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Crítica
Joanna de Ângelis
Diante dos
acontecimentos chocantes do dia-a-dia e face a determinados comportamentos
equivocados que recebem aplauso geral, vem-te a tentação de criticar.
Algumas
palavras bem colocadas, e serão suficientes para desmascarar mandatários
inescrupulosos e indivíduos subservientes de conduta vil.
Quase todas as
pessoas do círculo onde eles se movimentam, conhecem-lhes as falhas.
Não
obstante, sorriem com falsa anuência em relação à sua forma de
viver, quase os detestando.
*
Tu, que
procuras ser honesto contigo mesmo e com o teu próximo, ficas magoado,
desejoso de te referires às deficiências que caracterizam essas pessoas e
esses fatos.
Este
procedimento em nada ajudará aos criticados, que se irritarão, carregando-se
de ódio contra ti e passando a perseguir-te, piorando a própria situação.
A crítica
ácida, inspirada pela revolta ou pelo ressentimento, não contribui para
a mudança delas ou das ocorrências examinadas.
Ninguém gosta
de sofrer críticas, mesmo quando merecidas.
*
A palavra
gentil de ajuda e de esclarecimento produz melhor efeito do que a
acusação, irada, a censura severa.
A tua melhor
maneira de criticar o erro será agir com acerto, diferenciando-te
pela forma de atuar, em relação àquele que se comporta irregularmente.
A força da
retidão se expressa pela conduta, muito mais do que através das palavras.
Evita a
crítica, forma sutil de vingança e, não raro, de despeito sórdido.
A tua vida
deve tornar-se uma lição viva de correção e dignidade, sem que estejas
apontando os erros e debilidades alheios.
FRANCO, Divaldo Pereira , pelos Espírito Joanna de Ângelis. Episódios Diários, 1985.
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