Serenidade
e Paciência
Emmanuel
No
sentido de preservar a própria paz, é indispensável nos disponhamos a manter
criteriosa atenção sobre nós mesmos.
O
conflito de resultados inavaliáveis pode surgir da explosão de sentimentos
descontrolados; entretanto, não se obtém a paz sem esforço.
Quem
acredite no imaginário valor da desinibição despropositada, no intuito de
garantir o equilíbrio próprio, observe a força elétrica desorientada ou o
trânsito sem disciplina.
Ninguém
possui uma serenidade que não construiu.
Daí, o
impositivo da vigilância em nós próprios.
Não se
trata de prevenção contra ninguém e sim de autogoverno.
Para
semelhante realização, ser-nos-á justo enfileirar certas obrigações primordiais
que se nos mostram por alicerces da consciência tranqüila.
Compreendamos
que somos colocados, uns à frente dos outros, a fim de aperfeiçoar-nos.
Abracemos
as iniciativas de concórdia sem esperar que determinadas pessoas venham a
promovê-las.
Pelos
erros alheios que claramente nos preocupem, examinemos os nossos com a sincera
resolução de corrigi-los.
Não nos
aborreçamos com o trabalho que a vida nos confia, de vez que, através dele, é
que atingiremos a promoção justa na escala de valores da vida.
Nunca
nos esqueçamos de que a eficiência não se harmoniza com a pressa, mas não se
fará vista sem apoio da diligência.
Convém
lembrar que os nossos ouvidos podem ser transformados em extintores do mal,
todas as vezes em que o mal nos procure.
Aceitemos
a realidade de que o próximo não tem a nossa formação e saibamos respeitar cada
criatura na posição em que se encontre.
Em suma,
a serenidade não é uma aquisição espiritual que se faça em toque de mágica e
sim, através do trabalho, muitas vezes, duro e áspero da paciência em ação.
XAVIER ,
Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel. Calma. Cap. 3, p. 06.
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