Minutos de Paz !

sexta-feira, junho 07, 2024

Parábola da Veneranda Joanna de Ângelis - Celeste Santos , Divaldo Pereira Franco




Parábola da Veneranda Joanna de Ângelis
                                                           

Gosto muito dessa parábola com a qual a benfeitora espiritual Joanna de Angelis contemplou Divaldo Franco, contida na obra " A Veneranda Joanna de Angelis", numa fase em que o médium carecia de uma palavra amiga.


Quem não precisa de uma palavra amiga em alguns momentos de nossa atual experiência reencarnatória?


Recorro sempre a esta linda parábola com fé e certeza de que os Amigos Espirituais trarão as devidas soluções nas horas oportunas, desde que esteja sintonizada com Jesus, o Amigo Incondicional.


São ensinamentos para guardarmos na mente e no coração, como uma caixinha de "Primeiros Socorros Espirituais".


Que Jesus permita, que  essa mensagem chegue ao seu coração,  com o perfume das flores espirituais dessa Veneranda Espiritual, que tem nos contemplado com preciosos ensinamentos, convocando-nos para o despertar de valores enobrecedores, que dignifiquem a nossa caminhada terrena, neste momento de transição planetária.



                                                            

                               
A Parábola
                                                               

Em 1962, Divaldo passou por uma grande provação, ficando vários dias sem condições de conciliar o sono, hora nenhuma, o que lhe trouxera constante dor de cabeça.

*

Numa ocasião, não suportando mais, quando Joanna lhe apareceu, ele falou:

*

-Minha irmã, a senhora sabe que estou passando por um grande problema, uma grande injustiça, e não me diz nada?

*

-Por isso mesmo não te digo nada, porque é uma injustiça. 


E como injustiça, não tem valor, Divaldo. 


Tu é quem está dando valor e quem dá valor à mentira, deve sofrer o efeito da mentira. 


Porque, se tu sabes que não é verdade, porque estás sofrendo? 


Eu não já escrevi por tuas mãos :"Não valorizes o mal"? Não tenho outro conselho a dar-te.

*

-Mas, minha irmã, pelo menos me diga umas palavras de conforto moral, porque eu não tenho a quem pedir.


Então, ela falou:


-Vou dar-te palavras de conforto. Não esperes muito.


E contou-lhe a seguinte parábola:


-Havia uma fonte pequena e insignificante, que estava perdida num bosque. Um dia, alguém por ali passando, com sede, atirou um balde e retirou água, sorvendo-a em seguida e se foi. A fonte ficou tão feliz que disse de si para consigo:


-Como eu gostaria de poder dessedentar os viandantes, já que sou uma água preciosa!


E orou a Deus:


-Ajuda-me a dessedentar!


Deus deu-lhe o poder. A fonte cresceu e veio à borda. As aves e os animais começaram a sorvê-la e ela ficou feliz.


A fonte propôs:


- Que bom é ser útil, matar a sede. Eu gostaria de pedir a Deus que me levasse além dos meus limites, para umedecer as raízes das árvores e correr céu aberto.


Veio então a chuva, ela transbordou e tornou-se um córrego. Animais , aves, homens, crianças e plantas beneficiaram-se dela.


A fonte falou:


-Meu Deus, que bom é ser córrego! Como eu gostaria de chegar ao mar! E Deus fez chover abundantemente, informando:


-Segue, porque a fatalidade dos córregos e dos rios é alcançar o delta e atingir o mar. Vai!


E o riacho tornou-se um rio, o rio avolumou as águas.Mas, numa curva do caminho, havia um toro de madeira.


O rio encontrou o seu primeiro impedimento.Em vez de se queixar, tentou passar por baixo, contornar, mas o toro de madeira cerceava-lhe os passos.


Ele parou, cresceu e o transpôs tranquilamente.


Adiante, havia seixos, pequeninas pedras que ele carregou e outras inamovíveis, cujo volume ele não poderia remover.


Ele parou, cresceu e transpôs, até que chegou ao mar.


Compreendeste?


-Mais ou menos.


-Todos nós somos fontes de Deus -disse ela. - E como alguém um dia bebeu da linfa que tu carregavas, pediste para chegar à borda, e Deus, que é amor, atendeu-te.


Quisseste atender aos sedentos, e Deus te mandou os Amigos Espirituais para tanto.


Desejaste crescer, para alcançar o mar e Deus fez que a Sua misericórdia te impelisse na direção do oceano.


Estavas feliz.


Agora, que surgem empecilhos, porque reclamas?


Não te permitas queixas.


Se surge um impedimento em teu caminho, cala, cresce, transpõe-no, porque a tua fatalidade é o mar, se é que queres alcançar o oceano da Misericórdia Divina.


Nunca mais lamentes a respeito a nada.

SANTOS,Celeste;FRANCO, Divaldo Pereira. A Veneranda Joanna de Ângelis. Salvador/Bahia:Leal .1987.

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