Nas Leis do Destino
Emmanuel
Tema principal
Reunião pública de 18-8-1961.
1ª Parte — Cap. VI — Item 15.
Não digas que Deus sentencia alguém a torturas eternas.
Tanto quanto podemos perceber o Pensamento Divino, imanente em
todos os seres e em todas as coisas, o Criador se manifesta a nós outros —
criaturas conscientes, mas imperfeitas — através de leis que lhe expressam os
objetivos no rumo do Bem Supremo.
Essas leis, na feição primitiva, podem ser abordadas nos processos rudimentares do campo físico.
O fogo é agente precioso da evolução, nos limites em que deve ser conservado;
entretanto, se colas a mão no braseiro, é natural incorras, de imediato, nas consequências.
A máquina é apêndice do progresso;
contudo, se não lhe atendes
as necessidades, sofrerás, para logo, os resultados desastrosos da negligência
ou da indisciplina.
Ocorre o mesmo, nos planos da consciência.
Na matemática do Universo, o destino dar-nos-á sempre daquilo que lhe dermos.
É inútil que dignitários desse ou daquele princípio religioso
te pintem o Todo-Perfeito por soberano purpurado, suscetível de encolerizar-se
por falta de vassalagem ou envaidecer-se à vista de adulações.
Os que procedem assim podem estar movidos de santos propósitos ou piamente magnetizados por lendas e tradições respeitáveis que o tempo mumificou, mas se esquecem de que, mesmo ante as leis dos homens, pessoa alguma consegue furtar, moralmente, o merecimento ou a culpa de outra.
Deus é amor.
Amor que se expande do átomo aos astros.
Mas é justiça também.
Justiça que atribui a cada Espírito segundo a própria escolha.
Sendo amor, concede à consciência transviada tantas experiências quantas deseje a fim de retificar-se.
Sendo justiça, ignora quaisquer privilégios
que lhe queiram impor.
Não afirmes, desse modo, que Deus bajula ou condena.
Recorda que não podes raciocinar através do cérebro alheio e
nem comer pela boca do próximo.
O Criador criou todas as criaturas para que todas as criaturas se engrandeçam.
Para isso, sendo amor, repletou-lhes o caminho de
bênçãos e luzes, e, sendo justiça, determinou possuísse cada um de nós vontade
e razão.
A vida, assim, aqui ou além, será sempre o que nós quisermos.
E não sofismemos a palavra de Jesus, quando prometeu ao
companheiro de sofrimento, no Calvário, que estaria com ele no paraíso, como poderia estar em qualquer instituto de educação, no mundo espiritual,
porque foi o próprio Cristo quem nos informou, de maneira incisiva, que o Reino
de Deus está dentro de nós.
XAVIER, Francisco Cândido ditada pelo Espírito Emmanuel .Justiça divina : estudos e dissertações em torno da obra “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec. , cap 52. Ilustração Reproduzida da Internet.

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