A decisão
Charles Chaplin não foi somente um grande comediante,
criativo, que nos legou peças raras do cinema. Soube legar mensagens de
piedade, de compaixão, mesmo numa época em que o cinema ainda era mudo.
Servindo-se da possibilidade que detinha, criou o personagem
Carlitos, doce, ingênuo e trapalhão, tudo ao mesmo tempo. Contudo, com um detalhe indiscutível: uma
imensa capacidade de amar.
Sabendo tecer críticas sem se tornar agressivo, Charles
Chaplin legou ao mundo um acervo considerável de peças cinematográficas, até
hoje vistas e revistas.
Mas, não somente fez cinema. Como ser humano, desde cedo,
sofreu muito, vivenciando na infância a dor da orfandade paterna e a doença
mental de sua mãe.
Triunfando, apesar de todas as adversidades, ele escreveu
belas páginas e, uma delas fala exatamente em como superar os obstáculos da
vida. Chama-se:
A decisão:
Hoje levantei cedo
pensando no que tenho a fazer, antes que o relógio marque meia-noite. É minha
função escolher que tipo de dia vou ter hoje.
Posso reclamar porque
está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição.
Posso ficar triste por
não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças,
evitando o desperdício.
Posso reclamar sobre
minha saúde ou dar graças por estar vivo.
Posso me queixar dos
meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria, ou posso ser grato por
ter nascido.
Posso reclamar por ter
que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho.
Posso sentir tédio com
as tarefas da casa ou agradecer a Deus por ter um teto para morar.
Posso lamentar
decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas
amizades.
Se as coisas não
saíram como planejei, posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.
O dia está na minha
frente esperando para ser o que eu quiser.
E aqui estou eu, o
escultor que pode dar forma. Tudo depende de mim.
* * *
Você já parou para pensar em como pode decidir pela sua
felicidade ou infelicidade, a cada dia?
Já se deu conta de que tudo depende da forma como você encara o que acontece?
Há tantos momentos na sua vida que você desperdiça e passa
na inutilidade ou na reclamação.
Momentos que podem se transformar em aflições ou em
alegrias.
Num momento você pode resolver vencer ou se entregar à
derrota; libertar-se das velhas fórmulas de queixas ou prosseguir acabrunhado e
triste.
Lembre-se: a cada segundo você pode decidir o momento
seguinte. Por isso, resolva-se pela escolha da melhor parte porque este é o seu
momento de decisão.
Redação do Momento Espírita, com extratos do texto A
decisão, de Charles Chaplin e do livro
Momentos de decisão, pelo Espírito Marco Prisco, psicografia de Divaldo Franco,
ed. Leal. Disponível em www.momento.com.br.
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