Espalhando alegria
De um periódico do Estado de Santa Catarina, colhemos a
notícia feliz de alguém que se importa com o bem-estar e felicidade do seu
próximo.
A nota em destaque tem como endereço a Praia Central de
Balneário Camboriú.
Como personagem, um gari que, junto a outros tantos, tem a
responsabilidade de executar a limpeza da praia.
Pois Cícero Martins usa o rastelo e o sorriso espontâneo
para fazer muito mais do que o próprio trabalho.
Todas as manhãs, na altura da Rua Dois Mil, ele escreve na
areia um caprichado e enorme Bom dia.
Ele já se tornou conhecido de muitos. Vez ou outra, recebe
um cumprimento vindo de um dos prédios em frente à praia.
Alguém, de lá de cima, grita: Bom dia, Amarelinho.
Amarelinho é o apelido que recebeu, inspirado na cor do
uniforme que ele usa para trabalhar.
Eu escrevo para animar. Às vezes, vejo pessoas tristes pelos
bancos da praia e acho que, dessa maneira, posso ajudar. - Conta o simpático
homem de quarenta e cinco anos.
O funcionário encanta quem mora nos arranha-céus da Avenida
Atlântica e aos que visitam a praia.
Por vezes, interrompe o passo sem pressa de um turista que
caminha, com o olhar vago em direção ao mar e se surpreende com o Bom dia,
escrito na areia.
Ele não ganha nada a mais para escrever o seu Bom dia. Nada,
em termos materiais, porque a sua atitude já lhe rendeu novas amizades.
E também estimulou alguns a pensarem a respeito das próprias
atitudes pois, por vezes, se acorda pela manhã e não se dá Bom dia nem para
quem mora com a gente.
Há os que param, indagam da autoria da proeza e o vão
cumprimentar, abraçar.
Há os que afirmam que a atitude desse gari lhes modificou a
forma de encarar a vida. Porque, enquanto os outros vão à praia para tomar sol,
passear, descansar, ele está lá, dia após dia, limpando a praia, uniformizado.
Com sol forte, com brisa ou sem ela, ele cumpre a sua
tarefa, sem reclamar, com alegria. E distribuindo bom ânimo aos outros.
Acrescenta o seu algo mais, que diz da sua própria alegria
de viver.
* * *
Não aguardemos o aplauso do mundo. Não esperemos que os
nossos atos sejam louvados pelos que transitam ao nosso lado.
Seja a nossa caminhada assinalada pelas pegadas de claridade
na Terra, a fim de que, aquele que venha após os nossos passos, encontre as
setas apontando o caminho.
Sejamos os que cantam o hino da alegria plena na ação que
liberta consciências, na atividade que nos irmana e no amor que nos felicita.
Se cada um de nós se decidir por viver o amor, por expressar
a sua alegria de viver, a paisagem atual do mundo se modificará.
No planeta em convulsão, a primavera reflorescerá. Nas almas
empedernidas, as flores dos sorrisos irão despontar.
Nos seres em cuja intimidade jazem ressecados os galhos da
fraternidade, brotos novos se apresentarão.
Sejamos nós os promotores dessas mudanças. Ainda hoje,
principiemos a espalhar alegrias.
Redação do Momento Espírita, com base em fato da
vida do gari catarinense Cícero Martins e com pensamentos do cap. 11, do livro Momentos
enriquecedores, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira
Franco, ed. Leal.Disponível em www.momento.com.br.
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