Dia Consagrado ao Frei Antônio de
Lisboa e Pádua
Hoje é o dia consagrado pela Igreja Católica
em louvor à “Santo Antonio de Lisboa e Pádua”.
Foi em 13 de junho de 1231, que
Frei Antonio desencarnou indo fazer parte, com toda certeza, nos planos
superiores, da equipe espiritual que auxilia o progresso do nosso planeta,
junto ao Divino Mestre Jesus.
Todas as suas biografias lhe descrevem
como um homem forte, compassivo e defensor dos menos favorecidos, mesmo tendo
vindo, a exemplo de Francisco de Assis, de uma família nobre.
Em um de seus
devocionários, podemos encontrar a seguinte descrição:
“Pela exumação de seus restos mortais,
Santo Antonio teria tido um físico excepcional para um homem da Idade Média:
1,70m de altura, ombros largos e pernas fortes, rosto comprido e estreito,
nariz fino, cabelos pretos, feições másculas”.
Mais importante, no entanto, do que
seus traços físicos foram o espírito e o coração deste homem incansável, que
pregou o caminho do Evangelho, lutou pelo bem dos pobres e, corajosamente,
investiu contra tiranos e exploradores do povo.
Seus escritos deixam a
impressão de uma pessoa forte e decidida, com feições iluminadas e olhar aceso.
Ao mesmo tempo, deixam transparecer uma enorme ternura pelos pobres.
Santo Antonio é, sem dúvida, graças à
força irradiante de sua pessoa e aos milagres sem conta que lhe são atribuídos,
o santo mais querido do povo cristão.
Hoje, ele parece mais vivo do que
nunca, pregando os ideais de Cristo e abençoando seus fiéis e devotos.”
Fonte
MANACIAL DE LUZ. Disponível em http://manancialdeluz.blogspot.com.br/2009/06/dia-consagrado-frei-antonio-de-lisboa-e.html. Acesso : 12 JUN 2023.
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A Materialização e a Bicorporeidade na Vida de Frei
Antonio
“Na existência dos grandes heróis da fé, que a Igreja
denomina genericamente santos, encontram-se, sobejamente, os mais notáveis e
maravilhosos testemunhos espirituais da ação inteligente do Mundo Invisível
junto aos seres terrenos.
E os santos, à semelhança dos verdadeiros médiuns
espíritas, sempre serviram de intermediários entre as forças auxiliadoras da
esfera ultraterrestre e as necessidades humanas.
Os santos cristãos, quando
conscientes de sua missão espiritual, sempre agiram como mediadores entre o
Grande Além e a Terra, quais os devotados e sinceros missionários da
mediunidade na grande seara do espiritismo evangélico.” – Clóvis Tavares
*
O Autor Clóvis Tavares, em sua obra póstuma “A Mediunidade
dos Santos”, faz um estudo sobre os fenômenos psíquicos na Igreja Católica, e
dentre os santos que revelam inúmeros casos de manifestações mediúnicas, cujas
biografias foram autorizadas pela própria igreja, está o Frei Antonio de Lisboa
e Pádua ( Santo Antonio).
Sobre a mediunidade de Santo Antonio, ele relata:
“Sto. Antônio de Pádua (de Lisboa) (1195-1232) - Teve forças
para livrar-se do constante assédio de espíritos inferiores.
Foi clarividente,
possuía o dom da profecia, mediunidade de bilocação (ou bicorporidade) e cura.
Curou uma menina de 4 anos, aleijada e atacada de epilepsia.”
Nesse artigo, em Gotas de Luz, apresentaremos um estudo
sobre a materialização e a bicorporiedade, duas faculdades mediúnicas
correlatas, características na vida do Frei Antonio.
Materialização
O fenômeno da materialização se fundamenta nas propriedades
do perispírito: O perispírito, por sua própria natureza, é invisível no estado
normal.
Isso é comum a uma infinidade de fluidos que sabemos existir e que
jamais vimos.
