Convite ao Exame
Joanna de Ângelis
“Ponde tudo à prova, retende o que é bom.”(1º Tessalonicenses: capítulo 5-21).
A vida submete-te a cada instante a rigorosos exames,
severas provas, através de cujos resultados credencias-te a investimentos
maiores e à utilização de valores mais expressivos.
Nem sempre consegues discernir quando estás sob testes, tão
sutis se apresentam ou em currículo de aprendizagem, tão profundos e
insondáveis são os misteres da Lei Divina.
Justo que estejas vigilante, em atitude de cuidadoso
comportamento.
O rio das oportunidades passa com suas águas sem que
retornem nas mesmas circunstâncias ou situação.
O milagre da hora azada não se repete como seria de desejar,
impelindo o homem ao salutar aproveitamento do instante.
Conveniente examinar, também, as ocorrências, as concessões,
as lições do caminho, de modo a retirar o que seja de bom, para
aproveitamento que armazenarás a benefício próprio.
Não impeças a informação de alguém interessado em
auxiliar-te, mesmo que isto te pareça desagradável.
Todos temos algo a ensinar
a outrem.
Não sejas aprioristicamente contra isto ou aquilo, antes de
conhecer o conteúdo.
Sábio verdadeiramente, é todo aquele que consegue
descobrir o lado útil das pessoas e das coisas.
Não negues a atenção a um problema que te chega, embora a
solução possa esperar um pouco.
A cada labor seu necessário cuidado.
Enquanto na Terra todos nos encontramos em reparos,
reformas, aprendizagens.
Examinar o que nos chega, como nos chega e penetrar na fonte
do conhecimento, para, conforme o Apóstolo Tarsense, reter o
que é bom, representa valiosa conquista que nos não cabe subestimar.
Jesus, não obstante a grandeza da Sua tarefa entre os
homens, examinou todos os problemas que lhe chegavam, apresentando soluções
simples e carinhosas, comparando e atendendo às solicitações diversas,
perscrutando tudo todos e tecendo a túnica nupcial do seu perene noivado com a
Humanidade, através das coisas mais insignificantes a que emprestava
beleza e magnitude, conseguindo, inclusive, transformar a cruz da desonra em
símbolo de estoicismo e nobreza, depois que transitou carregando-a e nela
deixando-se martirizar.
FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Angelis.
Convites da vida, Cap. 21, p .19 , 1972.
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