Minutos de Paz !

terça-feira, outubro 21, 2025

Perdoados, Mas Não Limpos - Emmanuel




Perdoados, Mas Não Limpos

Emmanuel

Tema principal

Reunião pública de 4-8-1961.

1ª Parte — Cap. VII — Item 3 — § 24.


Em nossas faltas, na maioria das vezes somos imediatamente perdoados, mas não limpos.


Fomos perdoados pelo fel da maledicência, mas a sombra que tencionávamos esparzir na estrada alheia permanece dentro de nós por agoniado constrangimento.

 

Fomos perdoados pela brasa da calúnia, mas o fogo que arremessamos à cabeça do próximo passa a incendiar-nos o coração.


Fomos perdoados pelo corte da ofensa, mas a pedra atirada aos irmãos do caminho volta, incontinenti, a lanhar-nos o próprio ser.

 

Fomos perdoados pela falha de vigilância, mas o prejuízo em nossos vizinhos cobre-nos de vergonha.


Fomos perdoados pela manifestação de fraqueza, mas o desastre que provocamos é dor moral que nos segue os dias.


Fomos perdoados por todos aqueles a quem ferimos, no delírio da violência, mas, onde estivermos, é preciso extinguir os monstros do remorso que os nossos pensamentos articulam, desarvorados.

 

Chaga que abrimos na alma de alguém pode ser luz e renovação nesse mesmo alguém, mas será sempre chaga de aflição a pesar-nos na vida.


Injúria aos semelhantes é azorrague mental que nos chicoteia.

 

A serpente carrega consigo o veneno que veicula.

 

O escorpião guarda em si próprio a carga venenosa que ele mesmo segrega.

 

Ridiculizados, atacados, perseguidos ou dilacerados, evitemos o mal, mesmo quando o mal assuma a feição de defesa, porque todo o mal que fizermos aos outros é mal a nós mesmos.

 

Quase sempre aqueles que passaram pelos golpes de nossa irreflexão já nos perdoaram, incondicionalmente, fulgindo nos Planos Superiores; 


no entanto, pela lei de correspondência, ruminamos, por tempo indeterminado, os quadros sinistros que nós mesmos criamos.

 

Cada consciência vive e evolve entre os seus próprios reflexos.

 

É por isso que Allan Kardec afirmou, convincente, que, depois da morte, até que se redima no campo individual, 


“para o criminoso a presença incessante das vítimas e das circunstâncias do crime é suplício cruel.” 

 

XAVIER, Francisco Cândido ditada pelo Espírito Emmanuel  .Justiça divina : estudos e dissertações em torno da obra “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec. , cap 47.   Jesus Cristo: Ilustração Reproduzida da Internet. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário

“Deixe aqui um comentário”