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segunda-feira, janeiro 04, 2016

O mesmo caminho - Momento Espírita




O mesmo caminho


Deus é pleno de misericórdia para com Seus filhos.


A todos faculta incontáveis experiências, a fim de que se aperfeiçoem e se enriqueçam dos mais variados dons.


Entretanto, os homens, com frequência, dizem faltar em suas vidas elementos indispensáveis à felicidade.


Um reclama da ausência de uma companheira amorosa e digna.


Outro brada porque enfrenta problemas profissionais.


Há quem se ressinta da falta de saúde.


Um terceiro clama aos céus porque seus filhos são desequilibrados.


Parece haver um descompasso entre a amorosa e rica Providência do Pai celeste e a carência experimentada por Seus filhos.


Contudo, a ordem universal não é feita de regalias e privilégios.


Os recursos são amorosamente distribuídos no intuito do progresso.


Quem os recebe fica na condição de depositário e precisa prestar contas do uso que deles faz.


Talentos não podem ser enterrados, a denotar preguiça de quem os recebe.


Com maior razão, não devem receber uso pervertido.


Todo Espírito é paulatinamente cumulado de dons, para que os utilize com dignidade.


O uso digno sempre implica o progresso próprio e alheio.


Quem se permite atitudes indignas ou levianas arca com as consequências.


Para aprender a valorizar o tesouro desperdiçado, experimenta a sua falta.


Assim, o homem que hoje se ressente da ausência de uma esposa digna não deve se imaginar vítima do acaso.


Talvez ainda ontem ele tenha sido o marido infiel de uma grande mulher.


Provavelmente, a alma enobrecida o perdoou e seguiu em frente.


Mas ele se vinculou a quem foi sua cúmplice no adultério.


Hoje sonha com uma figura digna de mulher, que não está mais presente.


O enfermo crônico lamenta a ausência de saúde.


Contudo, no passado pode ter desperdiçado a ventura de um organismo físico perfeito e vigoroso.


Pôs a perder a saúde em vícios e noitadas e agora tem a oportunidade de perceber o tesouro que é um corpo sadio.


O mau rico de ontem renasce hoje na miséria.


O político corrupto do pretérito experimenta agruras por falta de serviços públicos essenciais, na região pobre em que renasceu.


Não se trata de castigo, mas de justiça e responsabilidade.


Na rota evolutiva, o Espírito trilha várias vezes o mesmo caminho e o encontra conforme o haja deixado.


Ciente disso, cesse de reclamar pelas dificuldades de sua vida.


Lembre-se de que, hoje pode sofrer a ausência de algo importante que teve no passado e não valorizou.


Viva com dignidade o momento presente e trate de merecer o retorno do tesouro que jogou fora.


Cuide muito bem do caminho que agora trilha, para encontrá-lo florido na próxima jornada que empreender.




Redação do Momento Espírita. Disponível em www.momento.com.br


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