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A Mágoa
Joanna de Ângelis
À semelhança
de ácido que corrói a superfície na qual se encontra, a mágoa
desgasta, a pouco e pouco, as peças delicadas das engrenagens orgânicas do
homem, destrambelhando-lhe os equipamentos muito delicados da organização
psíquica.
A mágoa é
conselheira impiedosa e artesã de males cujos efeitos são imprevisíveis.
Penetra no
âmago do ser e envenena-o, impedindo-lhe o recebimento dos socorros
do otimismo, da esperança e da boa vontade em relação aos fatores que o
maceram.
Instalando-se,
arma a sua vítima de impiedade e rancor, levando-a a atitudes
desesperadas, desde que lhe satisfaça a programação vil.
Exala amargura
e desconforto, expulsando as pessoas que intentam contribuir
para a mudança de estado, graças às altas cargas vibratórias negativas, que
exteriorizam mau humor e azedume.
*
Quem acumula
mágoas, coleciona lixo mental.
Reage às
tentativas de alojamento da mágoa nos teus sentimentos.
Não estás, no
mundo, por acaso, antes, com finalidades adredemente estabelecidas
que deves atender.
Acompanha a
marcha do Sol, e enriquece-te de luz, não mergulhando na sombra dos
ressentimentos destrutivos.
Sorri ante o
infortúnio, agradecendo a oportunidade de superá-lo através dos valores
éticos e educativos que já possuis, poupando-te à consumpção de que é
portadora a mágoa.
FRANCO, Divaldo Pereira , pelos Espírito Joanna de Ângelis. Episódios Diários, 1985.
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