirá saudades de alguém, até que nos reunamos todos no doce país da União Sem Adeus?
E muitos de nós,
quando nos desenfaixamos do corpo denso, somos carinhosamente acolhidos pela
dedicação dos que nos precederam, apesar dos desequilíbrios que demonstremos,
para a devida restauração em bases de amor.
Assim também, os seres
queridos do Plano Espiritual, quando necessitam do regresso ao plano físico,
ansiando a conquista de paz e reajustamento, escolhem o nosso clima doméstico
para as temporadas de serviço regenerativo ou reequilibrante de que sejam
carecedores, atendendo sempre aos imperativos do amor que nos associam.
Se guardas no lar alguém que
te enternece pela enfermidade ou provação que apresente, não julgues teus
cuidados à conta de culpa e resgate, mas, sim, desenvolve-os por tributo de
reconhecimento e carinho, em favor daquele coração faminto de harmonia consigo
mesmo que te procurou a companhia, em nome do afeto milenário que a ele te
junge desde outras eras.
Lembra-te de que o débito da
ternura e da gratidão jamais termina.
Teu lar é um ponto bendito do Universo em que te é
possível exercer todas as formas de abnegação a benefício dos outros e de ti
mesmo, perante Deus. Pensa nisso e o amor te iluminar.
XAVIER,
Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel. No Portal da Luz. Cap 21 p.25-26.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
“Deixe aqui um comentário”