Convite à jovialidade
Joanna de Ângelis
“Se sabeis estas cousas, bem-aventurados sois se as
praticardes.” (João: capítulo 13º, versículo 17).
A palavra áspera aqui e o conceito azedo ali consubstanciam
a aura do desagrado.
O cenho carrancudo em regime de continuidade, deformando a
aparência da face, materializa a expressão do tormento íntimo.
A habitual constrição facial, exteriorizando desagrado,
produz a possibilidade negativa do intercâmbio fraterno...
Eles passam, os atormentados de toda característica,
assinalados pelas marcas fundas dos dramas que ressumam dos painéis
perispirituais, gerando
deformidades que exteriorizam, desagradáveis.
Indispensável cultivar a jovialidade em qualquer esfera de
ação mormente nas tarefas do Cristianismo Redivivo.
Movimentar o bem como quem suporta pesado fardo, significa
desfigurar o próprio bem.
Ensinar alegria e confiança entre asperezas, carrancas e severidade
para com os outros e sistemática de antipatia representa enunciar
palavras belas e
viver paisagens sombrias.
Como um semblante vulgarizado por um sorriso de idiotia
representa um espírito agrilhoado à expiação, a dureza da face, o verbo
cortante constituem
as armas de insidiosa enfermidade espiritual.
Jovialidade, portanto.
Um espírito agradável a reproduzir-se numa face amena, não
obstante as sombras e as lágrimas que, por vezes, expressam os
impositivos da evolução
pela dor, gerando simpatia e afabilidade.
Cismando, porém, ameno, carregando a Cruz, todavia,
tranqüilo, azorragado e humilhado até à extrema e mísera posição, Jesus
manteve o alto padrão da jovialidade, em tal monta que mesmo em agonia
amenizou as circunstâncias que exornavam a tarde de hediondez para
cantar esperanças aos acompanhantes infelizes, acenando-lhes com a promessa do
Paraíso, e bordando-lhes a noite pesada em que padeciam intimamente com
as estrelas
excelsas da paz ditosa.
FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis. Convites
da Vida, Cap. 29.
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