Invocações
Emmanuel
Tema principal
Reunião pública de 4-9-1961.
1ª Parte — Cap. X — Item 9.
Ouviste opiniões contraditórias, referentes às invocações na Doutrina Espírita.
Adversários gratuitos pretenderam insinuar que nos reuníamos,
imitando magos e sibilas da antiguidade, a explorar sortilégios e filtros
supostamente milagrosos.
Outros, sem analisar-nos os princípios, entenderam acreditar
que tomamos os recursos psíquicos para exibições de hipnotismo vulgar, como se
categorizássemos os medianeiros da Nova Revelação por jograis e fantoches.
É imperioso anotar, contudo, que toda a formação espírita
guarda raízes nas fontes do Cristianismo simples e claro, com finalidades
morais distintas, no aperfeiçoamento da alma, expressando aquele Consolador que
Jesus prometeu aos tempos novos.
Não admitas, portanto, pudéssemos converter as lições do Mestre em práticas e fórmulas cabalísticas.
Todos os ensinamentos do Cristo vibram puros, em nossos postulados, com os amplos desenvolvimentos que a Codificação Kardequiana lhes imprimiu.
Em nossas assembleias, hipotecamos o apreço devido a todas as crenças e confissões.
Respeitamos os irmãos da Cristandade, que, em postura determinada, invocam a Presença Divina e a proteção dos Espíritos santificados, em preces de confiança e cânticos de louvor.
Respeitamos os irmãos do Islamismo que, diversas vezes por
dia, invocam a bênção de Alá.
Respeitamos os irmãos do Budismo que, através da liturgia que
lhes é própria, invocam a paz de Çakia, o Bem-Aventurado.
Respeitamos os irmãos do Moisaísmo que, por vários preceitos,
invocam o amparo do Senhor Todo-Poderoso.
Também nós, em nos associando, invocamos a inspiração do
Divino Mestre e o concurso dos instrutores domiciliados na Vida Maior, a fim de
que possamos orar e estudar a verdade, aprendendo porque oramos e cremos, de
vez que, na Doutrina Espírita, sem pompas de culto externo e sem rituais de
qualquer procedência, somos chamados à fé, capaz de encarar a razão face a
face.
Quanto à atitude religiosa que abraçamos, de permeio com as
indagações científicas e com as exposições filosóficas da nossa Doutrina
Libertadora, ninguém pode olvidar que Allan Kardec, evidenciando a necessidade
de aliança do raciocínio e do sentimento, nas jornadas do Espírito, iniciou a
obra monolítica da Codificação perguntando pela essência de Deus.
XAVIER, Francisco Cândido ditada pelo Espírito Emmanuel .Justiça divina : estudos e dissertações em torno da obra “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec. , cap 57. Jesus Cristo: Ilustração Reproduzida da Internet.

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