Mas ele pode também, à semelhança de certos fluidos, passar por
modificações que o tornem visível, seja por uma espécie de condensação ou por
uma mudança em suas disposições moleculares, é então que nos parece de maneira
vaporosa.
A condensação pode chegar a ponto de dar ao perispírito as
propriedades de um corpo sólido e tangível, mas que pode instantaneamente
voltar a seu estado etéreo e invisível (é necessário não tomar ao pé da letra a
palavra condensação, pois só a empregamos por falta de outra e como simples
recurso de comparação).
Esses diversos estados do perispírito, entretanto,
resultam da vontade do espírito e não de causas físicas e exteriores como
acontece com os gases.
O espírito nos aparece quando dá a seu perispírito a
condição necessária para se tornar visível (O Livro dos Médiuns).
Observa-se que apenas a vontade do espírito não concretiza o
fenômeno.
Há uma série de fatores e circunstâncias para a sua realização.
O fluido perispiritual do espírito deve afinizar-se com o
fluido perispiritual do médium para que se efetue a combinação de ambos.
O médium deve possuir uma emissão abundante de fluidos
(ectoplasma) “para que opere a transformação do perispírito”.
Ectoplasma pode ser definido como uma substância fluídica,
uma espécie de plasma, flexível, viscoso, incolor e inodoro, sensível ao
pensamento, que escapa do organismo de certos indivíduos através dos poros e
dos orifícios naturais do corpo.
Trata-se de um transe biológico quando há não
apenas dissociação psíquica, mas também biológica.
Segundo André Luiz, no Livro
“Nos Domínios da Mediunidade”, “O Ectoplasma está situado entre a matéria densa
e a matéria perispirítica, assim como um produto de emanações da alma pelo
filtro do corpo, e é o recurso peculiar não somente ao homem, mas a todas as
formas da natureza”.
Vencidas essas dificuldades é preciso ainda que o espírito
tenha autorização para tornar-se visível a esta ou àquela pessoa, o que nem
sempre é possível.
Na biografia de Santo Antonio, encontramos registrado
oficialmente o caso da materialização do Menino Jesus.
Texto de Carlos Pereira, com excertos do estudo
Bicorporiedade, de Jânio Alves Cordeiro, julho de 2002.
Bicorporiedade
Segundo Allan Kardec, trata-se de um estado de liberdade do
Espírito de certas pessoas vivas de quem o perispírito pode num momento de
emancipação da alma, tomar, em um outro lugar, a aparência de um corpo tangível
de maneira a fazer crer que estar ali sua presença real e simultânea em dois
lugares.
O afastamento do Espírito do seu corpo físico, pode ser por
transe mediúnico e pelo sono.
Pode, também, acontecer que o corpo não se ache
adormecido mas, não se encontrará num estado perfeitamente normal, será sempre
um estado mais ou menos extático; e o seu aparecimento materializado, ao mesmo
tempo em dois lugares diversos, de forma bem visível e tangível.
É um fenômeno
idêntico ao da materialização realizada nas sessões espíritas, diferindo apenas
por se tratar de pessoa encarnada que, posteriormente, retorna ao corpo físico.
Trata-se de um fenômeno ímpar: a consciência age fora do
espaço físico, como se fosse uma desencarnação parcial e provisória da alma.
Esta, emancipando-se, passa a gozar de todas as faculdades próprias do ser
desencarnado. Este fenômeno, foi que deu azo às histórias de homens duplos,
isto é, de indivíduos cuja presença simultânea em dois lugares diferentes.
Por muito extraordinário que seja, tal fenômeno como todos
os outros, se compreende na ordem dos fenômenos naturais, pois que decorre das
propriedades do perispírito e de uma lei natural.
Na Codificação Kardeciana encontra-se o ensinamento de que o
Espírito jamais está completamente separado do corpo vivo em que habita;
qualquer que seja à distância a que se transporte “a ele se conserva ligado por
um laço fluídico que serve para chamá-lo, quando se torne preciso. Esse laço só
a morte o rompe”. (O Livro dos Médiuns, pág. 361, FEB).
