Céu
Emmanuel
Tema principal
Reunião pública de 24-4-1961.
1ª Parte — Cap. III — Item 18.
Aflitiva e longa tem sido a nossa viagem multimilenária,
através da reencarnação, a fim de que venhamos a entender o conceito de Céu.
Entre os chineses de épocas venerandas, afiançávamos que a
imortalidade era a absoluta integração com os antepassados.
Na Índia Bramânica, admitíamos que o éden fosse a condição
privilegiada de alguns eleitos, na pureza intocável dos cimos.
No Egito remoto, imaginávamos que a glória, na Esfera
Espiritual, consistisse na intimidade com os deuses particulares, ainda mesmo
quando se mostrassem positivamente cruéis.
Na Grécia antiga, supúnhamos que a felicidade suprema, além da
morte, brilhasse no trono das honrarias domésticas.
Com gauleses e romanos, incas e astecas, possuíamos figurações
especiais do paraíso e, ainda ontem, acreditávamos que o Céu fosse região
deleitosa, em que Deus, teologicamente transformado em caprichoso patriarca,
vivesse condecorando os filhos oportunistas que evidenciassem mais ampla
inteligência, no campeonato da adulação.
De existência a existência, entretanto, aprendemos hoje que a vida se espraia, triunfante, em todos os domínios universais do sem-fim;
que a matéria assume estados diversos de fluidez e condensação;
que os mundos se multiplicam infinitamente no plano cósmico;
que cada Espírito permanece em
determinado momento evolutivo, e que, por isso, o Céu, em essência, é um estado
de alma que varia conforme a visão interior de cada um.
É por esse motivo que Allan Kardec pergunta e responde:
— “Nessa imensidade ilimitada, onde está o Céu?
Em toda a parte.
Nenhum contorno lhe traça limites.
Os mundos superiores são as últimas estações
do seu caminho, que as virtudes franqueiam e os vícios interditam.”
E foi ainda, por essa mesma razão, que, prevenindo-nos para
compreender as realidades da natureza, no grande porvir, ensinou-nos Jesus,
claramente:
— “O Reino de Deus está dentro de vós.”
XAVIER, Francisco Cândido ditada pelo Espírito Emmanuel .Justiça divina : estudos e dissertações em torno da obra “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec. , cap 24. Jesus Cristo: Ilustração Reproduzida da Internet. Arte: lizsogar54.
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