Virtude Solitária
Emmanuel
Tema principal
Reunião pública de 30-1-1961.
1ª Parte — Cap. III — Item 8.
Há quem deseje tranquilidade ideal na Terra, com a pretensão
de fugir ao erro.
Casa branca no aclive da serra, com o vale rente.
Fontes claras, correndo perto, e jardim florido.
Clima doce e perfume da natureza.
Nenhum aborrecimento.
Nenhum cuidado.
Falta alguma.
Problema algum.
Solidão saborosa em que o morador consiga estirar-se, inerte,
em poltronas e redes.
No entanto, é no trato da luta que as forças se enrijam e as
qualidades se aperfeiçoam.
Considerando-se que o mal é a experiência inferior nos quadros
da experiência mais nobre, é no serviço do amparo mútuo e da tolerância
recíproca que havemos de transformá-lo em bem duradouro, como se tomássemos as
nossas próprias sombras de ontem para convertê-las na luz de hoje.
Livres, estamos interligados perante a Lei, para fazer o
melhor, e, escravizados aos compromissos expiatórios, estaremos acorrentados,
uns aos outros, no instituto da reencarnação, segundo a Lei, para anular o pior
que já foi feito por nós mesmos, nas existências passadas.
Ninguém progride sem alguém.
Abençoemos, assim, as provações que nos abençoam.
Trabalho é ascensão.
Dor é burilamento.
Toda adversidade avisa.
Todo sofrimento instrui.
Todo pranto lava.
Toda dificuldade esclarece.
E toda crise seleciona.
Virtude solitária é pão na vitrine.
Competência no palanque é usura da alma.
Todos somos alunos na escola da vida.
E ninguém consegue aprender, sem dar a lição.
XAVIER, Francisco Cândido ditada pelo Espírito Emmanuel Francisco .Justiça divina : estudos e dissertações em torno da obra “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec. , cap 3 .Ilustração Reproduzida da Internet.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
“Deixe aqui um comentário”