Minutos de Paz !

quinta-feira, abril 24, 2014

Quando me amo - Momento Espírita




Quando me amo 



Quando me amo...


Acendo uma luz que clareia meus porões esquecidos, deixando para trás os erros e derrotas de tempos idos, e volto a respirar.


Quando me amo...


Aprendo a olhar para dentro, descobrindo-me em parte “potência”, em parte “possibilidade” – aquilo que já sou, aquilo que serei; onde já estou, onde quero estar.


Quando me amo...


Acolho-me feito mãe acolhe um filho ferido: dando colo, amparando o choro, aconselhando a refazer os caminhos. Não me engole a culpa; não me desestimula a derrota.


Quando me amo...


Cuido do corpo, como o lavrador cuida de sua enxada – instrumento preciso de trabalho e de vida adorada.


Cuido também da nutrição da alma: o que escolho assistir, o que escolho ler, pensar e dizer.


Quando me amo...


Vejo minh´alma como a escultura debaixo do mármore de Michelangelo, e entendo que a dor é cinzel que vai retirando um pouco aqui, um pouco lá, até que tudo se transforme em belo Davi.


Quando me amo...


Clareio também a tua face, pois toda luz não fica guardada, não há quem disfarce, um farol a reluzir sobre um monte erguido no ar.


Quando me amo...


Inspiro o teu autoamor, para que possas te amar e crescer, assim  como nova flor, que um dia foi broto, que um dia foi semente, que um dia foi sonho de florescer.


Quando me amo...


Amo-te com mais profundidade, pois conhecendo-me, conheço-te melhor também.



*   *   *

A proposta de Jesus em torno do amor é das mais belas psicoterapias que existe:


Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, numa trilogia harmônica.


Como ainda temos dificuldade em conceber o absoluto, para nos adequarmos à proposição crística, invertemos a ordem do mandamento, amando-nos de início, a fim de desenvolver as aptidões que dormem em latência e acumularmos valores iluminativos, ao longo dos dias.


Assim, nosso grande caminho de amor precisa começar com o autoamor, pois sem autoamar-se, o homem não consegue amar ao seu próximo e tão pouco amar o Criador.


Começamos a jornada dentro de nós, pois autoamor pede autoconhecimento, pede mergulho profundo para dentro de nós.


O autoconhecimento é o meio prático mais eficaz que temos para melhorar nesta vida e resistir à atração do mal.


E quem trabalha por sua melhora está se autoamando.


Cada movimento que fazemos no sentido de desenvolver nossas aptidões, e de acumular valores que nos façam pessoas melhores, é autoamor.


Naturalmente, esse amor a nós mesmos nos conduzirá ao nosso próximo.


Primeiro, porque o autoamor só se constrói e se vitaliza no encontro.


Segundo, porque quando temos uma cota de amor mais madura, mais consciente, conseguimos amar o outro melhor.


Nossas relações se harmonizam, nosso coração fica em paz, nossas angústias desaparecem.



*   *   *


Que possamos nos proporcionar mais momentos de autoencontro, com o objetivo de aprimorar nosso autoamor, que é a chave de todo nosso desenvolvimento no Universo.






Redação do Momento Espírita, com base no poema Quando me amo, de Andrey Cechelero e no cap. 13, item Amor de plenitude, do livro Amor, Imbatível Amor, de Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL. Disponível em www.momento.com.br.

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