Minutos de Paz !

sexta-feira, junho 26, 2009



A sabedoria do samurai

Por Momento Espírita



Conta-se que, perto de Tóquio, capital da Japão, vivia um grande samurai.



Já muito idoso, ele agora se dedicava a ensinar o zen aos jovens.



Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.Certa tarde, apareceu por ali um jovem guerreiro, conhecido por sua total falta de escrúpulos. Era famoso por usar a técnica da provocação.



Utilizando-se de suas habilidades para provocar, esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de inteligência e agilidade, contra-atacava com velocidade fulminante.



O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta.



Assim que soube da reputação do velho samurai, propôs-se a não sair dali sem antes derrotá-lo e aumentar sua fama.



Todos os discípulos do samurai se manifestaram contra a idéia, mas o velho aceitou o desafio.



Foram todos para a praça da pequena cidade e diante dos olhares espantados, o jovem guerreiro começou a insultar o velho mestre.



Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos, ofendendo inclusive seus ancestrais.



Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu sereno e impassível.



No final da tarde, sentindo-se exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.



Desapontados pelo fato de o mestre ter aceitado calado tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram:Como o senhor pôde suportar tanta indignidade?Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?



O sábio ancião olhou calmamente para os alunos e, fixando o olhar num deles lhe perguntou:Se alguém chega até você com um presente e lhe oferece mas você não o aceita, com quem fica o presente?



Com quem tentou entregá-lo, respondeu o discípulo.



Pois bem, o mesmo vale para qualquer outro tipo de provocação e também para a inveja, a raiva, e os insultos, disse o mestre.



Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo.



Por essa razão, a sua paz interior depende exclusivamente de você.



As pessoas não podem lhe tirar a calma, se você não o permitir.



* * *



Sempre que alguém tentar tirar você do sério, lembre-se da sábia lição do velho samurai.Lembre-se, ainda, que seus atos lhe pertencem.



Só você é responsável pelo que pensa, sente ou faz.



Só você, e mais ninguém, pode permitir que alguém lhe roube a paz ou perturbe a sua tranquilidade.



Foi por essa razão que Jesus afirmou que só lobos caem em armadilhas para lobos.



Assim, aceitar provocações ou deixar que fiquem com quem nos oferece, é uma decisão que cabe exclusivamente a cada um de nós.



Pensemos nisso!



Redação do Momento Espírita com base em texto de autor desconhecido.Disponível no CD Momento Espírita, v. 5, ed. Fep.