Minutos de Paz !

quinta-feira, janeiro 19, 2012

Perdão e Autoperdão - Cezar Braga Said


Perdão e Autoperdão

Cezar Braga Said



Pense que você é capaz de perdoar a quem lhe ofendeu...

O ato de perdoar produz uma sensação de leveza em quem o pratica e de alívio em quem o recebe. Enobrece quem o dá e reergue quem errou.

Em nossas relações, é comum, mesmo sem querer, ferirmos ou nos sentirmos feridos pelas atitudes de alguém. Isso se dá por causa de uma palavra dita de forma ríspida ou inapropriada, um olhar mais áspero, um gesto impulsivo, um silêncio cortante e indiferente... São situações que se pudéssemos prever, com certeza trataríamos de evitá-las.

Ninguém se sente feliz por saber que magoou alguém, tampouco em constatar as próprias mágoas. Tais sentimentos fazem mal a quem os guarda, interferindo no sono, apetite, bom humor, disposição, provocando alterações na saúde como um todo.

O perdão é o remédio que acelera a cicatrização de nossas feridas morais, pois expurga do coração todo ressentimento, levando-nos a esquecer fatos desagradáveis e a acreditar na reabilitação e sinceridade de quem nos feriu.

Há quem acredite que o perdão estimula o agressor a novamente agredir, certo de que encontrará sempre a indulgência e a tolerância a seu favor. Mas o fundamental não é a reincidência do agressor e sim a indulgência do agredido. Quem garante que esse gesto não irá desmobilizá-lo de novas iniciativas infelizes?

Muito importante também é o autoperdão. Não devemos permitir que o sentimento de culpa nos martirize e nos impeça de recomeçar algo que interrompemos, de nos aproximarmos de alguém e de verbalizar o nosso arrependimento.

Precisamos aprender com os próprios erros, tentando não cometê-los novamente, mas se o fizermos, façamos também uma reflexão sincera e profunda, analisando o porquê dessa reincidência.

A atitude de recomeçar é mais difícil do que a de iniciar alguma coisa. Exige maior coragem, vontade firme e fé em si mesmo.

Se já somos capazes de perdoar os outros, precisamos também aprender a perdoar-nos, sem conivência e fuga psicológica, admitindo o erro, mas não permanecendo nele, como quem tem uma ferida e se compraz em ficar observando-a.

Erga o seu olhar, mire-se no espelho com prazer e aprendendo com o Sol, que recomeça diariamente a sua tarefa, retome seus projetos e sonhos, certo de que você não é o primeiro e nem será o último a errar.


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