REINO DIVINO
Emmanuel
“Quando se vos disser que o Reino de Deus está aqui ou ali não acrediteis, porque o Reino Divino não surge com aparências exteriores...”
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Semelhante conceito do Cristo exorta-nos ao imperativo da iluminação interior para que o nosso coração não se tresmalhe na sombra.
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Habitualmente, exigimos dos outros determinadas rotas de ação, qual se nos assistisse o direito de fazê-los caminhar com os nossos pés.
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Cristãos de outras interpretações do Evangelho, reclamamos de pastores humanos a salvação de nossas almas e quando espíritas, aguardamos que médiuns e benfeitores nos exonerem da responsabilidade de trabalhar e sofrer em nosso próprio aperfeiçoamento.
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É por isso que as falsas profecias proliferam com tanta intensidade nas escolas cristãs, multiplicando as legiões de espíritos sofredores a se desvairarem no desespero, depois da morte.
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É que nós mesmos, quase sempre receosos da própria consciência, buscamos oráculos que nos engodem a mente com sugestões imaginárias, acerca de méritos que estamos longe de possuir, auxiliando-nos a fuga calculada da áspera região em que se nos configuram os deveres maiores.
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Reconhecemos que o Reino Celeste se encontra em estado potencial no íntimo de todas as criaturas e que somente, construindo-o em nós e desdobrando-o, a dentro de nós mesmos, é que alcançaremos a chave da grande compreensão a investirnos na posse da Grande Luz.
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Nesse sentido, é justo recordar que o Divino Mestre não apenas traçou o asserto que nos serve de apontamento ao estudo e sim que lhe viveu a expressão mais profunda, aceitando, sem reclamar, as lutas e as dores que lhe foram impostas, padecendo por auxiliar e angustiando-se sem merecer, ensinando-nos, porém, a receber com valor as cruzes que nós mesmos talhamos para atingir, em plenitude de alegria e vitória o terreno seguro de nossa suspirada ascensão.
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XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel.Viajor, cap.21
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