ABORTO
Joanna de Ângelis
Consequência natural do instinto de conservação da vida é a
procriação, traduzindo a sabedoria divina, no que tange à perpetuação das
espécies.
Mesmo nos animais inferiores a maternidade se expressa
como um dos mais vigorosos mecanismos da vida, trabalhando para a manutenção da
prole.
Ressalvadas raras exceções, o animal dócil, quando reproduz,
modifica-se, liberando a ferocidade que jaz latente, quando as suas crias se
encontram ameaçadas.
O egoísmo humano, porém, condescendendo com os preconceitos
infelizes, sempre que em desagrado, ergue a clava maldita e arroga-se o direito
de destruir a vida.
*
Por mais se busquem argumentos, em vãs tentativas para
justificar-se o aborto, todos eles não escondem os estados mórbidos da
personalidade humana, a revolta, a vingança, o campo aberto para as licenças
morais, sem qualquer compromisso ou responsabilidade.
O absurdo e a loucura chegam, neste momento, a clamorosas
decisões de interromper a vida do feto, somente porque os pais preferem que o
filho seja portador de outra e não da sexualidade que exames sofisticados
conseguem identificar em breve período de gestação, entre os povos
super-civilizados do planeta...
Não há qualquer dúvida, quanto aos “direitos da mulher sobre
o seu corpo”, mas, não quanto à vida que vige na intimidade da sua estrutura
orgânica.
Afinal, o corpo a ninguém pertence, ou melhor nada pertence a
quem quer que seja, senão à Vida.
Os movimentos em favor da liberação do
aborto, sob a alegação de que o mesmo é feito clandestinamente, resultam em
legalizar-se um crime para que outro equivalente não tenha curso.
Diz-se que, na clandestinidade, o óbito das gestantes que
tombam, por imprudência, em mãos incapazes e criminosas, é muito grande, e
quando tal não ocorre, as consequências da técnica são dolorosas,
gerando sequelas, ou dando origem a processos de enfermidades de longo curso.
A providência seria, portanto, a do esclarecimento, da
orientação e não do infanticídio covarde, interrompendo a vida em começo de
alguém que não foi consultado quanto à gravidade do tentame e ao seu destino.
Ocorre, porém, na maioria dos casos de aborto, que a expulsão
do corpo em formação, de forma nenhuma interrompe as ligações
Espírito-a-Espírito, entre a futura mãe e o porvindouro filho.
Sem entender a ocorrência, ou percebendo-a, em desespero, o ser espiritual agarra-se às matrizes orgânicas e, à força da persistência psíquica, sob frustração do insucesso termina por lesar a aparelhagem génital da mulher, dando gênese a doenças de etiologia mui complicada, favorecendo os múltiplos processos cancerígenos.
Outrossim, em estado de desespero, por sentir-se impedido de
completar o ciclo da vida, o Espírito estabelece processos de obsessão que se
complicam, culminando por alienar-se a mulher de consciência culpada, formando
quadros depressivos e outros, em que a loucura e o suicídio tomam-se portas de
libertação mentirosa.
Ninguém tem o direito de interromper uma vida humana em
formação.
Diante da terapia para salvar a vida da mãe, é aceitável a
interrupção do processo da vida fetal, em se considerando a possibilidade de
nova gestação ou o dever para com a vida já estabelecida, face à dúvida ante a
vida em formação...
Quando qualquer crime seja tomado um comportamento legal,
jamais se enquadrará nos processos morais das Leis Soberanas que sustentam o
Universo em nome de Deus.
*
Diante do aborto em delineamento, procura pensar em termos de
amor e o amor te dirá qual a melhor atitude a tomar em relação ao filhinho em
formação, conforme os teus genitores fizeram contigo, permitindo-te renascer.
FRANCO, Divaldo Pereira pelo
Espírito Joanna de Ângelis. Alerta, cap.22.
*
Imagem: ESPÍRITA ONLINE. Disponível em: https://espiritaonline.com/noticias/-o-aborto-e-suas-implicacoes-espirituais. Acesso : 16 JAN 2023.
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