O Espírito André Luiz faz referência também ao cordão de
prata, na Obra “Mecanismos da Mediunidade”, dizendo que o sensitivo desdobrado
está ligado ao seu corpo físico “por fio tenuíssimo, superficialmente
comparado, de certo modo, à onda do radar, que pode vencer imensuráveis
distâncias, voltando, inalterável, ao centro emissor...”.
Depreende-se do exposto, que no estado de separação não
podem os dois corpos gozar, simultaneamente, do mesmo grau de vida ativa e
inteligente; e que o corpo real não poderia morrer, enquanto o corpo aparente
se conservasse visível, porquanto a aproximação da morte sempre atrai o
espírito para o corpo, ainda que apenas por um instante.
Daí resulta igualmente
que o corpo aparente não poderia ser morto, porque não é orgânico, não é
formado de carne e osso.
Desapareceria, no momento em que o quisessem matar.
Bicorporeidade é a prova mais positiva da existência do
perispírito, na união do corpo com a alma. Este fenômeno é evidente devido ao
desdobramento momentâneo dos elementos constitutivos do homem: o corpo e a
alma.
Na bicorporeidade não há necessidade de médium, porque o
corpo fluídico, que reveste o espírito, se supre do fluido vital do próprio
organismo, ou antes, na bicorporeidade o médium é o próprio indivíduo que se
desdobra.
A Bicorporiedade de Frei Antonio de Pádua
Estando Antônio em Pádua, teve uma visão. (...)
Na sua
cidade natal, Lisboa, viviam ainda os seus parentes: o pai, a mãe, os irmãos e
as irmãs, que se encontravam implicados num caso de homicídio cometido por
outros.
Havia naquela cidade dois indivíduos que se odiavam mortalmente.
Um
deles, encontrando-se certa noite com o filho do rival, decidiu vingar-se nele
e, favorecido pela escuridão, surpreendeu-o, arrastou-o à sua própria casa e
ali trucidou-o barbaramente.
Depois sepultou o corpo no jardim da casa dos
parentes de Antônio. (...)
Sabendo que o jovem fora, naquela noite, visto nas
propriedades do palácio de Martinho, deram busca pelos arredores e pela
propriedade toda.
Guiando-se pela terra removida de fresco, chegaram ao cadáver
cheio de ferimentos.
Bastou esse indício para que as suspeitas do homicídio
caíssem sobre Martinho, que foi preso com toda a família, segundo o costume da
época.
Aproxima-se o dia da sentença, que teria sido uma sentença de
condenação, se Antônio não tivesse vindo em auxílio dos seus.
Certa noite, ele
pediu licença ao superior para sair do convento, e se pôs a caminho de Lisboa.
Lá chegou prodigiosamente na manhã seguinte quando não seriam suficientes três
meses para percorrer a distância entre Pádua e Lisboa.
Chegando à sua terra
natal, apresentou-se ao tribunal para pedir a liberdade de sua família.
Como
era natural, não foi atendido, visto serem por demais graves os indícios
acumulados contra ela.
Antônio pediu, então, que lhe trouxessem o cadáver da
vítima.
Ao vê-lo, ordenou-lhe, em nome de Cristo, que voltasse momentaneamente
à vida para indicar o seu assassino.
O corpo animou-se, confessou abertamente
que nenhum membro da família de Antônio era culpado da sua morte e depois caiu
novamente no seu sono de morte.
A novidade do milagre e a solene declaração de
tal testemunha foram suficientes para libertar a família de Antônio, com a qual
ele passou aquele dia. Despediu-se ao cair da noite e, no dia seguinte
encontrava-se novamente no seu convento em Pádua.
Fonte
MANACIAL DE LUZ. Disponível em http://manancialdeluz.blogspot.com.br/2009/06/gotas-de-luz-materializacao-e.html.
Acesso : 12 JUN 2023.
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